Eu sei quem veio no meu enterro

PARTE 1

- Socorro! Tirem-me daqui!

Raul acordou assustado naquela madrugada fria. Teve um pesadelo, o qual se encontrava enterrado vivo. Não sabia ao certo, mas talvez fosse influência do filme com Ryan Reynolds que havia visto na noite passada. No entanto, de algo tinha certeza, aquele pesadelo só fez aguçar a curiosidade dele saber...

- Quem viria no seu enterro caso morresse? - indignou-se Rosbife.

Rosbife era o apelido de Duda, que era apelido de Eduardo que era melhor amigo de Raul. Ele era o gorducho que participava de tudo que Raul aprontava, quando pela primeira vez veio a se negar a proposta inusitada do menino. Eles estavam em um beco.

- Por favor, Duda, preciso da sua ajuda cara! - implorava Raul.

- Sei não. Dentre todas suas maluquices, essa foi a pior. E olha que só estamos falando em teoria. E eu que achava que nada superava a travessia do rio morto.

- Então parceiro, tome como exemplo o rio morto! Tu sabes muito bem que o baixinho aqui é infalível. Como sempre vai dar tudo certo. Quebra essa pra mim vai?

- Diz, qual é o seu plano?

- Ah amigão! Sabia que não me deixaria na mão! - se empolgava Raul abraçando Rosbife.

- Ei, calma aí - Rosbife o empurrou -, só quero ouvir, não falei que vou participar.

Na cidade o menino travesso era conhecido por praticar todas as suas ideias bizarras - A ultima façanha do menino foi atravessar de ponta a ponta o corrimão de uma ponte de trinta metros de altura onde embaixo corria um rio poluído. O tal do rio morto -, dando trabalho ora para a doutora sua mãe, ora para o arquiteto seu pai. Raul sabia Duda não resistiria a sua ideia, e logo embarcaria junto a ele.

- É o seguinte, quero muito saber quem viria no meu enterro se por ventura eu morresse!

- Tá, tá já sei essa parte.

- Só que obviamente se eu morrer, não tem como saber quem vem no meu enterro, uma vez que não vou estar vivo, certo?

- Lógico.

- No entanto, a única maneira de tal plano der certo sem que haja uma morte de verdade...

- É causando uma morte de mentira - interrompeu Rosbife -!

- Exatamente! Vou tramar minha própria morte - concluiu o menino travesso -.

- Você é realmente muito louco cara. Mas, como?

- Veja só - os olhos verdes de Raul brilhavam conforme contava. - Sabe que minha mãe me obriga a entender um pouco de medicina, né?

- Sim, quer que você seja médico como ela e blá, blá, blá.

- Isso mesmo. E numa das conversas sobre o oficio, ela me disse que existe um remédio cardíaco que quanto mais ingerido, mais capaz seria de retardar as batidas do coração.

- Entendi. Mas qual o tempo de duração até voltar ao normal?

- Foi exatamente o que perguntei. Ela me disse, que é necessário dez cápsula para retardar completamente o coração, equivalendo a dois dias de efeito de quem dela tomar. E aí, o que acha da ideia?

- Inusitado e interessante, porém acima de tudo, totalmente doentio. Mas aí vai a pergunta que não quer calar. Já que vai estar "morto" - Rosbife fez sinal entre parênteses com os dedos -, como vai saber quem virá no seu enterro?

- Me diz o que seu pai vende na loja dele?

- Eletros eletrônicos! Oras.

- Alguma ideia a respeito?

- Humm... Nenhuma.

- Ros, se liga! Nós simplesmente vamos pegar emprestados da loja a ultima geração de micro câmeras de segurança e espalhar pelo cemitério, entendeu?

- Sim e Não. Afinal como tu vai assistir as imagens.

- Seu tolo - Raul deu uma leve tapa na cabeça dele -. Você vai encontrar uma maneira de por o monitor das câmeras dentro do meu caixão, e logo que eu acordar vou poder assistir meu enterro ao vivo e as cores!

- Ual, genial! - Duda enfim da um forte abraço em Raul, assim comprovando a parceria no projeto bizarro do menino arteiro.

Contínua...Abraços!

- Socorrooo...me tirem daquiii!

Raul acordou assustado e todo suado naquela noite escaldante. Teve um pesadelo no qual se encontrava enterrado vivo. Não sabia ao certo, mas talvez o filme com Ryan Reynolds que havia visto na noite passada pudesse ter contribuído para que esse pesadelo acontecesse. Entretanto, de algo tinha certeza, aquele pesadelo só fez aguçar a curiosidade dele saber...

- Quem viria no seu enterro caso morresse? - indignou-se Rosbife.

Rosbife era o apelido de Duda, que era apelido de Eduardo que era melhor amigo de Raul. Ele era o gorducho que participava de tudo que Raul aprontava, quando pela primeira vez veio a se negar a proposta inusitada do menino. Eles estavam em um beco.

- Por favor, Duda, preciso da sua ajuda cara! - implorava Raul.

- Sei não. Dentre todas suas maluquices, essa foi a pior. E olha que só estamos falando em teoria. E eu que achava que nada superava a travessia do rio morto.

- Então parceiro, tome como exemplo o rio morto! Tu sabes muito bem que o baixinho aqui é infalível. Como sempre vai dar tudo certo. Quebra essa pra mim vai?

- Diz, qual é o seu plano?

- Ah amigão! Sabia que não me deixaria na mão! - se empolgava Raul abraçando Rosbife.

- Ei, calma aí - Rosbife o empurrou -, só quero ouvir, não falei que vou participar.

Na cidade o menino travesso era conhecido por praticar todas as suas ideias bizarras - A ultima façanha do menino foi atravessar de ponta a ponta o corrimão de uma ponte de trinta metros de altura onde embaixo corria um rio poluído. O tal do rio morto -, dando trabalho ora para a doutora sua mãe, ora para o arquiteto seu pai. Raul sabia Duda não resistiria a sua ideia, e logo embarcaria junto a ele.

- É o seguinte, quero muito saber quem viria no meu enterro se por ventura eu morresse!

- Tá, tá já sei essa parte.

- Só que obviamente se eu morrer, não tem como saber quem vem no meu enterro, uma vez que não vou estar vivo, certo?

- Lógico.

- No entanto, a única maneira de tal plano der certo sem que haja uma morte de verdade...

- É causando uma morte de mentira - interrompeu Rosbife -!

- Exatamente! Vou tramar minha própria morte - concluiu o menino travesso -.

- Você é realmente muito louco cara. Mas, como?

- Veja só - os olhos verdes de Raul brilhavam conforme contava. - Sabe que minha mãe me obriga a entender um pouco de medicina, né?

- Sim, quer que você seja médico como ela e blá, blá, blá.

- Isso mesmo. E numa das conversas sobre o oficio, ela me disse que existe um remédio cardíaco que quanto mais ingerido, mais capaz seria de retardar as batidas do coração.

- Entendi. Mas qual o tempo de duração até voltar ao normal?

- Foi exatamente o que perguntei. Ela me disse, que é necessário dez cápsula para retardar completamente o coração, equivalendo a dois dias de efeito de quem dela tomar. E aí, o que acha da ideia?

- Inusitado e interessante, porém acima de tudo, totalmente doentio. Mas aí vai a pergunta que não quer calar. Já que vai estar "morto" - Rosbife fez sinal entre parênteses com os dedos -, como vai saber quem virá no seu enterro?

- Me diz o que seu pai vende na loja dele?

- Eletros eletrônicos! Oras.

- Alguma ideia a respeito?

- Humm... Nenhuma.

- Ros, se liga! Nós simplesmente vamos pegar emprestados da loja a ultima geração de micro câmeras de segurança e espalhar pelo cemitério, entendeu?

- Sim e Não. Afinal como tu vai assistir as imagens.

- Seu tolo - Raul deu uma leve tapa na cabeça dele -. Você vai encontrar uma maneira de por o monitor das câmeras dentro do meu caixão, e logo que eu acordar vou poder assistir meu enterro ao vivo e as cores!

- Ual, genial! - Duda enfim da um forte abraço em Raul, assim comprovando a parceria no projeto bizarro do menino arteiro.

Dan Will
Enviado por Dan Will em 02/03/2014
Reeditado em 02/11/2019
Código do texto: T4712804
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