O Anjo da Morte - O Inicio do Apocalipse (parte 2): O Estranho Assassino

BRASIL

ESTADO DE SÃO PAULO

CIDADE DE CAMPINAS

FAZENDA RAVIASTRO

01/12/1999

O belo Lamborguini entrou pelo portão automático da fazenda, e foi direto à garagem, onde foi deixado por John, o qual foi guardar os equipamentos e depois voltou para a mesma sala de estar onde recebera a ligação da agência.

John apanhou o telefone e discou um número, esperou até que alguém atendesse o telefone do outro lado da linha e então falou:

- Aqui é John Raviastro, Caçador de Terroristas 010, gostaria de falar com o comandante da agência, Auberto Sabino neste mesmo instante.

- Só um momento senhor. Já estou transferindo a ligação. ― a pessoa do outro lado da linha respondeu.

Não demorou muito para que a voz de Auberto Sabino fosse ouvida do outro lado da linha:

- Olá John! A que devo a ligação?

- Acabei de cumprir a missão com cem por cento de sucesso. Todos os hostis foram eliminados!

- Muito bem! Eu sabia que nosso melhor agente não falharia! Não é sombra dúvidas que seu treinador fui eu mesmo! Há há há há há há! ― Auberto falou feliz. ― E eu tenho uma novidade para você! A agência resolveu lhe dar férias na cidade de Luz do Sol, no estado de São Paulo, com todas as despesas pagas. Nosso melhor agente merece!

- Estou muito feliz com isso! Quando será a viagem?

- Você sairá no dia 31 de Dezembro num voo direto de vinte minutos apenas.

- Ok! Muito obrigado!

- Bem, agora teremos de desligar porque tenho alguns recrutas para inspecionar! Boas férias meu amigo!

Assim, Auberto desligou o telefone e John pôs o fone no aparelho.

31/12/1999

John está entrando em um táxi parado à frente de sua casa que o levará ao aeroporto mais próximo, de onde ele embarcará num voo para a cidade Luz do Sol.

Não demorou muito para que John embarcasse no avião e a viagem também não foi longa, pois assim como Auberto havia falado, durou apenas vinte minutos antes do avião pousar no aeroporto de Luz do Sol.

John desceu, e foi apanhar sua bagagem que se tratava de apenas uma mala, então seguiu para a entrada do aeroporto e começou a andar até um táxi que estava parado do outro lado do pátio, mas no meio do caminho, acabou por colidir com um homem que quase caiu no chão por causa dele.

- Senhor, me desculpe. Eu não fiz de propósito! - John se desculpou.

O homem se levantou sem nada falar, mas quando olhou para John estava sorrindo como uma criança ao ganhar o mais novo vídeogame do mundo. Estava vestido por um sobretudo e usava um chapéu tão grande que sombreava seu rosto quase completamente, de modo que só era possível ver o brilho dos dentes muito brancos e dos olhos vermelhos como sangue. O homem tinha uns três metros de altura.

- Não precisa se desculpar meu caro, porque neste dia nada pode me aborrecer! Como você se chama? - O homem falou com uma voz grave e feroz, apesar do tom amigável.

- Sou John! John Raviastro.

- É incrível! Que grande coincidência! Meu chefe pediu que encontrasse um alguém exatamente com esse nome! Só que essa pessoa já não tinha nenhuma família! Não deve ser o seu caso é claro?

- É possível que seja eu! Minha família foi assassinada há alguns anos! Não tenho mais ninguém! Mas não entendo como seu chefe possa saber disso ou me conhecer?

- Ah! Ele conhece! Ele sabe de tudo! Por acaso você acredita no Mundo da Escuridão e no Mundo da Luz?

- Não. Não acredito em nada disso! Acredito apenas no que a ciência nos diz ser verdade! Mas por que essa pergunta?

- Você saberá! Logo, logo. Agora tenho que dizer que você é o homem mais sortudo que existe! Vou te levar ao meu chefe e ele lhe dará um grande poder!

O homem, assim que terminou de falar, apontou o braço esquerdo para John e num milissegundo o braço transformou-se num maciço tentáculo de carne, pontiagudo, que tão rápido quanto surgiu, esticou em linha reta na direção de John e adentrou-lhe o peito para sair depois pelas costas, fazendo com que sangue jorrasse do ferimento, enquanto o pobre gritava de dor.

Um sorriso vitorioso surgiu na face escondida do homem, enquanto as pessoas ao redor gritavam de terror, pois aquilo era anormal.

Mas todos se enganaram achando que tudo estava acabado para John. Não. Ele ainda tinha forças.

Quando embarcou no voo em São Paulo, ele fora embarcado como agente especial, então tivera permissão de levar algumas armas para o caso de necessitar delas e trouxera consigo, em seu paletó negro, as duas Colt Pythons douradas de que tanto gostava e que foram presentes de Auberto.

John pôs as duas mãos no paletó e sacou as duas armas dali, apontou para o seu assassino e começou a atirar sem piedade, atingindo-o no peito.

O homem começou a ir para trás com os tiros, mas o tentáculo estava muito bem preso entre os ossos de John e enquanto o estranho assassino recuava, o tentáculo se esticava para além de seus limites, até que, como uma corda, as carnes começaram a se desfiar até se partir ao meio.

O assassino foi joga ao chão, fora de sua capa e por um segundo apenas, John pôde ver uma forma monstruosa que desapareceu em um enorme portal de fogo, que surgira de repente no chão enquanto a criatura caia.

Sentindo o sangue na garganta, e a dor da ferida se tornar cada vez mais forte e insuportável, a visão de John começou a desaparecer, substituída por uma densa escuridão e então sua mente se foi junto com o resto.

John Raviastro, o Caçador de Terroristas conhecido como O Anjo da Morte, estava morto! E fora assassinado por um simples estranho que sequer fazia parte daquele mundo!

Edu Marchezini
Enviado por Edu Marchezini em 19/12/2014
Reeditado em 03/03/2015
Código do texto: T5074866
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