Rebeca- Parte 2

O atônito namorado jogou a mangueira longe e fez a única coisa que lhe ocorreu para evitar de serem devorados vivos por aquele horrendo monstro! Pegou um galão de gasolina que havia ali, encharcou a pobre Rebeca e jogou um fósforo aceso por cima... e ela, que nunca fizera mal a ninguém, nem faria, estava só descobrindo o mundo, morreu queimada viva, contorcendo-se em dores horríveis...

Dona Isabel chegou nesse momento, e vendo o que o rapaz fizera, começou a chorar e recitar uma espécie de ladainha em latim, que nada mais era que o terrível Pai- Nosso dito ao contrário. Juninho ainda riu, some daqui, velha maluca, onde se viu criar um bicho desses em casa? Matei e mataria de novo! Inconsolável, Dona Isabel juntou o que restava da pobre Rebeca enterrou os restos no jardim. Por cima, plantou uma roseira de rosas vermelhas. Durante muitos dias não saiu de casa, nem atendeu ninguém. E todos os dias recitava o Pai-Nosso ao contrário, amaldiçoando o jovem.

Não tenho medo de você bruxa do inferno, dizia Juninho de si para si, e tocou a vida normalmente. Ele e seus amigos riram muito da história. Certa noite de sábado, Juninho fora com os amigos para a balada, e lá conheceu uma mulher linda e sedutora. Ela tinha longos cabelos cor de fogo e pele muito clara, usava um vestido preto tão justo que parecia ter sido costurado em seu corpo de linhas esculturais. Ela e Juninho começaram a dançar e ela se apresentou; Rebeca.

Juninho estava de carro e logo a convidou para sairem dali. A ruiva aceitou e já no carro, começaram os beijos e amassos. Juninho estava tão excitado que quase não aguentou chegar ao motel mais próximo...

No quarto, Rebeca tirou as sandálias douradas de salto agulha e o vestido. Não usava nada por baixo e o rapaz deliciou-se com sua maravilhosa nudez. Que mulher! Tinha os quadris largos, a cintura fina, pelos pubianos vermelhos e fartos e uns seios enormes, redondos e firmes. Acima do seio esquerdo ela tinha uma pequena tatuagem, uma aranha...

Juninho tirou a roupa e se deitou de costas na cama redonda já de c amisinha, esperando que aquela deusa fosse cavalgá-lo.

- É estranho, - disse ela andando sensualmente até a cama, - que você não se lembre de mim. Já nos conhecemos...

Ele deu uma risada e a puxou para cima dele.

- Ah, fala sério! Eu nunca ia esquecer uma gata como você...

Rebeca o fitava séria.

- Você me matou...

Juninho riu ainda mais.

- Nossa, mina, você andou cheirando algum bagulho por aí... eu nunca matei ninguém!

Ela montou sobre ele e desceu o corpo, fazendo-o gemer. Então continuou:

- Você sabia que as aranhas matam seus parceiros depois do sexo? Pois é, mas você me matou primeiro, mas eu voltei... sou Rebeca, a aranha de estimação de Dona Isabel, que você queimou viva... porque você fez aquilo? Porque tamanha crueldade? Só porque eu era feia? Assim, nessa forma eu lhe agrado, não é?

Juninho, a essa altura, murchara a ereção e estava verde de pavor. Rebeca começou a passar por uma horrenda transformação! Sua alva pele se rompia, cobrindo o rapaz com um líquido nojento, viscoso, que ao secar se transformava numa teia espessa que o prendia sobre a cama... duas enormes fiandeiras vermelhas brotavam dos lábios carnudos, a pele destacou-se completamente, como uma casca, libertando as oito patas da gigantesca aranha... que envolveu rapidamente sua aterrorizada vítima em fios de seda e então cravou-lhe as presas asquerosas, para dissolver seus órgãos internos e aí então... sugá-lo tranquilamente...

FIM

NOTA:Rebeca é um nome hebraico que significa " unir com laços", o que remete a uma teia de aranha.

Maryrosetudor
Enviado por Maryrosetudor em 03/02/2014
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