A Pata do Macaco
A chuva batia forte no telhado da velha casa. Lá dentro, sentados frente a frente a uma velha lareira, estavam Damias e Judas, dois grandes amigos. Era noite e a lareira estava acesa, para apaziguar o forte frio causado pelas peças de roupa molhadas. Judas estava seco; afinal, aquela era sua casa e ele não precisou deslocar-se debaixo daquela tempestade. Damias estava molhado; a chuva não lhe dera trégua durante sua travessia da cidade.
Judas havia chamado o amigo para visitar sua casa; queria conversar com ele sobre os achados arqueológicos do museu da cidade - onde o homem trabalha - durante sua estada no Nepal. Damias sempre gostou das conversas de Judas sobre os achados arqueológicos; parecia ser o arqueológico, de tão entusiasmado ficava.
Da conversa entre os amigos, uma coisa chamou profundamente a atenção de Damias.
- A Pata do Macaco? – perguntou
- Exatamente! – respondeu Judas
- E o que seria isso, Judas?
Judas se levanta e caminha até a lareira. Damias o fita pelas costas. Ele percebe seu amigo retirando alguma coisa embrulhada de cima da lareira.
Com cuidado, Judas caminha até seu amigo carregando consigo um embrulho mediano, colocando-o em cima da mesa.
Damias fitou o estranho embrulho, depois fitou os olhos de seu amigo. Com a cabeça, Judas autorizou que seu amigo abrisse o embrulho e assim ele fez. Havia uma pata embalsamada dentro do embrulho. Parecia ser a pata de um orangotango ou de um gorila.
- Por que está com essa pata, Judas? Não me diga que... – Damias estava um pouco desesperado e à procura rápida de respostas
- Não se preocupe! – apaziguou o amigo – O museu me deu esse achado!
- E por que lhe daria, Judas?
- Eles estavam querendo se livrar dessa pata o quanto antes!
- Por qual motivo?
- Por causa da lenda que a circunda!
- Lenda?
- Exatamente! – o amigo dá uma pausa – A Pata do Macaco pode realizar cinco desejos para quem o possui!
- E por que lhe dariam um achado desses? A pata pode realizar desejos...
- Meu caro Damias, cada ato acarreta inúmeras consequências e, muitas dessas, são desastrosas!
Damias não engoliu a filosofia barata do amigo e disse-lhe:
- Se não queres utilizar dessa pata, me dê-a!
- Não é sensato da minha parte dar-lhe esse objeto. Os arqueológicos me deram-na para que eu possa escondê-la, não a dar aos outros!
A ambição e a ganância de Damias falaram mais alto e ele acabou insistindo. Judas negou o pedido com veemência e Damias continuou por insistência durante horas e mais horas, até que, cansado, a veemência de Judas se esvaiu e ele acabou cedendo.
- Tudo bem, dou-lhe a Pata do Macaco, mas não a use. Uma vez que a pedra descer a montanha, ela não para mais!
Damias nunca gostou das filosofias baratas de seu amigo e não seria naquele momento que ele iria gostar. O homem levou o embrulho debaixo do braço sob o forte temporal, enquanto se dirigia à sua casa.
Chegando à sua casa, abriu a porta e entrou. Continuava molhado.
- O que o Judas queria? – perguntou Rosa, esposa de Damias, atrás dele
- Olha o que ele me deu! – disse Damias, estendendo o embrulho para sua esposa
Rosa colocou o embrulho em cima da mesa que se encontrava mais perto dela e abriu-o. Ao ver a Pata do Macaco, virou para seu marido e perguntou:
- O Judas roubou isso do museu?
- Deram a ele! – explicou o marido – Segundo o Judas, o museu deu-lhe por causa da lenda que a circunda!
- E que lenda seria essa?
O marido explica, enquanto retirava do corpo a roupa encharcada:
- Segundo o Damias, essa pata realiza cinco desejos!
- E ele lhe deu assim, de mão beijada?
- Ele relutou em me dar, porque temia o “poder” dessa pata, mas acabei insistindo e ele me deu, enquanto filosofava temendo o pior.
- Eu acho que você foi enganado, Damias. Acho que o Judas roubou esse achado do museu e quis lhe repassar. Se essa pata realmente realizasse desejo, nem em mil anos o Judas a passaria para você!
- Eu vou lhe provar de que o Judas não estava mentindo! – disse Damias, caminhando até seu artefato.
O homem pegou a pata de cima da mesa e a levantou. Disse, em alto e bom tom:
- Quero ser o novo gerente geral da empresa onde trabalho!
Ao pedir seu desejo, Damias toma um susto e grita, soltando o artefato no chão. No impacto, um dos dedos da pata se quebra.
- Olha o que você fez, Damias. Agora quebrou o dedo dessa pata! – repreendeu a mulher
- E...Ela s...se mexeu! – disse o homem, trêmulo de nervosismo
- Deve ser imaginação sua! – disse a mulher – Anda, recolhe essa pata e vamos dormir! Amanhã eu conserto esse dedo quebrado e você devolve ao charlatão do Judas!
Mesmo relutante, Damias não quis discutir com sua esposa e acabou assentindo.
No meio da madrugada, Damias foi acordado com um sobressalto no primeiro soar da campainha do toque do seu telefone fixo. Sentado na cama, um pouco atordoado, pensou que fosse um sonho, principalmente por ainda estar meio dormindo; entretanto ocorreu o segundo soar. Já totalmente acordado, levantou da cama e caminhou em direção ao telefone.
- Alô? – disse, automático
- Senhor Damias? – perguntou alguém, do outro lado da linha
- Sim? – perguntou, ainda automático, diante de tamanho sono
- Desculpa ligá-lo essa hora da madrugada, mas o senhor foi promovido a gerente geral da empresa onde você trabalha!
Tamanho o susto, Damias gritou, acordando sua esposa:
- Como?
- Exatamente, senhor. Hoje o senhor assumirá ao cargo. Parabéns!
Apesar de Damias não perceber, Rosa estava à escuta.
- O... Obrigado! – disse, totalmente desperto.
A ligação iria se findar quando Damias se lembrou de perguntar algo:
- O que aconteceu para eu ser promovido a gerente geral? Deve ser algo importante,
principalmente para me ligar às – Damias consultou de olho um relógio – três e quinze da madrugada!
- Ah, é, já ia me esquecendo. – pausa. A simpatia e a alegria da voz do homem se esvaíram – O grupo chefe da empresa estava reunido na casa do senhor Mauro quando aconteceu um incêndio. – Damias ficou surpreso, seus batimentos cardíacos enlouqueceram e o homem tremia feito um louco – Morreram todos. Como fiquei sabendo agora, tive de ligar para o senhor avisando. O enterro será hoje à tarde, depois de uma homenagem a todos na empresa.
Damias continuava incrédulo. Agora só escutava. Não tinhas palavras para proferir.
- Te vejo hoje na empresa. Até lá!
O homem desligou. Damias colocou o telefone no gancho e virou-se para a cama, tudo no automático. Seus olhos estavam distantes, a ficha ainda não havia caído para o pobre homem. Mas, de uma coisa ele tinha certeza, a Pata do Macaco realmente funcionava.
- O que aconteceu? – perguntou Rosa, preocupada com o grito que a acordara e com a reação do seu marido
- A Pata do Macaco... – disse, apenas
- O que tem ela?
- Ela funciona! – disse, eufórico
- Do que está falando, homem? – perguntou a mulher, surpresa
- A Pata do Macaco... ela realmente funciona. Eu fui promovido a gerente geral, Rosa. Eu agora sou o novo gerente geral da empresa!
Rosa fica bastante alegre e um sorriso contempla seu semblante. Correu até seu marido e o abraçou.
- Eu não te falei que a Pata realmente funciona? – perguntou Damias, depois de abraçar sua esposa, fitando-a nos olhos
- É verdade! – disse Rosa – Amanhã será minha vez de pedir um desejo!
- Pode ser, mas peça direito, pois são apenas 5 desejos que podemos fazer.
- Certo!
Os dois voltaram para a cama. Rosa estava radiante, eufórica, ao contrário de seu marido, que estava tenso e desesperado. A Pata do Macaco realmente funciona, mas a um elevado custo.
Na manhã seguinte, Damias saiu para trabalhar às escondidas, levando consigo seu novo brinquedinho. Não queria expor Rosa ao perigo causado pela Pata do Macaco.
Ao sair de casa, percebeu duas viaturas paradas na porta de sua casa. Ao lado dela, havia uma dupla de policiais.
- Senhor Damias? – perguntou um dos policiais
- Sim!
- O senhor está preso, acusado de incendiar a casa do seu chefe para elevar-se ao cargo de gerente geral!
Damias fica bastante surpreso.
Irracionalmente, sai correndo pela rua adjacente à sua casa. Os policiais, surpresos com a reação do homem, saem correndo atrás dele.
- Que merda... – pensou Damias – Isso está errado. A Rosa tem que me ajudar. Alguém tem que me ajudar, testemunhar a meu favor, não posso ser preso assim. E eu não posso ser preso, não justo hoje que eu ia conseguir minha admissão no meu cargo dos sonhos.
De repente, ouve uma gritaria oriunda de detrás dele. Ele vira para trás e percebe um caminhão esmigalhando os dois policiais na parede ao lado deles, antes de explodir por inteiro. Damias fica horrorizado com o acontecimento e sai correndo, enquanto uma multidão aglomerava em volta dos destroços.
Suando frio, Damias corre até uma praça. Ele para junto a um banco. Estava ofegante.
- O que... aconteceu agora?
É quando se lembrou de algo. Rapidamente, abriu sua pasta até encontrar um embrulho, escondido sob tantos papéis. Retirou o embrulho da pasta e o abriu. Percebeu haver mais um dedo quebrado na Pata.
- Eu não pedi... – disse – Por que, então...
De repente, lembrou-se do seu pensamento.
- Então, a Pata do Macaco realiza seu desejo de acordo com que ela achar que é um... – pausa – Ai, meu Deus! É melhor eu tomar muito cuidado com ela.
Damias passou o dia trabalhando normalmente, sem a polícia lhe incomodar, mas não ficou calmo; temendo sempre a polícia, deixou claro a todos de que estava preocupado com alguma coisa. Na volta para casa, caminhou até sua casa espreitando cada rua que iria entrar, à procura de possíveis policiais à sua solta. Sentia-se agora uma espécie de procurado da Interpol. Chegou à frente de sua casa, quando teve a maior surpresa do dia.
Na frente da sua casa havia uma bela árvore, cheia de galhos recheados de folhas. Num desses galhos, havia um nó, proveniente de uma corda que descia, descia até o pescoço de Rosa, onde jazia dependurada, sem vida. Ao lado da árvore, havia uma pira, onde se encontrava o que, outrora, eram os móveis daquela casa. Junto da pira, havia diversas pessoas que esperavam, ao lado da porta arrebentada, outras tantas saírem da casa carregando consigo os bens contidos lá dentro.
Damias fica chocado com o acontecimento. Aqueles eram seus vizinhos, conheciam o casal desde que eles se mudaram para aquela casa, mas agora comportavam-se como animais, como bestas, invadindo sua casa, matando sua esposa e queimando seus pertences.
Damias assistiu a tudo, desde a queima dos seus pertences até a cremação involuntária de sua esposa e de sua casa. Estava horrorizada, não conseguia emitir uma palavra sequer. Pensou em fugir, mas aquela cena pirotécnica prendia seus olhos, suas pernas. Aquilo, naquele instante, era a coisa mais importante de sua vida.
Lágrimas começaram a sair de seus olhos e a escorregar de seu rosto. Queria ir embora, mas também queria ver o trágico desfecho daquele macabro acontecimento. Tentou fugir quando o choro foi se fortalecendo, mas não conseguiu. Ficou inerte; não havia necessidade de fugir, uma vez que todos seus vizinhos estavam juntos, admirando sua casa e esposa serem queimadas. Entretanto, começou a choramingar. No início, o choramingo foi baixo, mas sua intensidade foi aumentando, até um dos algozes escutá-lo. Ele virou em sua direção. Ao ver Damias, gritou, furioso, apontando para ele mesmo:
- Olha lá. O assassino!
Naquele instante, os sentimentos de Damias mudaram. Não era mais medo, temor ou até mesmo ódio, era desespero, desespero de fugir. Sua vida corria forte perigo e ele sabia disso. Se o pegassem, fariam com ele coisas piores do que fizeram com sua esposa.
Damias saiu correndo, com uma horda atrás dele. Dobrou a esquina, entrando em outra rua, entretanto, nesse local, ficou cercado. Havia pessoas dos dois lados da rua, não havia como escapar. Naquela hora, Damias teve uma ideia. Subiu em cima de uma casa. Aquele seria seu refúgio até que todos desistissem. Se isso acontecer.
Estava em cima da casa, inicialmente seguro. Do lado de baixo, os moradores estavam iguais zumbis em filmes do gênero – insanos, famintos pelo desejo de massacrar o coitado, tentando subir de qualquer maneira e a qualquer custo.
Encolhido e desesperado no telhado daquela casa, Damias estava debulhando em lágrimas. Sua morte era iminente, nada poderia fazer. Ou quase nada.
- Eu não quero morrer... Eu não quero morrer... Eu não quero morrer... – repetia, como numa prece, entre um balbucio e outro
Quando algumas pessoas pintaram no topo da casa, ouve-se uma explosão atrás de Damias, fazendo-o olhar instintivamente para trás. Naquele momento, viu o prédio do outro lado da rua, ao lado de sua casa começar a ruir. Entretanto, para seu azar, ou sua sorte, o prédio não estava ruindo como fizeram as Torres Gêmeas do World Trade Center. Com a explosão em seu térreo, o prédio inclinou-se para frente e caiu.
Desesperado, pois estava para ser esmigalhado pelo prédio, Damias foge, pulando no telhado da casa adjacente, ao passo que o prédio esmigalha a casa e as pessoas contidas próximas a ela.
- A Pata do Macaco... – disse, ao ver o estrago causado pela queda do prédio
Rapidamente, abriu a pasta e percebeu que a Pata do Macaco tinha consigo três dedos quebrados.
Damias beijou a Pata, enquanto dizia:
- Minha salvadora!
Guardou novamente a Pata e foi logo tratar de arrumar um hotel para dormir. Poderia dormir na casa de alguém, até mesmo de Judas, mas não queria ninguém intrometendo no seu brinquedinho.
Os dias passaram rapidamente. Damias estava feliz, não havia mais ninguém em seu percalço – todos estavam mortos, polícia, vizinhos... sua esposa... Ao se lembrar disso, Damias ficava triste, mas logo a felicidade resplandecia em seu coração, pois se lembrava das coisas boas que a Pata tragaria a partir daquele instante, principalmente por acreditar de que aquele seria um novo começo.
Entretanto, logo a saudade dos seus vizinhos e sua esposa começaram a aparecer e a corroer Damias por dentro. Por mais brutal que seus vizinhos demonstraram ser, ainda eram seus vizinhos, as pessoas que mais conversavam no cotidiano.
Estava no quarto de seu hotel, segurando e fitando a Pata do Macaco. O quarto era luxuoso, digno de um gerente geral pernoitar por vários e vários dias.
- É, três desejos já foram... – disse. De repente, começou a sentir uma fisgada no peito – É, sacanagem. Minha vizinhança inteira morreu. Não tenho muita dó deles, eles mataram minha esposa, saquearam minha casa e depois atearam fogo nela. Tiveram o que mereceram, sabe? – pausa – Mas eu gostava deles. Queria que eles tivessem vivos, como nos velhos tempos. Eles e minha esposa. Sem essa de rancor, ódio, loucura...
Damias desabafava com a Pata como se estivesse falando com um psiquiatra, ou com um amigo. Ficou surpreso ao perceber a quebra do quarto dedo. Sobressaltou na cama, assentando no local.
- Espera um pouco! – disse, afobado – Eu não fiz desejo algum! – parou durante algum tempo, até se lembrar de algo – Maldita Pata do Macaco. Ela considera qualquer coisa como desejo!
De repente, um gemido, sussurrante, ecoou pelos ares, chegando aos ouvidos de Damias. O gemido era agonizante e macabro, fazia suas pernas estremecerem por inteiro.
Rápido como uma flecha, Damias embrulhou a Pata do Macaco e colocou entre sua calça e sua blusa. Dependendo do que pedira, ela precisaria se intrometer novamente. Em seguida, correu até a entrada do hotel. Queria saber qual fora seu quarto pedido e quais suas consequências.
À medida que fora chegando ao seu destino, os gemidos foram se intensificando, deixando de ser meros sussurros para se tornarem gemidos horrendos.
Chegou ao térreo. Naquele instante, ficou bastante surpreso. Viu a cena mais horrorosa de sua vida. Parecia uma cena de filme de terror. Aqueles gemidos agonizantes, aqueles passos murmurantes e lentos, aquela cena tétrica... Era demais para Damias. Precisava sair correndo daquele local o quanto antes. E assim fez.
Saiu correndo para dentro do prédio, ali julgou estar mais seguro. Correu até seu quarto e trancou a porta. Sentou-se do lado oposto da porta, no chão, encolhido, como uma criança quando seus pais estão enfurecidos atrás dele.
Damias estava se debulhando em lágrimas e, entre um balbucio e outro, se perguntava, como num autoflagelo:
- O que eu fiz?... O que eu fiz?... O que eu fiz?
Quando entrou em seu quarto, os gemidos voltaram a ser meros sussurros. Entretanto, os gemidos foram se intensificando, parecia um pesadelo ao vivo.
Quando os gemidos estavam em seu auge, começou a escutar passos, oriundos do corredor frontal à porta do seu quarto. De repente, os passos pararam, na porta do quarto. Damias debulhava e encolhia-se ao máximo.
Tentaram abrir a porta. Estava trancada.
- Abra a porta, Damias... – disse alguém – Sou eu...
O medo tomou conta do corpo do pobre homem. Chorava em seu ápice e não conseguia soltar uma palavra, mexer um músculo, estava completamente inerte.
- Vamos, Damias, somos nós... sou eu! Não vai abrir a porta para seus velhos amigos?
Mesmo ainda sob forte pressão ocasionada pelo medo, Damias conseguiu se erguer. Caminhou de um lado para outro, precisava encontrar o mais rápido possível uma forma de fugir.
- Ô Damias... já que não quer que entramos, vamos forçar a porta. Queremos falar contigo!
Começaram a forçar a porta para poderem entrar. O desespero tomou conta de Damias. Começou a andar de um lado para o outro do quarto igual uma flecha.
De repente, a porta se abriu e o quarto lentamente foi preenchido.
- Que medo da gente é esse, meu velho? – perguntou outra pessoa, com voz mais jovial – Até parece que viu fantasma!
Damias estava encostado na parede como se quisesse ultrapassá-la. À medida que o perigo foi se aproximando, Damias foi se apertando cada vez mais.
De repente, lembrou-se de algo. Retirou a Pata do Macaco de debaixo da blusa e disse, em alto e bom tom:
- Eu não quero mais viver nesse inferno... Eu quero sair daqui... Eu preciso sair daqui...
De repente, Damias começou a sentir uma forte dor no peito e uma falta de ar. Levou a mão ao peito e rapidamente foi caindo no chão, encostando-se à parede. Chegou ao chão, de bruços, desacordado. Ao cair, soltou a Pata do Macaco. Ao contrário do que parecia, todos os dedos da Pata do Macaco estavam inteiros, não havia algum que estivesse quebrado...
Fan-fic baseada na célebre obra homônima de W. W. Jacobs.