“Todos os personagens e lugares contidos neste conto são frutos da imaginação do autor e não tem qualquer relação com nomes e/ou personalidades da vida real. Qualquer semelhança terá sido mera coincidência.”


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O terremoto atingiu toda a cidade com intensidade alucinadamente destrutiva. As ruas estavam repletas de gente que corriam em todas as direções, gritando e chorando. Incêndios lavravam as dezenas, e o chão abrindo aqui e ali, engolia com voracidade pessoas e animais, casas, carros e tudo o que encontrava em seu caminho...

O ruído ensurdecedor de gente gritando, dos animais berrando, o crepitar do fogo, o rugido da terra, contorcendo-se e sacudindo-se, dominava os ares.
Os moradores de Bela Vista haviam fugido para as ruas. Alguns com roupas de dormir, outros corriam nus.Um velho arrastava-se penosamente, estendia os braços em busca de ajuda, seus lábios moviam-se, mas nada se ouvia deles. Atrás dele gemia um cachorro, aflito e desorientado.
 
Com os olhos esgazeados, quase saltando das orbitas, uma jovem mulher segurava um bebê, foi tragada e seus gritos se juntaram aos outros tantos...
 
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Quinze dias depois, sobrava apenas, em Bela Vista a amarga recordação do terremoto que assolou a cidade, um dos abalos sísmicos mais violentos da história, pois extrapolou a escala Richter.

As turmas de socorro enviadas pelo governo do estado, encontraram um cenário desolador e tudo o que encontraram foram corpos já em avançado estado de decomposição e escombros sobre escombros. Nada mais poderia ser feito.
Não sobrou nada da pequena, mas prospera cidade de Bela Vista. Apenas algumas dezenas de vidas que andavam pelos escombros, alimentando uma amarga esperança de encontrar seus parentes, amigos e vizinhos ainda com vida, mesmo quando o cheiro pútrido da morte reinava absoluto atraindo milhares de aves comedoras de carniça.

A natureza fazia a limpeza.

As autoridades civis e militares sentiam-se impotentes para atender todos os pedidos de ajuda que chegavam ao acampamento, instalados nos arredores de Bela Vista.

A comunidade cientifica mundial debruçavam-se, ansiosos, sobre os relatórios da catástrofe, todos os cientistas e peritos estavam aparentemente desorientados. Existem meios suficientemente seguros para se prever, hoje em dia, a grande aproximação de tremores de terra e esses métodos tem sido uteis em algumas regiões do planeta. No entanto, nada tinha feito supor a eclosão daquela catástrofe. Cálculos foram incansavelmente refeitos, após a tragédia, reviam dados e reformulavam equações e as respostas eram sempre as mesmas...
 
“Aquele terremoto não podia ter acontecido.”
 
Simplesmente não era possível, aquele terremoto, que assolou o norte do Paraná.

A menos que...

O pavor tomou conta dos círculos científicos, quando a hipótese foi aventada pela comunidade cientifica russa.

Continua...

 
Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 08/05/2014
Reeditado em 13/05/2014
Código do texto: T4798553
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