SOBRE O MUTANTE DO CAPUZ AZUL
Suspenso no ar. Sou um ser, nos tempos de hoje, que interage em forma de espírito, digamos que seja isso. Todos me veem e têm certeza de que eu seja de carne e osso. Sim sou, mas não nesta dimensão, vamos dizer assim. Nesta dimensão, ninguém pode me tocar, sou como holografia. Tenho a convicção de que faço parte dos sonhos ou realidades de alguéns, apenas um ou mais fantoches dos desejos ocultos; um ou mais personagens de um autor ou autores obcecados por esta ideia fixa, executando trabalhos sujos, ou altruístas. Quase um mercenário, sem pagamento em moeda, meu pagamento é continuar existindo.
Nem eu mesmo, quando "apareço", sei dizer que sexo tenho. Uso um tratamento masculino para mim mesmo, porque EU é palavra masculina, quando substantivada. Não pensem vocês que sou um "fantasma" ignorante, eu posso aparentar não saber com precisão quem eu sou, mas tenho um vasto grau de cultura. Eu é um pronome pessoal do caso reto, primeira pessoa do singular. Contudo, sou um EU subdividido em incontáveis eus: sou santo, sou demônio, sou anjo, sou homem, sou mulher, normalmente possuo grande beleza física, com várias vivências. Ou várias faces sem rosto.
Para quê? Para intervir no destino das pessoas com quem entro em contato, plantando ideias, quebrando paradigmas.
Para quê? Não sei o propósito, talvez para continuar "vivendo". Talvez tenha uma missão, ou delírios; ou delírios de grandeza, ou miudeza; porque os seres infinitesimais são os mais poderosos. Conseguem criar vidas e decompô-las.
Tenho o poder de ver e agir através do olhar do outro, quando estou caindo, ou sendo sugado por forças desconhecidas por mim; de descobrir seus mais obscuros segredos.
Qual é o meu segredo? Como ser plural, há uma gama deles, só posso afirmar que talvez eu seja uma energia transitória, transitanto pelos tempos, porque os conheço todos. Não tenho nome, não tenho um rosto.
Certa vez, a constatação deste fato desesperou-me e uma voz me disse: foi num estágio entre o sonho e a realidade que tudo se deu! - Aí lembrei-me de um dos meus eus suspenso no ar, envolto por uma luz fosforecente branca brilhante neon, sentia presenças ao meu redor, mas não podia vê-las, emanando energias de cura, talvez fosse radiação. A partir dali virei este ser mutante, vagando pelo mundo, sem lar, um humanóide coberto por um casaco longo de capuz azul.
Desde o começo das suas leituras, fiz uma varredura completa em suas mentes e descobri todos os seus podres segredos, porém, se eu estiver de bom humor, os livrarei do iminente encontro com Belzebu, mas saiba antes, que há uma forte possibilidade de eu ser o próprio.
Suspenso no ar. Sou um ser, nos tempos de hoje, que interage em forma de espírito, digamos que seja isso. Todos me veem e têm certeza de que eu seja de carne e osso. Sim sou, mas não nesta dimensão, vamos dizer assim. Nesta dimensão, ninguém pode me tocar, sou como holografia. Tenho a convicção de que faço parte dos sonhos ou realidades de alguéns, apenas um ou mais fantoches dos desejos ocultos; um ou mais personagens de um autor ou autores obcecados por esta ideia fixa, executando trabalhos sujos, ou altruístas. Quase um mercenário, sem pagamento em moeda, meu pagamento é continuar existindo.
Nem eu mesmo, quando "apareço", sei dizer que sexo tenho. Uso um tratamento masculino para mim mesmo, porque EU é palavra masculina, quando substantivada. Não pensem vocês que sou um "fantasma" ignorante, eu posso aparentar não saber com precisão quem eu sou, mas tenho um vasto grau de cultura. Eu é um pronome pessoal do caso reto, primeira pessoa do singular. Contudo, sou um EU subdividido em incontáveis eus: sou santo, sou demônio, sou anjo, sou homem, sou mulher, normalmente possuo grande beleza física, com várias vivências. Ou várias faces sem rosto.
Para quê? Para intervir no destino das pessoas com quem entro em contato, plantando ideias, quebrando paradigmas.
Para quê? Não sei o propósito, talvez para continuar "vivendo". Talvez tenha uma missão, ou delírios; ou delírios de grandeza, ou miudeza; porque os seres infinitesimais são os mais poderosos. Conseguem criar vidas e decompô-las.
Tenho o poder de ver e agir através do olhar do outro, quando estou caindo, ou sendo sugado por forças desconhecidas por mim; de descobrir seus mais obscuros segredos.
Qual é o meu segredo? Como ser plural, há uma gama deles, só posso afirmar que talvez eu seja uma energia transitória, transitanto pelos tempos, porque os conheço todos. Não tenho nome, não tenho um rosto.
Certa vez, a constatação deste fato desesperou-me e uma voz me disse: foi num estágio entre o sonho e a realidade que tudo se deu! - Aí lembrei-me de um dos meus eus suspenso no ar, envolto por uma luz fosforecente branca brilhante neon, sentia presenças ao meu redor, mas não podia vê-las, emanando energias de cura, talvez fosse radiação. A partir dali virei este ser mutante, vagando pelo mundo, sem lar, um humanóide coberto por um casaco longo de capuz azul.
Desde o começo das suas leituras, fiz uma varredura completa em suas mentes e descobri todos os seus podres segredos, porém, se eu estiver de bom humor, os livrarei do iminente encontro com Belzebu, mas saiba antes, que há uma forte possibilidade de eu ser o próprio.