- OS PORTÕES NA TERRA PARA O INFERNO!

Inferno. Um eterno abismo de morte, condenação e maldade, realmente existe?

O inferno é responsável pelos nossos maiores medos. Está cheio de tortura, sofrimento e dor, por toda a eternidade. O inferno é mais do que um mito? Tem fogo no inferno?

Para alguns, não só o inferno é real, como pode ser encontrado aqui na Terra. Um vulcão em erupção na Islândia, cavernas escuras escondidas sob as florestas, um lago de fogo em um deserto africano.. esses lugares remotos, tem algo em comum; acredita-se que todos são antigas entradas para o inferno.

Há milhares de anos, em diversas culturas, as pessoas acreditam que o inferno está bem debaixo de nossos pés. Acreditava-se que o inferno era um lugar físico, um lugar sob a terra, e que podíamos visitar e ver com nossos próprios olhos. Há 6 entradas para o inferno em todo o Globo, que conecta o mundo dos vivos com o mundo dos mortos. Nesses lugares remotos, exploradores escavam passagens que já foram consideradas portais para outros mundos. Na história das religiões é possível encontrar evidências de cavernas ou aberturas vulcânicas que as pessoas acreditavam serem entradas para o submundo. Geralmente esses portões do inferno são encontrados em lugares áridos, como desertos, vulcões em erupção, ilhas, cavernas.. São nesses pontos geográficos onde se pode encontrar um portão para o inferno. E o que esses exploradores nos revelam, é impressionante!

Entrar num lugar como esse é muito perigoso. Muitas das pessoas que entraram, nunca saíram.

- ''Parecia um abismo, um poço sem fim. Eu tive a sensação mais desesperadora e aterrorizante que se pode imaginar!'' - Disse um explorador sobrevivente.Cada local, e cada lenda, apresenta visões assustadoramente semelhantes do submundo. O que leva a uma pergunta que sempre persistiu na história; O que nos aguarda quando passarmos pelos portões do inferno ?

No coração na Nicarágua, apenas a 32 km da capital Manágua, há um imenso abismo na Terra, um vulcão chamado Masaya. Mas há séculos é conhecido por um nome menos agradável, ''Boca do Inferno''.

A dimensão do Masaya é quase inacreditável. É um gigantesco abismo. Uma rachadura da Terra, e nem imaginamos para onde esse buraco leva. Por milhares de anos o Masaya vem exalando uma fumaça assustadora, podendo ser vista a quilômetros de distância.

- ''Parece que o vulcão está vivo, ele exala um gás tóxico e se eleva e se curva como se fosse uma criatura viva!'' - Diz pesquisador.

No topo da cratera imensa, há uma cruz. Uma indicação da história profana do Masaya. Por séculos, histórias sombrias de morte e sacrifícios humanos cercaram o vulcão. Segredos do passado podem ligar esse vulcão ao inferno. Para descobrir isso, a arqueóloga Elizabeth foi ao local. Até chegar a cratera, teve de passar por uma série de cavernas feitas de larva escaldante.

- ''Ao entrar na caverna é como se estivesse entrando na boca da Terra. É realmente uma experiência bem assustadora.'' - Diz Elizabeth.

Ao sair dos canais de larva, Elizabeth consegue chegar a boca do Masaya. Há centenas de anos, os nativos acreditavam que esse lugar era uma entrada sagrada para o mundo dos mortos, e fizeram de tudo para acalmar os Deuses que viviam lá embaixo. Esse vulcão testemunhou rituais de mortes. Os nativos faziam sacrifícios humanos. Eles jogavam pessoas na cratera. Homens, mulheres e crianças. Talvez eles soubessem que de descessem jamais retornariam. Histórias desses rituais sombrios se espalharam. No início do século dezesseis, padres católicos espanhóis foram atraídos ao Masaya para o conhecerem pessoalmente. Eles sabiam que o portão do inferno era descrito no livro de Apocalipse como um abismo sem fim, em chamas, cuja fumaça escondia o sol. Após verem o Masaya, se convenceram de que era o próprio inferno. Eles acreditavam que havia algo demoníaco lá dentro. Um deles tomou uma atitude inacreditável; entrou na boca do vulcão para investigar, e sua única proteção era uma cruz de madeira. O padre ficou horrorizado com o que vira; um abismo sem fim em chamas. Para ele não restava dúvidas de que alí estava a porta de Satanás. Mas por que ele tinha tanta certeza ?

As pistas podem ser encontradas na Bíblia:

- ''A Bíblia deixa claro que o inferno foi preparado por Lúcifer e seus anjos. Satanás ou Lúcifer, quando caiu do céu levou levou a terça parte dos anjos com ele, e foi exatamente para isso que o inferno fora preparado.'' - Diz o pastor Chris Simpson.

Cristãos medievais acreditavam que quando Satanás e seu exército se rebelaram contra Deus eles foram jogados do céu para dentro de um imenso abismo sob a Terra. Um abismo tão profundo quanto a altura do céu.continuação sobre o Masaya:

Aterrorizados por estarem na Boca do Inferno, os Frades levantaram um cruz na beira da cratera.

- ''A maldade daquele lugar era tão evidente que a Igreja precisou se manifestar e colocar uma cruz lá no topo.''

500 anos depois a cruz ainda permanece, uma lembrança da história infernal do lugar. Mas a crença de um abismo na Terra, vai além do monte Masaya.

Há quase 4 mil anos, os Romênios acreditavam num vasto abismo, onde moravam os mortos. Os gregos escreveram sobre um precipício tão profundo, que uma alma poderia cair por um ano e não chegaria ao fundo. No livro de Jó, o submundo é chamado de ''Chil'' e é descrito como um abismo sombrio na Terra. Quase todas as culturas já acreditaram num submundo real, um universo dos mortos sobre a Terra. Mesmo sendo provenientes de diferentes épocas e culturas as descrições do inferno são assustadoramente semelhantes. Existem inúmeros nomes, diversos lugares e descrições do submundo, do inferno, de uma vida após a morte, mas também existem ligações significativas que parecem ligar essas descrições.

Assim como no Masaya, muitos relatos do inferno descrevem um portão que conecta a superfície da Terra, ao submundo. Os portões eram uma característica muito importante do ''além mundo'' , principalmente a entrada para o abismo do inferno. Pode-se encontrar na literatura e é um tema bem recorrente essa passagem para o outro reino, simbolizada pelo portão.

Uma caverna escondida em Belize, um vulcão na Islândia, passagens submersas na Grécia, uma basílica misteriosa na Irlanda, e um lago de fogo na África. Cada portão pode abrir uma nova janela para um universo alternativo sobre nós. Mas o que há além desses portões? Um homem acredita saber.

- ''Você vai ficar totalmente acordado, consciente e absolutamente atormentado para o resto da sua vida.'' - Diz.

Inferno. Esse domínio do mal realmente existe?

Através do tempo e da cultura, acreditava-se que 6 lugares remotos na Terra eram portões para o submundo.

Uma das características da morte, é que deixar de ser vivo para se tornar morto, é uma passagem. É a grande passagem na vida de alguém, e muitas vezes isso é interpretado na forma literal. Geralmente a mitologia do inferno envolve algum tipo de descida aos territórios do inferno. Conectamos os vivos aos mortos, o bem ao mal, então haverá essas áreas de transição, essas cavernas e vulcões são as entradas que representam o portão entre os dois mundos. Muitas vezes a conexão com esses dois mundos começa com uma visão. Através dos anos, alguns afirmam ter visto o inferno pessoalmente. Um homem tem certeza de que viu um portão do abismo eterno.

- ''Existe um céu e um inferno. Somos indolentes quando dissemos que Deus é bom e todos vão para o céu. As pessoas creem que todos são salvos e perdoados, mas não é verdade.'' - Diz Robinson.

Em 1968, Nick Robinson de 19 anos, estava acostumado a brincar com a morte. Um paraquedista experiente. Mas Robinson não sabia que um salto seria diferente:

- ''Eu não sabia que minha vida mudaria para sempre e eu nunca mais seria o mesmo''

Poucos minutos após a decolagem, algo deu errado em um voo de rotina. O único motor do avião quebrou, e o avião se aproximou rapidamente da terra, e bateu numa árvore e caiu de ponta no chão á 160 km/h. Em chamas, Nick foi tirado do avião e levado ás pressas para o hospital, e por pouco sobreviveu.

- ''Eu estava com uma estranha sensação de que a vida estava saindo de mim. Mas num momento aconteceu uma coisa muito bizarra! Eu estava deitado na maca, morrendo, e meu espírito se levantou, e saiu do meu corpo. Fui transferido para o mundo espiritual imediatamente, e na mesma hora eu soube que esse mundo espiritual era o mundo real. Eu estava viajando mais sabia que não tinha o controle, e lá na frente havia uma luz branca brilhando, mais clara que a neve, e mil vezes mais brilhante que o sol.''

Mas antes que pudesse chegar a luz, Nick sentiu uma presença sombria.

- ''Senti algo do meu lado direito e assim que olhei vi uma escuridão. Era mais escura que a mais negra escuridão, como eu nunca vi antes. Também consegui sentir a natureza daquilo, era eterna. Era um vácuo, completamente vazio, parecia um abismo, um poço sem fim, e eu soube na mesma hora, que se uma alma ou pessoa entrasse lá, estaria perdida para sempre. Eu tive a sensação mais assustadora e aterrorizante que se pode imaginar. É como posso descrever. Eu me senti condenado. Quando estava alí na escuridão, senti como era estar condenado para sempre, e não era algo negociável.''

Mas no último instante, Nick teve uma segunda chance e foi devolvido ao seu corpo. Quando voltou a ficar consciente, tinha certeza que vira e que quase não escapara da boca do inferno.

- ''Existe um inferno. Não é somente um lugar! É uma realidade.''

E Nick não está sozinho, há séculos, aqueles que acreditam em inferno real, relatam visões semelhantes do submundo. No século sete, um monge espanhol afirmou que o diabo o levara até um lago de fogo e que ele conseguira escapar fazendo o sinal de cruz. No século doze, diz uma história que um guerreiro irlandês foi morto e retornou a vida, o guerreiro acreditava ter vivenciado os sofrimentos do inferno. Nas remotas florestas da América Central, em 1.940 km do Masaya, há um segundo portão para o inferno. Os Mayas acreditavam que essa caverna era uma porta para o submundo conhecido como Xibalba - O Lugar do Medo. Até hoje, os Mayas sobreviventes temem a boca do inferno. Para eles ainda há um temos, então eles não entram lá, e caso entrem, somente após muitos rituais para acalmar os Deuses. Como no Masaya, antigas histórias do Xibalba indicam histórias horríveis de sacrifício humano e a Bíblia Maya descreve terríveis perigos, prisões que guardam as almas que se atreverem a entrarem em Xibalba. Para os Maya, o submundo não era um lugar abstrato, ele fazia parte de suas vidas diárias. O submundo estava literalmente sobre seus pés. Sabemos disso, pois eles realmente viajavam para o submundo, desde antes de Cristo até o presente, eles vão a esses lugares realizar cerimonias importantes, dirigidas a alguns Deuses que vivem no submundo.

- ''Entrar num lugar como esse é muito perigoso, muitas pessoas que entraram, não saíram.'' - Diz pesquisador Hainne.

Mas podemos mesmo entrar nesses portões e literalmente descer ao inferno?

Há 25 km do vilarejo mais próximo, arqueólogos descobriram uma caverna que dizem que leva ao submundo. O Xibalba.

Heinne acredita que os Mayas usavam essa caverna para entrar em Xibalba, e que lá dentro praticavam os sacrifícios humanos. O Dr. Hainne decidiu ver com seus próprios olhos essa caverna, e a medida que se adentrava era possível ver as descrições semelhantes dos Mayas. A mitologia Maya, acreditava que a caverna que levava a Xibalba era repleta de desafios usados para testar e aterrorizar as diversas almas mandadas para o submundo. Um desses desafios era a Casa das Facas, um caminho estreito com lâminas de pedra surgindo do teto. E os Mayas não estavam sozinhos, quando previram tal passagem para o submundo. Há uma ideia central conectando os portões do inferno. A crença é que o caminho para o submundo envolve uma viajem perigosa, uma horrível passagem sobre um labirinto traiçoeiro sob a Terra.

- ''Em alguns textos antigos percebemos caminhos e desafios pelos quais eram precisos passar e alguns truques que precisavam fazer para chegar ao outro mundo, como pagar o barqueiro e atravessar os rios.''

Para os Mayas, até mesmo os vivos podiam fazer a viajem, e a prova disso está escondida no fundo da caverna. O Dr. Hainne descobriu uma série de cadáveres humanos enterrados nos fundos de Xibalba. Para ele, isso confirma a história do local.

Através da História os portões estão conectados por uma crença em uma passagem perigosa ao mundo dos mortos. Em sua descida ao submundo, o herói grego Teseu, perdeu sua memória e ficou preso e foi atormentado por serpentes por 4 anos.

Biah Oliveira
Enviado por Biah Oliveira em 26/02/2014
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