Os Mortos
Os mortos se levantam. A fome é de carne. A sede é de sangue. Tudo é escuridão. O sol não brilha. A lua não aparece. E os mortos caminham. Arrastando seus pés. Tentando alcançar suas presas. Cachorros não latem. Apenas o piar horripilante das corujas se escuta. Enquanto que os mortos perambulam pelas ruas.
A prostituta abandona seu último cliente. Que sugava suas tetas. Os guardas não prendem. Porque os ladrões se esconderam. Nos hospitais mais doentes. Nos leitos mais mortes. E os mortos ressuscitam. Esquelético! Famintos! Sedentos! A criança que nasce sem vida. Ressuscita! Amamentando-se na jugular da enfermeira.
A fúria do vento. Arrasta as folhas e o cheiro fétido. Ninguém sabe como começou. Somente sabe o fim. Os mortos vagueiam. Gritos e gritos. Lágrimas e ranger de dentes. Não é holocausto. Tampouco o Armagedom. É apenas mais um filme de Zumbi. Que vaso a madrugada assistindo.