ELE
ELE
Tão taciturno, exprimido por poucas emoções, e sentado naquele banco de madeira. O revólver tremia sobre suas mãos, era incerto o destino, a bala marcada desde quando fora feita com um único objetivo certo, estremecia. Talvez poderá ele atirar e acabar logo com a dor. Mas, faltava coragem. Mesmo depois de tê-la matado sadicamente, após enrolar sua cabeça numa sacola de plástico e deixa-la em cima da cama, após uma noite tão excitante. Se não conseguia se matar, só havia uma única resposta. Ele deveria continuar a vitimar pessoas. Quando abriu a porta do quarto, uma criança apareceu. Filho da mulher que ele matará. Sem sombra de dúvidas, ele não poderia poupar ninguém. Portanto apontou a pistola para o garoto, que não tinha nem sete anos e atirou. A bala penetrou sua cabeça e se despedaçou em vários pedaços dentro de seu crânio.
Não era para tê-lo assassinado, mas não havia escolha, certamente ele de alguma forma tentaria se vingar quando atingisse idade suficiente e isso lhe traria mais sofrimento. Este foi o jeito mais fácil para o garoto. O revolver encontrava-se com um silenciador, à vista disso, os tiros não foram ouvidos.
Para não deixar evidencias, arrastou os corpos mortos até a cozinha, pegou um facão bem grande e afiado e começou a esquarteja-los. O sangue corria pelo chão, formando uma enorme poça.
Do nada, ouvem-se passos apressados pelo corredor, alguém abre a porta e entra. Ele nota o sangue e vai até a cozinha, pressupondo o pior, encontra os cadáveres já mutilados no chão, com as pernas e cabeças decepadas. O assassino saiu de trás da porta e pulou sobre o homem misterioso, disferindo vários golpes sobre seu rosto com um bastão. Ainda assim, vendo que estava morto, ele continuou golpeando a face do senhor, até que se abrisse a testa. Para ter ainda mais certeza, pegou uma faca e abriu seu abdômen, expondo suas entranhas.
Já não bastava todo aquele sangue no chão, agora havia tripas para todo o lado. Desmotivado, ele lavou as mãos, pegou um copo de lei na geladeira e tomou na frente dos corpos, Depois, ligou o gás e saiu, segurando uma foto em suas mãos. A foto de sua falecida mulher. Ele a beijou e depois guardou no bolso. Saiu daquele apartamento como se não houvesse ocorrido nada, e partiu sem deixar rastros.
Meia quadra de distância do prédio, somou uma lista de nomes em suas mãos e disse:
- Então, este vai ser o próximo.