A ALUNA DO CORREDOR DA ESCOLA
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Dizem que nos antigos tempos, uma menina nasceu de seis meses e o tempo passou. Naraih era o seu nome. Quando Naraih tinha por volta dos seus dez aos onze anos, passou a dar problemas na escola Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes, Jardim Brasil, onde estudava, porque ela irritava a professora constantemente para que ela perdesse a paciência, e a mandasse para fora da sala, e isso acabava sempre acontecendo. Ela sempre trazia em sua mochila um estojo de maquiagens sortido de vários produtos.
Quando Naraih saia da sala de aula mandada pela professora, ia imediatamente para o corredor para ficar se maquiando e, na verdade, era esse o principal motivo de provocar a professora: Ir para o corredor para ficar brincando com o seu estojo de maquiagem e se maquiando.
Certo dia, um dia totalmente diferente dos outros dias, Naraih fez todos os tipos de malcriações e insubordinações para que fosse colocada para fora da sala de aula e, com isso, a professora irritada acabou por expulsá-la da sala sem pestanejar. Acontece que, justamente neste dia diferente dos demais dias, a faxineira da escola , talvez por distração ou por excesso de serviços ,ou estava com os serviços atrasados, acabou deixando de secar o piso que estava escorregadio e, ainda por cima deixou o rodo encostado na parede. Quando a Naraih saiu da sala de aula, com muita pressa para brincar com o seu estojo de maquiagens, acabou se escorregando no piso molhado batendo com a cabeça no rodo e no chão vindo a morrer.
Todos ali da escola ficaram chocados com o fato trágico que acabou vitimando aquela aluna insubordinada que adorava brincar de maquiagens e que fazia de tudo para que fosse colocada para fora da sala, justamente para ficar se maquiando.
Diz a lenda que, quando uma aluna daqui faz o mesmo o que Naraih fazia na escola, o espírito dela se materializa e ela de surpresa aparece e corta as juntinhas por juntinhas dos dedos da aluna insubordinada, coloca dentro de um saco e o deposita em cima do seu túmulo.
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