VAMPIRO
Deem-me flores
Que faço abutres
Regurgitá-las
Deem-me abutres
Que os faço
Rapinarem a grama rasteira
E permitir daninhas ervas
Como corações solitários
Que querem rasgar túmulos abandonados e rumar noite adentro por alamedas silenciosas. Respirar suavemente sob o pio de aves invisíveis e arrepiarem felinos incautos de caudas descuidadas. Aviso- os de que ao fim delas, as alamedas, haverá uma confluência qual funil onde vos espero, armado da mais profunda melancolia e do mais vil desejo de que sofram comigo a dor da derrota de renunciar à vida e de não ser desejado pela morte.