TUMBA MALDITA
O diretor de cinema escrevera um roteiro mirabolante. Este filme seria de arrasar, de entrar para os anais da sétima arte como uma obra prima, não havia a menor dúvida. Seria a história de três ladrões de cemitério, que ao profanarem um túmulo em busca de joias, entrariam num portal para outra dimensão não muito boa, uma espécie de purgatório , conduzidos por um simpático mestre de cerimônias vestido com um casaco longo de capuz azul, seriam levados aos poucos, ao inferno, de onde nunca mais sairiam.
Então, depois de pronto, a equipe reuniu-se para por em prática o que é de praxe, quando se vai produzir cinematograficamente. Tudo foi feito, tudo foi pensado. Por último, andaram a procura do ator principal. Milhares de candidatos apareceram para fazer os testes, mas ninguém agradava o chefe realmente. Ele pensou : só há uma pessoa capaz de realizar esta tarefa. Tumba, o ator e também mais completo cineasta do terror. - A solução estaria ali, não houvesse um único detalhe: Tumba já tinha abotoado o paletó de madeira há treze anos.
- Puta merda! O que vou fazer então?
E andava de lá para cá, de cá para lá agoniado, andou por dias e dias, sem lembrar que havia água para beber e para banho, nem que havia comida, nem que o mundo ao seu redor existia.
Mas, heis que de repente, surge a magnífica ideia de fazer algo parecido com a holografia, pesquisariam, recolheriam e manteriam num banco de dados, todos os gestos e palavras proferidas por Tumba, com todas as suas nuâncias e entonações e montariam minuciosamente as cenas através de super computadores. E em homenagem ao protagonista, dariam o título de: Tumba maldita.
Pediram autorização à família para a realização do projeto e acertaram os valores.
Deu tudo certo, o filme ficou pronto, foi elogiadíssimo, ganhando prêmios pelo mundo afora, pela técnica inédita.
Apenas alguém não ficou satisfeito com a façanha. Ele mesmo: Tumba.
Quando o diretor foi receber o Oscar, o fez sujo, rasgado e desgrenhado, todos pensaram fazer parte da performance para a premiação. Porém não foi isso que aconteceu. Tumba apareceu furioso, somente para ele dizendo:
- Você maculou a minha imagem que era impecável. Esse do filme aí, não sou eu, nunca foi e nunca será! Uma merda de atuação, coisa sem vida, sem expressão, até os mortos têm performance! Não gostei mesmo, a única coisa que gostei, foi você ter feito meu nome explodir novamente, após treze anos de passamento. Já tranquei as portas, vou deixar você aqui em cárcere privado e vou torturá-lo por três dias consecutivos...
Expondo um largo sorriso podre e maléfico.
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COLEGAS, OUÇAM MEUS ÁUDIOS MUSICAIS! BEIJO
O diretor de cinema escrevera um roteiro mirabolante. Este filme seria de arrasar, de entrar para os anais da sétima arte como uma obra prima, não havia a menor dúvida. Seria a história de três ladrões de cemitério, que ao profanarem um túmulo em busca de joias, entrariam num portal para outra dimensão não muito boa, uma espécie de purgatório , conduzidos por um simpático mestre de cerimônias vestido com um casaco longo de capuz azul, seriam levados aos poucos, ao inferno, de onde nunca mais sairiam.
Então, depois de pronto, a equipe reuniu-se para por em prática o que é de praxe, quando se vai produzir cinematograficamente. Tudo foi feito, tudo foi pensado. Por último, andaram a procura do ator principal. Milhares de candidatos apareceram para fazer os testes, mas ninguém agradava o chefe realmente. Ele pensou : só há uma pessoa capaz de realizar esta tarefa. Tumba, o ator e também mais completo cineasta do terror. - A solução estaria ali, não houvesse um único detalhe: Tumba já tinha abotoado o paletó de madeira há treze anos.
- Puta merda! O que vou fazer então?
E andava de lá para cá, de cá para lá agoniado, andou por dias e dias, sem lembrar que havia água para beber e para banho, nem que havia comida, nem que o mundo ao seu redor existia.
Mas, heis que de repente, surge a magnífica ideia de fazer algo parecido com a holografia, pesquisariam, recolheriam e manteriam num banco de dados, todos os gestos e palavras proferidas por Tumba, com todas as suas nuâncias e entonações e montariam minuciosamente as cenas através de super computadores. E em homenagem ao protagonista, dariam o título de: Tumba maldita.
Pediram autorização à família para a realização do projeto e acertaram os valores.
Deu tudo certo, o filme ficou pronto, foi elogiadíssimo, ganhando prêmios pelo mundo afora, pela técnica inédita.
Apenas alguém não ficou satisfeito com a façanha. Ele mesmo: Tumba.
Quando o diretor foi receber o Oscar, o fez sujo, rasgado e desgrenhado, todos pensaram fazer parte da performance para a premiação. Porém não foi isso que aconteceu. Tumba apareceu furioso, somente para ele dizendo:
- Você maculou a minha imagem que era impecável. Esse do filme aí, não sou eu, nunca foi e nunca será! Uma merda de atuação, coisa sem vida, sem expressão, até os mortos têm performance! Não gostei mesmo, a única coisa que gostei, foi você ter feito meu nome explodir novamente, após treze anos de passamento. Já tranquei as portas, vou deixar você aqui em cárcere privado e vou torturá-lo por três dias consecutivos...
Expondo um largo sorriso podre e maléfico.
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COLEGAS, OUÇAM MEUS ÁUDIOS MUSICAIS! BEIJO