O Anjo da Morte: O Ínicio do Apocalipse

A MISSÃO

BRASIL

ESTADO DE SÃO PAULO

MÚNICIO DE CAMPINAS

FAZENDA RAVIASTRO

01/12/1999

A fazenda Raviastro é uma das maiores e mais ricas da cidade de Campinas; está localizada numa área um pouco isolada e comumente deserta; é cercada por um alto muro de blocos de cimento e o único acesso é através de um portão de madeira em arco; após o muro está o jardim que fica diante da casa da propriedade, que é um edifício de um único andar, embora tenha muitos cômodos e sua arquitetura seja de uma casa do período colonial, com janelas quadradas e um alpendre logo à entrada; após a casa cercada pelo jardim iniciam-se os campos de pasto e depois as plantações de frutas e cereais de vários tipos e espécies.

Nosso objetivo é a sala de estar da casa, que fica logo à esquerda da porta de entrada; é uma sala ampla, com estantes contendo uma televisão, um aparelho de som, sofás e mesinhas que contém vasos caros e raros.

Sentado a uma grande poltrona estofada, encontra-se John Raviastro, um jovem de vinte e dois anos de idade, alto, de olhos castanho-claros, cabelos pretos cortados em estilo militar e muito magro. Está vestindo sua roupa preferida, terno preto e calça preta, mesmo estando em casa, apenas lendo um livro.

John está sozinho como sempre, apenas lendo um livro, pois os únicos que o rodeiam são os empregados da fazenda. Ele trata todos com muito respeito, é claro, mas nunca mais os tratou da mesma forma desde que tudo ocorreu sete anos atrás.

Mas seu pensamento foi interrompido pelo soar de uma sineta familiar. O telefone sobre a pequena mesa circular ao lado da poltrona tocava aflito, como seu fosse uma emergência que seu dono o atendesse e John pôs o livro de lado para apanhar o fone e falar com a pessoa do outro lado da linha.

- Alô! John Raviastro falando da Fazenda Raviastro. Quem gostaria? - Era sempre com esse discurso que atendia ao telefone, mesmo que fosse alguém do trabalho, não era bom para ele se arriscar a revelar sua profissão, sem ter certeza de quem estava do outro lado da linha era amigo ou inimigo.

- Capitão Auberto Sabino Estorio da A. S. C. T. falando. John chegou uma missão para você. - A voz amiga do capitão soou do outro lado da linha, tranquilizando o coração do jovem. Desde aquele dia há sete anos, John atende ao telefone com medo de quem esteja ao outro lado da linha.

- Finalmente! Já estava ficando entediado! Passar o tempo todo lendo cansa também! Pensei que não ia aparecer mais missões para mim! - John falou realmente alegre devido a notícia.

- É claro que não apareciam mais missões! Todos estão com medo daquele que chamam de O Anjo da Morte! - O Capitão falou alegre e soltou uma alta gargalhada. - As atividades deles diminuíram de forma impressionante. Em todo o mundo! Por medo desse Anjo da Morte, que nós sabemos muito bem quem é!

- É claro que sabemos! Mas acho este nome um exagero! Apenas faço meu trabalho e salvo as pessoas. Mas chega de papo furado, vamos à missão.

- Sim. Um grupo terrorista invadiu hoje de manhã o edifício da empresa Poder da Ciência e exigiu do governo um alto preço para não dispersar as amostras que conseguiram obter no edifício e havia poucas, mas, ainda assim, o bastante para um grande estrago. Amostra de uma arma biológica viral que eles estavam produzindo para o governo. E Agente John Raviastro da Agência Secreta Contra Terrorismo, você é o responsável por eliminar esta ameaça. O endereço do edifício já foi enviado ao seu e-mail da agência, favor ir o mais rápido possível.

Com essa fala o Capitão desligou o telefone, pois não havia mais nada o que fazer. John foi ao quarto, que continuava exatamente como sete anos atrás: pequeno, com uma cama, um computador numa escrivaninha e um guarda-roupas.

Ele ligou o computador e rapidamente verificou os e-mails na conta da A. S. C. T., vendo então o objetivo de seu trabalho. Então foi até a única coisa diferente no seu quarto: um compartimento escondido atrás do armário que só poderia abrir com a sua voz.

Quando o compartimento abriu, ele viu suas ferramentas de trabalho presas ali, as duas mini-metralhadoras produzidas pela A. S. C. T., com um compartimento interno diferente de todas as outras armas do mundo: uma parte que criava munições automaticamente, ou seja, mantinha ele com munição ilimitada. Estavam ali também suas Colt Pythons douradas, cujas munições também eram douradas e também possuíam o mecanismo reprodutor de projéteis, mas para essa missão seria melhor armas mais velozes. Além disso, elas estourariam os miolos dos terroristas da mesma maneira.

Assim, John apanhou as duas metralhadoras e retirou-se dali. Era surreal aquela tecnologia e mais incrível como fora mantida em segredo por tanto tempo. Os Videogames tentavam revelar, mas falhavam miseravelmente porque as pessoas pensavam ser apenas mais uma ferramenta para facilitar a jogabilidade, mas não faziam ideia de que aquilo realmente existia.

Ele não perdeu tempo e correu à garagem, onde apanhou seu carro favorito: um Lamborguini laranja e então saiu para cumprir com seu objetivo.

Seu carro não tinha placa, então não precisava se preocupar com os radares ou até mesmo com os pedágios. A agência cuidava de tudo e é claro, o governo também, porque ele trabalhava para o governo primeiramente e um serviço mais secreto que aqueles existentes nos E. U. A..

Há trezentos por hora, logo alcançou as ruas de São Paulo no meio da madrugada e por sorte não havia movimento algum ali. Ele parou o carro à frente do edifício espelhado da empresa, desceu do veículo, retirou a maleta do banco do passageiro, fechou a porta do carro, abriu a maleta e apanhou as armas, uma em cada mão.

Dois dos terroristas guardavam a entrada e repararam em John com as duas metralhadoras nas mãos, então gritaram perguntando o que ele fazia ali e ordenando que fosse embora ou o matariam com os fuzis que seguravam, mas John não lhes respondeu. Ele simplesmente mirou rapidamente na cabeça da cada homem e atirou, até que toda cabeça estivesse esfarelada pelas balas.

Depois abriu com cuidado a porta dupla de entrada e viu que o saguão estava vazio. Seguindo, assim direto ao elevador para verificar os outros andares. No edifício de vinte e três andares, John Raviastro, o Caçador de Terroristas exterminou terroristas em cada sala até chegar ao topo do prédio, onde encontrou os cinco últimos inimigos.

O líder do grupo estava armado com uma Chaingun giratória, mas enquanto o coitado tentava acertá-lo, John corria em círculos e estourava a cabeça dos quatro companheiros do líder com as metralhadoras, deixando o terraço pintado de vermelho e então atirou no corpo do líder, perfurando-o sem piedade, antes de mirar em sua cabeça e parti-la em pequeninos pedaços com as rajadas das metralhadoras.

Tendo completado a missão, ele se retirou o mais rápido que pôde do prédio, antes que a polícia chegasse e voltou para sua fazendo, dirigindo seu amado Lamborguini.

Edu Marchezini
Enviado por Edu Marchezini em 28/11/2014
Reeditado em 03/03/2015
Código do texto: T5051929
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