"Necrotério"

Rubens esta de plantão nesta noite, hoje, não ouve muitas mortes, diferente da noite anterior, 11 óbitos.

Rubens adentra a sala de urnas, já é quase meia noite, ele precisa averiguar o desaparecimento de um corpo.

A família de Dona Emília, esta revoltada e muito triste.

O corpo da senhora de sessenta anos desapareceu, e o hospital não sabe dizer aonde esta seu corpo.

Rubens tem observado movimentos estranhos ultimamente, embora ele relate, informe seus superiores, as coisas não tem se resolvido a seu tempo.

Neste momento, Rubens vê um vulto, o necrotério fica afastado do hospital, por trás do prédio tem um jardim mal cuidado.

E é de lá, que o vulto se desloca.

Rubens toma o telefone e constata, esta mudo.

Ao observar novamente, não vê mais nada, apenas um homem branco, trajando roupas velhas, amarrotadas.

O homem esta parado na porta principal, Rubens; - posso ajudar o senhor? Deseja informação? O homem não se move! E se dirige a uma mesa no canto de uma parede.

Lá ele se senta e olha para o Funcionário, (Rubens).

Sem dizer uma só palavra, ele abaixa a cabeça, com uma das mão passa sobre o rosto num gesto de alguém que esta cansado.

Rubens, sem obter nem uma palavra do desconhecido, tenta sair sem ser percebido do necrotério, ele esta assustado e tenta ir ao encontro de ajuda.

Para chegar no plantão Administrativo, ele teria que passar no centro cirúrgico. Por uma janela na porta, ele poderia ver os médicos conversando e se preparando para uma cirurgia.

Mas para seu desespero; o que Rubens viu, foi corpos de homens nu caídos por cima da mesa, no chão, e um deles, pregado numa viga de madeira.

Rubens corre em busca de ajuda, mas os portões estão trancados com correntes, uma fila de carros parados do lado de fora, todos querem entender o motivo do hospital estar fechado.

Rubens olha para cima, bem no alto de um morro, onde é o necrotério e vê o homem branco parado.

O Homem o observa.

Rubens consegue romper um dos cadeados que trancava o portão, dois policiais entram com ele e vão ate o necrotério.

Não havia ninguém, o homem teria desaparecido.

Em seguido, um dos policiais fica mudo, estático, seus olhos fixados em uma direção, ele veem o homem branco.

Em seguida, o policial começa a ter uma parada cardio respira rotoria.

Seus olhos sangram e ele cai sem dizer uma palavra. Morto! Rubens, junto com o outro policial, contatam o copom, em seguida, policiais tomam todo o recinto, uma noite de grande alvoroço.

Ao amanhecer o dia, Rubens cansado, sem forças para nada, tenta fechar o necrotério. O homem branco esta lá, ele aguarda Rubens, com um gesto convidativo, o fantasma convida Rubens a segui-lo. Rubens se borrando todo, ainda o segue, ao adentrar numa trilha de mata no meio do jardim, os pés de um cadáver é visto pelo amedrontado Funcionário.

O fantasma desaparece e deixa ali uma mensagem, os homens mortos no centro cirúrgico mataram a minha mulher e pagaram por suas maldades.

O policial morto, mereceu, porque ele não registrou a ocorrência ao tomar conhecimento, neste mundo, cada um paga pelo seu pecado.

Se me viram ou não; isso eu tenho certeza que sim, se me acreditam nesta mensagem; isso é com você!

O dia amanhece, Rubens vai para casa, com a missão cumprida.

Bem, o fantasma? Acho melhor não comentar, as pessoas não iriam acreditar em mim.

O importante é que o corpo da dona Emília foi encontrado e entregue aos seus familiares.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 10/03/2014
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