O Mistério de Amélia (Parte I - Vozes)

'' Esta história ocorreu no ano de 2003, onde uma mulher descobriu o mundo aterrorizante do sobrenatural. ’’

Evelyn é professora de geografia (trabalhava nos turno da manhã e tarde), ela está solteira e tem 28 anos. Ela mora de aluguel em um pequeno apartamento e seu sonho está preste em se realizar, que é finalmente comprar a sua casa própria.

Depois de consultar várias casas com preços ''acessíveis’’, ela encontrou uma que lhe chamou atenção, era uma casa antiga com um belo jardim, situada em uma rua tranquila e com boa vizinhança (era o que ela mais queria). A casa estava com a pintura desgastada, mas era bela em seus detalhes. Ela sentiu que deveria comprar aquela casa.

Evelyn ligou para sua corretora, para marcar o dia em que ela iria dar uma olhada no interior da casa.

Junto com a corretora Júlia, Evelyn entrou na casa para conferir e ficou muito surpreendida com a beleza da sala, as paredes tinham lindos desenhos de rosas.

Júlia perguntou:

- Está gostando da casa?

- Sim, mas preciso dar mais uma olhadinha. – disse Evelyn.

- Fique à-vontade!

A casa tinha uma enorme sala, três quartos, uma bela cozinha, dois banheiros (uma com banheira), e um porão.

Depois de conferir cada cômodo, estava decidida em comprar o imóvel. Mas Evelyn esqueceu de conferir um cômodo: O porão.

Evelyn, satisfeita, finalizou a compra e mudou-se depois de quatro dias. Com a chave da casa que finalmente era sua, Evelyn abriu a porta e entrou. Sentou-se no sofá para descansar depois de um longo dia de trabalho. Logo caiu no sono por causa do cansaço.

Evelyn acordou dentro do porão, assustada, ela não lembrava como tinha chegado lá. Ela olhava ao seu redor e viu vários móveis e coisas velhas incluindo um grande baú. Curiosa, abriu-o e encontrou vários livros, e uma foto antiga de uma bela mulher. Mas ao olhar fixamente para a mulher da foto, Evelyn escutou algumas vozes sussurrando em seu ouvido, as vozes eram baixas e ela não conseguia compreender.

- Meu Deus, o que há de errado comigo? Será que estou drogada? - pensou Evelyn desesperada.

As vozes continuavam a atormenta-la, Evelyn largou a foto e saiu correndo do lugar, depois decidiu trancar a porta do porão.

Evelyn se trancou no quarto e pensou em ligar para a sua amiga Carina, e contar o que estava acontecendo, mas desistiu achando que sua amiga pensaria que ela estaria drogada. Passou a noite acordada pensando no que lhe ocorrera.

No dia seguinte, Evelyn foi para o colégio dar aula. Estava muito exausta e não conseguiu dar a aula direito, Seus colegas de trabalho perceberam que ela estava estranha.

- Evelyn está tudo bem? – perguntou Amanda, sua colega.

- É que eu não dormi bem a noite. – respondeu Evelyn em um tom cansado.

Terminado o seu turno da tarde no colégio, foi fazer compras em um mercado. Evelyn estava escolhendo algumas verduras e de repente uma velha, aparentando ter uns 65 anos, lhe cutucou e disse em voz baixa:

- Soube que você comprou aquela casa.

- Sim! – disse Evelyn.

- Devo-lhe contar que houve uma grande desgraça naquela casa.

Evelyn ficou assustada e perguntou:

- O que aconteceu?

- No ano de 1989, naquela casa morava uma linda mulher, o nome dela era Amélia, Era médica e uma boa pessoa. Mas algo terrível aconteceu: Ela foi brutalmente assassinada! antes de morrer ela foi cruelmente torturada em sua própria casa. O crime chocou toda a cidade, os policiais ficaram quase um mês procurando o assassino, mas nunca o pegaram.

- Que horrível, meu Deus! – disse Evelyn chocada.

Evelyn contou para a velha o que lhe aconteceu no porão, da foto e das vozes. Então a velha em uma expressão obscura disse:

- Você deve sair daquela casa imediatamente!

- Mas não posso, acabei de compra-la.

- Então isso é problema seu! Adeus minha jovem. – respondeu a velha em um tom ranzinza.

Evelyn não acreditava em fantasmas, mas depois do que a velha disse, e no que lhe aconteceu, deixou-a muito preocupada.

Ao chegar em casa, ela se deparou com a porta do porão aberta.

- Mas eu tranquei a porta desse maldito porão! – pensou Evelyn indignada.

Evelyn correu para o quarto, pegou as chaves das portas, e foi trancar a porta do porão.

Após isso foi tomar banho, e depois jantar.

- Aquela senhora no mercado tinha razão, eu preciso sair desta casa ou irei enlouquecer – pensou Evelyn, enquanto tomava a sua sopa.

Evelyn terminou de tomar a sopa, e foi dormir, estava exausta precisava de uma boa noite de sono.

Evelyn acordou novamente dentro do porão, mas desta vez, ela estava totalmente nua e com vários cortes em seu corpo.

- Meu Deus, de novo não!

Totalmente desesperada, correu para escada em direção à porta do porão, mas estava trancada por fora, chorando e tremendo de medo, e sem saber o que fazer, Evelyn gritou:

- Socorro alguém me ajude!! - ela esperava que algum vizinho à ouvisse.

As vozes novamente sussurraram no ouvido da Evelyn, mas agora eram altos e nítidos, Evelyn podiam entender o que eles diziam:

- Me liberte!! Me liberte!! ME LIBERTE!!! ME LIBERTE!!! – as vozes ficavam cada vez mais alto, a ponto de doer os tímpanos da Evelyn.

Evelyn cobriu os ouvidos com as mãos, fechou os olhos e gritou desesperada:

- Amélia é você? Por favor, PARAAAA!!!

As vozes cessaram.

(Continua...)