***AS AVENTURAS DE JOHNATHAN PILSEN- O COVIL DA VAMPIRA- Cap.2: A verdade escondida.***

Antes...

Ao fim das aulas, Pilsen comunica aos seus dois colegas detetives que a investigação sobre os desaparecidos de Valerie Hill vai começar pelo local do primeiro sumiço, a mansão Drake. Um arrepio percorre os corpos de Stemphe e Sheylla quando seu amigo termina de pronunciar a frase. Quase que como um espectro, a Srta.Midley passa pelos três, despertando arrepios dessa vez até em Pilsen. O Sr.Lincol se encontra á certa distância do evento vivenciado pelos três jovens ali no corredor, mas acompanha todo o raciocínio deles. Os olhos do professor exibem uma atmosfera juvenil e aventureira, e um sorriso de canto de boca nasce em seu rosto.

Agora...

Johnathan Pilsen abre o caixão localizado no centro do recinto, mas o mesmo se encontra vazio. A perplexidade toma conta dos três. Quando estão deixando o lugar, os jovens são surpreendidos pelos desaparecidos de Valerie Hill, que se transformam em vampiros; para o desespero e surpresa dos detetives sobrenaturais. Os detetives sobrenaturais estão num campo de batalha e não há para onde correr:na frente um pelotão de vampiros prestes á saltar sobre eles e atrás a velha mansão Drake com toda sua bizarrice e talvez perigos ainda desconhecidos para os jovens encurralados. Eles precisam pensar numa estratégia de defesa rápido, ou serão o jantar dos sugadores de sangue á frente deles. De repente, um grito e uma voz familiar faz os três ali parados em estado de perigo olharem para trás e terem uma surpresa digamos um tanto inesperada. Na porta principal do covil da vampira, o Sr.Lincol usando um traje ao estilo"Abraham Van Helsing",acena para que seus alunos voltem para dentro da infame morada. O pelotão de sugadores ali presentes investem contra os três, que recuam e adentram outra vez o covil da rainha-vampiro. O Sr.Lincol lança na direção dos sanguessugas crucifixos, colares de alhos e água benta, o que os fazem recuarem na batalha momentaneamente. O forte cheiro de alho, o reflexo dos crucifixos fazem os vampiros se dispersarem pelo jardim morto da antiga mansão. A água benta irrita e queima a pele de alguns dentuços, mas isso não ira detê-los por muito tempo. O Sr.Lincol segue na frente do comando de resgate, guiando os três resgatados até uma saída seguira do lugar. No alto da escada, a figura imponente daquela que atende por muitos nomes, mas também chamada de rainha-vampiro, encara os quatro fugitivos como "ratos correndo com medo do gato". Eles param e encaram também sua anfitriã maligna e a mascara da sugadora de sangue que sobreviveu por muitas eras cai por terra. Ela não teme ter sido reconhecida como a Srta.Midley, até gosta do ar de espanto e surpresa que causou nos ali presentes; excerto pelo professor de História, que já tinha uma certa certeza da verdadeira identidade da forasteira. Mas não é dessa vez que o nosso "Van Helsing de Valerie Hill" vai ter o prazer de cravar uma estaca de madeira de fleixo no coração oco da famigerada morta-viva bebedora de sangue. Os olhares do Sr.Lincol e de Lady Faby Crystall, ou seja lá como ela se chame de verdade, se cruzam por um longo momento; como se já se conhecessem de outras vidas, até se perderem por entre uma parede de centro que os separa. Logo a sala principal da morada está fervendo com a presença de muitos mortos-vivos sugadores de sangue, eufóricos para saciarem a sede de líquido quente e viscoso que emana das jugulares de vítimas indefesas. Mas não será dessa vez que eles vão matarem a sede de sangue. Suas quatro presas preciosas já se esquivaram daquele lugar horrendo. E as ordens da rainha-vampiro é que o combate final deve esperar mais um pouco. O cheiro de café desperta os detetives sobrenaturais espalhados em três colchões na sala acochada do pequeno apartamento do Sr.Lincol. O dia já nasceu há horas e o sol brilha forte do lado de fora da minúscula morada de uma sala-cozinha e um quarto-banheiro. Os jovens estavam muito cansados e tomados de adrenalina e surpresa noite passada, para buscarem as respostas que procuravam com o professor de História. Mas agora com o dia claro e descansados de toda a tensão da noite anterior, eles se encontram sentados na mesa do café da manhã do Sr.Lincol, que por sinal está muito delicioso e sortido; e prontos para as respostas que tanto anseiam saber. O professor se põe de pé e vai até seu quarto, e quando retorna á mesa do café; ele trás uma espécie de diário nas mãos. Ele se senta e abre o grande caderno de anotações, já desgastado pelo tempo e datado de eras muito remotas. O Sr.Lincol revela aos três jovens ali presentes que aquele diário pertence a sua família há gerações,e que nele consta á história do primeiro patriarca do Clã Lincol; e exímio caçador de vampiros que viveu na Europa da idade média. O diário contém também toda á história da vida e morte da condessa Lady Faby Crystall, a rainha-vampiro.

"O ano era 1712... Foi nessa época que todos na Transilvânia ficaram conhecendo publicamente o caso macabro que envolvia á realeza local, em especial uma certa condessa chamada Faby Crystall e esposa do irmão do rei. Rumores de que a tal nobre fazia uso de sangue humano para fins desconhecidos era de conhecimento geral, mas não se tinha á certeza de tal fato, como já dizia:eram apenas rumores que só se confirmariam tempos depois. Lady Faby Crystall era de família nobre e natural das regiões da Morávia, um país eslavo que acreditava na existência de seres bebedores de sangue humano, chamados:vampiros. Ainda na sua mocidade ela se casou com o duque Wagner Crystall, irmão caçula do rei da Romênia, e se mudou com o mesmo para a região da Transilvânia. Reza a lenda que ela nunca pôde ter um filho e que no segundo ano de casamento foi abatida pela peste negra, que já se fazia presente na região.

O duque amava muito a esposa e desejava que ela escapasse da terrível praga. Nessa época,o mesmo ficou sabendo da existência de um homem natural da região dos Balcãs que segundo os comentários era um vampiro. Todos sabiam que vampiros eram seres imortais, e isso despertou a curiosidade do nobre; para que esse fosse trazido até ele e pudesse salvar a amada, á transformando em vampira com uma mordida. Não demorou muito para que o pedido do duque fosse atendido, e tivesse na sua presença a criatura que poderia salvar a esposa acamada. Os gritos da moribunda foram ouvidos por todas as dependências do castelo, levando um medo profundo aos que ouviam aquele desespero em face da morte.

Ao adentrar o quarto do casal, o ser das trevas se encontrava ao lado de uma Faby Crystall pálida e gelada, entregue ao sono da morte. O duque foi tomado de uma fúria animal ao se deparar com a amada desfalecida á sua frente, que cravou uma lança que tinha próxima de si no peito da terrível criatura; que logo foi consumida por um fogo misterioso, virando cinzas diante dos olhos de um nobre assustado com tal monstruosa cena. O homem se colocou de joelhos ao lado do corpo frio e branco da duquesa, e deixou as lágrimas rolarem pelo seu rosto; se sentindo culpado pela tragédia acontecida. Não demorou muito para que os olhos da duquesa morta se abrissem para uma nova vida.

Quando o duque se deu conta do que estava acontecendo ao seu redor, sua esposa já estava com seus caninos de vampira colados á jugular do nobre; sugando toda á sua essência de vida. Uma era de trevas teve inicio desde então na Transilvânia. Relatos de que seres sugadores de sangue estavam habitando na região, trouxe de todos os cantos da Europa os chamados"caçadores de vampiros". E um dos mais conhecidos e eficientes na arte de empalhar vampiros foi Ernest Lincol,tetravô do professor Lincol. A verdade sobre a vida macabra e secreta da duquesa e de seu marido só veio á tona depois do suicídio de uma jovem criada do casal. Após esse incidente, os outros empregados perderam o medo e denunciaram os dois nobres as autoridades locais.

A caçada aos vampiros já havia se tornado uma prática corriqueira por toda a Europa, e muitos da linhagem real já haviam sucumbido as estacas de fleixo dos caçadores. Por isso, os criados já não tinham mais o temor de denunciarem seus senhores aos carrascos e com isso salvarem suas próprias vidas também. O duque e a duquesa de Crystall tentaram fugir sorrateiramente pela noite sinistra da Transilvânia, mas forram pelos por aldeões locais e entregues aos caçadores de vampiros. Laby Faby Crystall conseguiu escapar da estaca de fleixo no peito após seduzir um de seus guardas com sua enorme beleza e suga-lhe todo o sangue. A mesma sorte não teve o duque, que antes do primeiro raio de sol da manhã; teve uma estaca cravada em seu peito oco de vampiro. A rainha-vampiro desapareceu pelo mundo, sendo perseguida por Ernest Lincol e sua descendência. Sua história de horror ficou cravada nas páginas do diário de Ernest, que se seguiu com as anotações dos que vinheram depois dele. Muitos relatos sobre o paradeiro da morta-viva bebedora de sangue foi se falado durante os anos que se seguiram á sua fuga; mas ela nunca foi capturada para sentir a madeira queimar o lugar onde existia seu coração."

O detetive sobrenatural e seus amigos estão de boca aberta literalmente diante de todo o relato descrito pelo professor de História. O Sr.Lincol revela aos jovens alunos que a duquesa-vampira está na cidade com o intuito de vingar a morte do ex-marido e acabar com ele e qualquer chance de sua descendência seguir á diante, acabando assim com qualquer possibilidade de algum deles cravar uma estaca em seu peito um dia. É chegado o momento de confrontar o perigo mais uma vez, e esse não demonstra qualquer intimidação. Nos corredores do colégio os olhares de desafio da rainha-vampiro incorporando o papel de uma pacata professora se cruzam com os do Sr.Lincol, e o momento se torna quase que uma eternidade vivida em simples segundos para Johnathan Pilsen e companhia. A Srta.Midley cruza as duas extremidades do corredor que á separa da sala dos professores e adentra a mesma.

fim do capitulo 2

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Johnathan King
Enviado por Johnathan King em 15/06/2014
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4846099
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