O Terror é Agora
Caros amigos leitores e escritores. Venho a vocês não como um escritor, e sim como personagem de uma realidade que deixou de ser ficção há muito tempo.
Vejam só: Estamos vivendo o agora. Aquilo que era futuro hoje é nosso presente. O passado ficou para trás e junto com ele, lembranças de velhos tempos.
Quem consegue respirar no meio da cidade? Andar por aí sem pegar trânsito? Acreditar nos dias de amanhã?
O medo, a violência, e a iminente falta de água tornaram-se partes assustadoras de nossas vidas. Hoje, vivemos uma história de horror completa, temperada de sangue e caos, trazendo a banalização de atos que outrora eram considerados hediondos, e que hoje são cada vez mais comuns.
Como ter esperança e crer que amanhã será melhor? Como manter a expectativa contra uma situação pior a cada dia?
Vá a uma praia. Ela estará lotada. Milhares de pessoas disputando um espaço na areia, na água, nos restaurantes...
Vá passear no shopping. Ele estará cheio. Pessoas circulando com ou sem dinheiro para gastar. Uma massa humana disputando pequenos lugares como urubus na carniça.
Pague uma conta no banco. Ande de carro, ande de ônibus, vá ao hospital público ou particular...
Filas. Intermináveis filas para tudo. Uma falsa qualidade de vida mascarada por um sofrido dinheiro ganho e que a cada dia está mais desvalorizado.
Mentes de trabalhadores, que exaustos, chegam em casa desiludidos e têm sua mente entorpecida por uma televisão que insiste desesperadamente em mostrar uma realidade restrita cada vez mais a seus estúdios.
A falta de respeito ultrapassa os muros das casas, invade o único lugar de descanso e paz de pessoas humildes ou não, que dão duro o dia inteiro ou não, mas que são todas portadoras do mesmo direito: a tranquilidade.
Disse Jesus a mais de 2.000 anos: “O Mundo jaz no maligno”.
Penso qual a opinião dele agora, no futuro que virou presente e tira a cada dia, a esperança de um amanhã melhor, e com isso, a fé de muitas pessoas.
Atualmente, 7 bilhões delas.