“Corno vingado”
Um conto de terror engraçado mas sem motivos para se rir.
Soraia anda inconformada com a falta de interesse sexual de Ribamar, seu marido pacato, pobre mulher, fogosa, dedicada, tudo que um homem desejaria numa mulher, ela tem de sobra.
Mas Ribamar não vê sua bela mulher como mulher, mas como uma senhora dona de casa.
Isso vai lhe custar caro, pobre corno...
Com a chegada de Ricardo no condomínio, as mulheres estão alvoroçadas, Ricardo, um homem solteiro, quarenta anos de idade, corpo sarado, o tipo que deixa a mulherada cheia de ideias.
Soraia recebe a noticia sobre o novo morador através de Idalina, uma viuvá assanhada e confidente de Soraia, Idalina pega todos os homens do condomínio, menos o coitado do Ribamar, este não pega nem gripe, isso é o que diz sua virtuosa esposa.
Hoje, sábado, nove horas da manhã, lindo dia, o sol brilha, a piscina do condomínio esta repleta de garotas e rapazes, Soraia vai em direção ao elevador para descer e se juntar a galera, ao abrir a porta do elevador; só Ricardo esta a bordo, Soraia entra, meia desconcertada frente ao homem que lhe desperta um forte desejo, de cara, ela sente o corpo todo tremer, ela se imagina entregando-se ao másculo homem em posições pra lá de obscenas, coisas que já mais ousara imaginar com seu marido 1.0, meia boca mesmo.
Ricardo também encantou-se com a presença de Soraia, e não perde a oportunidade de cobiçar a linda mulher.
Ela é uma mulher de trinta e dois anos de idade, vai regularmente a academia, tem pernas lindas, um belo par de coxas e nádegas salientes, uma formosura de mulher.
E ainda por cima, infeliz, em outras palavras; uma presa fácil ao predador Ricardão.
O terror se inicia, primeiro na mente de Soraia, sua consciência começa a lhe ferir o juízo, Soaria é uma mulher fiel, embora insatisfeita na cama, ela reconhece a bondade de Ribamar, um cara honesto, trabalhador.
Seu defeito é ver sua linda esposa como uma mulher conformada e feliz com a cozinha.
Isso a atormenta! Ricardo começa a investir na ideia de ficar com Soraia, de aquele dia em que a viu no elevador, sua meta e ser amante de mulher.
Com tanta investida, Soraia não resiste e acaba se entregando ao Ricardo, tudo o que ela desejava fazer na cama e não fizera com Ribamar; ela fez com Ricardo, todas as posições, todas as suas fantasias eram realizadas, embora ao sair do motel, ela se consumia em arrependimentos, ela não conseguia evitar o Ricardão.
Tal situação ficou de um jeito, que Soraia o levou para sua casa, e transava com o homem em sua própria cama.
Numa fatídica noite, Ribamar volta antes do horário para casa, e ao entrar na sala do apartamento, ouve sua esposa aos gemidos no quarto, Ribamar apressou-se a adentrar e a cena que presenciou foi de um filme pornográfico, ele não acreditou no que viu, pobre corno, entrou em surto instantâneo, ele voltou para fora, não conseguia dar a partida no carro, decidiu sair a pé, caminhando desorientado falando ao celular, Ribamar ligava para sua sogra, ele não conseguia falar, as palavras se engasgavam em sua garganta, os passos estavam desorientados, ao atravessar a avenida de frente ao condomínio, ele não percebe um acarro em alta velocidade, este vem atropelar o pobre corno, que tem morte instantânea, pedaços do corpo do homem se espalham dez metros a frente, os muros, meio fios, carros estacionados próximos dali, ficavam decorados com o sangue da vitima fatal, uma vitima do chifre, e do carro dirigido por um acanalha embragado, tal vês um outro corno sem noção.
Isolina vendo toda a cena, leva um baita susto e core para avisar a amigo sobre o ocorrido, a pobre Soraia, interrompe de imediata suas atividades extras conjugais com saradão e surta de vez.
Ela agora tem um surto de arrependimento e peso na consciência que a leva a cometer uma loucura, ela culpa o Ricardo pela desgraça que assola sua vida e a vida de Ribamar, sem pestanejar, Soraia aponta uma arma pra cabeça de Ricardo, e mando o homem pular do decimo andar, Ricardo esta nu, e em ponto de bala, eita apetite de Ricarão... Ela diz; - pula e morre como pássaro sem asa, ou fica e morre com chumbo e sem seu instrumento de desgraça domestica.
O homem decide enfrentar a mulher, e tem seu pênis descepado, ela joga o brinquedinho do Ricardão pela janela, Soraia esta em panico, ela pensa estar fazendo justiça, vingando seu pobre marido traído, e limpando sua consciência de mulher infiel.
Ao despencar do decimo andar, o pênis voador vai caindo e uma ave noturna captura o estranho objeto e bate asas em direção ao ninho de seus filhotes famintos, Ricardo, embora sem seu maior motivo de orgulho, inda busca sobreviver frente a desgraça que aconteceu, mas leva chumbo, a mulher desesperada grita; - meu marido não merecia isso, não, não posso viver com isso.
Mais tarde, ela joga o corpo do ricardo pela janela e o corpo sarado do infeliz cai batendo nas paredes do luxuoso prédio e sujando toda a fachada de sangue.
Pobre e infeliz Soraia, agora, viuvá e sem ser feliz, nem, na mesa, nem na cama e passa seus dias atrás das grades num presidio feminino.
Bom, nem sempre a felicidade vem do jeito que a gente imagina, as vezes, ela existe bem na nossa cara e a gente não vê, basta uma aventura maligna, para nos mostrar isso, embora para alguns; tarde demais.
O corno foi vingado, o Ricardão, bom; este se ferrou mesmo.