A Inveja Mata
"São também de ânimo mesquinho os invejosos, pois que tudo lhes parece grande." ( Aristóteles)
Inveja é uma criatura milenar, uma assassina, psicopata, despeitada. quase fria, porque ela se morde e isto é auto- flagelo.
Às vezes ela nem é tão feia, mas quer a beleza dos outros, ela pode ser talentosa, mas quer o talento dos outros, pode ser inteligente, mas quer a inteligência dos outros, pode ter seu grande amor, mas quer o amor dos outros, pode ser rica, mas quer a riqueza dos outros. Melhor ainda: não quer que o outro tenha nada! A Inveja tem um irmão, o Invejo, que é tão perigoso quanto ela. O invejo, em último caso, faz macumba da braba, que pode levar seu alvo à doença, à depressão e à morte. O Invejo está em primeira pessoa do singular do presente do indicativo, uma pessoa que indica singularidade em qualquer tempo verbal. Inveja é um verbo substantivado, verbo é palavra, é ação.
A Inveja não socega enquanto não tirar as coisas do seu alvo, enquanto não fizer calúnia, intriga, enquanto não desmoralizar e tirar todos os seus bens. E é danada para se apropriar de bens, inclusive dos intelectuais. Desdenha, zomba, mas quer comprar, e como certas coisas não se compram, apropria-se mesmo, é mais fácil do que queimar a mufa e criar. Em suma, a Inveja é insegura, não confia no seu taco.
Não foi Caim quem matou Abel, foi a Inveja.
Não foram os judeus quem levaram Jesus à cruz, mas a Inveja. E Jesus nunca deixou de ser judeu.
A Inveja está por traz de todas as grandes e pequenas histórias. Está no olhar, na sicuta, no "boa noite, cinderela".
Tanta gente morre e morreu por Inveja e tanta gente mata e matou por Inveja.
Vários sentimentos podem levar à Inveja, o amor e o ódio, por exemplo, a admiração.
Vingança e Inveja caminham juntas e são muito sanguinárias, são más, mas movem o mundo, desde que o mundo é mundo.
Contra os efeitos da Inveja, resta a fé, tomar banho de ervas, de descarrego, de sal grosso, rezar, meditar, frequentar templos, proteções, medalhas, escapulários, patuás, espiritualizar-se; procurar a própria felicidade, tocar a vida e arranjar um jeito próprio de responder às provocações.
Mas o que mata mesmo a Inveja, é não dar crédito nem confiança a ela, porque é assim que ela se cria e cresce.
P.S.: Isto era para ser um conto, mas virou uma dissertação sinestésica. Melhor, porque quem "conta um conto, aumenta um ponto". E não se pretende aumentar nem diminuir o que está acima exposto, está de bom tamanho!.
"São também de ânimo mesquinho os invejosos, pois que tudo lhes parece grande." ( Aristóteles)
Inveja é uma criatura milenar, uma assassina, psicopata, despeitada. quase fria, porque ela se morde e isto é auto- flagelo.
Às vezes ela nem é tão feia, mas quer a beleza dos outros, ela pode ser talentosa, mas quer o talento dos outros, pode ser inteligente, mas quer a inteligência dos outros, pode ter seu grande amor, mas quer o amor dos outros, pode ser rica, mas quer a riqueza dos outros. Melhor ainda: não quer que o outro tenha nada! A Inveja tem um irmão, o Invejo, que é tão perigoso quanto ela. O invejo, em último caso, faz macumba da braba, que pode levar seu alvo à doença, à depressão e à morte. O Invejo está em primeira pessoa do singular do presente do indicativo, uma pessoa que indica singularidade em qualquer tempo verbal. Inveja é um verbo substantivado, verbo é palavra, é ação.
A Inveja não socega enquanto não tirar as coisas do seu alvo, enquanto não fizer calúnia, intriga, enquanto não desmoralizar e tirar todos os seus bens. E é danada para se apropriar de bens, inclusive dos intelectuais. Desdenha, zomba, mas quer comprar, e como certas coisas não se compram, apropria-se mesmo, é mais fácil do que queimar a mufa e criar. Em suma, a Inveja é insegura, não confia no seu taco.
Não foi Caim quem matou Abel, foi a Inveja.
Não foram os judeus quem levaram Jesus à cruz, mas a Inveja. E Jesus nunca deixou de ser judeu.
A Inveja está por traz de todas as grandes e pequenas histórias. Está no olhar, na sicuta, no "boa noite, cinderela".
Tanta gente morre e morreu por Inveja e tanta gente mata e matou por Inveja.
Vários sentimentos podem levar à Inveja, o amor e o ódio, por exemplo, a admiração.
Vingança e Inveja caminham juntas e são muito sanguinárias, são más, mas movem o mundo, desde que o mundo é mundo.
Contra os efeitos da Inveja, resta a fé, tomar banho de ervas, de descarrego, de sal grosso, rezar, meditar, frequentar templos, proteções, medalhas, escapulários, patuás, espiritualizar-se; procurar a própria felicidade, tocar a vida e arranjar um jeito próprio de responder às provocações.
Mas o que mata mesmo a Inveja, é não dar crédito nem confiança a ela, porque é assim que ela se cria e cresce.
P.S.: Isto era para ser um conto, mas virou uma dissertação sinestésica. Melhor, porque quem "conta um conto, aumenta um ponto". E não se pretende aumentar nem diminuir o que está acima exposto, está de bom tamanho!.