Red Lake: Chalé Macabro - Capítulo 1

"Os piores monstros são aqueles criados por sua imaginação".

Ace Cooper - um escritor em ascenção - resolve viajar para o campo afim de terminar seu novo romance policial - sobre um serial killer no Rio de Janeiro.Após procurar bastante no jornal, ele encontra o anúncio de um chalé a beira de um lago em uma pequena vila a alguns quilômetros de onde mora.

No dia seguinte, logo pela manhã ele começa a viagem no seu carro, um Ford Focus, semi-novo. A viagem seria longa - cerca de trezentos e setenta quilômetros.

Após algumas horas na estrada, Ace avista um homem andando lentamente a beira da pista, vestia uma camisa preta acinzentada desbotada, uma calça social preta também desbotada e um chinelo. Intrigado ele pára o carro ao lado do tal homem e abaixando o vidro, pergunta: - Está tudo bem, cara? -

O homem não responde.

- Precisa de uma carona? -

- Não. - responde friamente, ainda olhando para frente.

- Para onde você está indo? -

- ESTE CAMINHO NÃO É SEGURO! - berra o homem. Virando o rosto para Ace, continua: - ESTE CAMINHO NÃO É SEGURO, NÃO CONTINUE! - Seus olhos eram extremamente negros e, de certa forma, sombrios. Mas, além disso, aquele homem o lembrava alguém. Ace olhava para eles quase que hipnotizado.

- P-Por quê? - O homem vira novamente o rosto para frente e volta a caminhar calmamente. Ace tira o cinto de segurança e abre a porta do carro. Voltando á olhar para a estrada percebe que o tal homem havia desaparecido.Naquele momento um frio incomúm lhe corre a espinha, como se pressentisse que algo ruím aconteceria.

* * *

"RED LAKE - 500 M", dizia a placa ao alto do lado direito. Ace a observa com atenção.

Chegando em Red Lake, avista o tal chalé. Era realmente o que ele procurava: pequeno, aconchegante e distante do agito da cidade. O chalé ficava á pouco mais de um metro e meio da margem lateral direita do lago, por tanto a porta era lateral. Ace entrou. Havia alguns moveis antigos, uma lareira e uma pequena varanda de frente para o lago. Ele voltou até o carro e pegou algumas coisas que trouxera. Já se passava das 15:00, após comer algo para forrar o estômago, Ace começa a escrever no seu notebook o penúltimo capítulo de seu livro. Após algumas horas escrevendo ele cochila, no sofá cor-de-carne da pequena sala. Ace acorda atordoado, o relógio marcava 22:22. Ele se levanta e vai até a varanda. A água do lago parecia tensa, como se alguém tivesse mergulhado a pouco tempo. Ele ouve um grito. "SOCORRO, SOCORRO" e então vê uma pessoa se debatendo na água a alguns metros a sua frente. Pulando na água, ele nada em direção a pessoa, mas ela já havia afundado. Ele mergulha, tentando ver a tal pessoa, e então, consegue ver um homem, não reconhecera o rosto, mas sua roupa não lhe deixava dúvidas. Camisa preta acinzentada e calça social preta. Olhando mais atentamente, Ace percebe que ele não afundava naturalmente, algo o puxava para baixo. Percebendo que estava longe demais para ajudar, Ace tenta nadar de volta para fora da água, mas, sente seu pé esquerdo sendo agarrado.

Então ele acorda, sem fôlego, ainda nervoso.

- Foi só um pesadelo. - diz respirando forte.

Ele olha para o relógio, marcava 22:30.