Psicopata: Max Doe

Me sinto incomodado, não consigo nem dormir. Alguma coisa aqui me toca, não consigo distinguir. Lá fora o vento sopra um ar frio que me arrepia. Aqui dentro todos dormem, menos eu nessa agonia.

Uma cerva, ligo a luz e a tv pra distrair. Fumo um beck, suo frio, não consigo refletir. Nada prende minha atenção, só essa voz a me afligir. Paralisa o meu corpo, não consigo reagir.

" Mata ele, mata todos. Você tem que se livrar. Se não pela eternidade, eu vou te atormentar"

- Mata quem ?

- Sua família!

- Eu não posso, não consigo.

- Você pode e deve sim. Eles não são teus amigos.

Uma força se apodera do meu coração.

- Vai lá embaixo, pega o rifle guardado no porão.

A janela então se abre e o medo prevalece. Me agarra no pescoço, quase que me desfalece. Me dá branco, me domina, injeta adrenalina. Vem dá onde esse mal que minha mente abomina?

De repente, levantei com um ódio cabuloso. Sem controle, na frieza, sem fazer um alvoroço. Desci até o porão e fui pegar o cão. Carreguei, engatilhei. Pronto pra chocar a nação!

Subi envenenado. Lentamente me esquecia. Cada passo calculado do piso que rangia. Subi em cada quarto, no primeiro dois irmãos. Um tiro bem na nuca pra parar seu coração.

Eu sigo assim, não consigo mais parar.

" Vai lá e fode eles. Você vai me orgulhar".

Com meu pai e minha mãe eu também não vacilei. Minhas irmãs e a mais velha que um dia eu transei.

Família morta.

Graciliano Alves de Azevedo
Enviado por Graciliano Alves de Azevedo em 11/01/2015
Código do texto: T5098663
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