Projeto V4 - A Redenção de Morrison

Uma bela mulher foge da sombra que a persegue. Por azar, penetra num beco escuro e sem saída, e vê seu algoz se aproximar com rapidez. Um homem segura uma faca, desejando o sangue de sua vítima para saciar sua sede insana. Ela grita desesperadamente por socorro, com o horror estampado na face, enxergando a morte como destino irremediável; ele, não parece temer as conseqüências de seus atos, importando apenas ceder a um instinto animalesco. A mulher implora por sua vida, oferecendo um prazer que não desejaria senão em caso extremo. O homem nega-lhe qualquer oferta, dando como resposta um extenso corte em sua face. O prazer dele é apenas o sangue e o desespero, a dor e o sofrimento de uma indefesa. Corta-lhe o pescoço, deixando o sangue manchar seu vestido. Delicia-se com a vida dela se esvaindo lentamente. O corpo gelado e violado repousa no chão frio. A chuva chega. Uma testemunha chama a polícia e o assassino é pego pouco tempo depois do crime.

Em outra parte da cidade, outro assassino cumpre pena no presídio local. Morrison, renomado cientista e mentor do “Projeto V4”, sistema criado para reabilitar assassinos em série, cumpre pena de 30 anos pelo assassinato de sua esposa. Sozinho em sua cela, faz anotações num caderno enquanto espera a primeira refeição do dia. Ele não parecia arrependido. Apenas aguardava o cumprimento de sua pena para voltar aos seus trabalhos. Levantou-se bruscamente ao perceber a chegada de um dos carcereiros, acompanhado de um conhecido investigador, chamado Kiligan. A cela se abre, e Morrison desenha uma nova expressão em seu rosto, de espanto.

- Nos encontramos de novo, não é Morrison?

- Sim, e confesso que não espero uma visita amigável... O que o traz aqui, Kiligan? – inquiriu Morrison, com seu gesto característico de alisar a barba desgrenhada.

- Hostilidade desnecessária, Morrison. Não fui eu quem o colocou atrás das grades. Tudo bem que tive uma pequena participação, mas apenas fiz o meu trabalho. Você matou sua esposa com extrema frieza. Entretanto não estou aqui para falar sobre isso. Preciso muito de sua ajuda.

- Minha ajuda? – Morrison sorriu, fechando o caderno de anotações e jogando o lápis sobre a cama – Já o ajudei demais com minha invenção. Sei que mereço pagar pelo meu crime, mas ao menos poderia me fornecer um computador para continuar com minhas pesquisas. Chega a ser humilhante usar um caderno de anotações para registrar minhas teorias. Se acha mesmo que sou útil, pense nisso.

- Morrison, sabe que não posso lhe fornecer tudo que pede. Não é minha função! A única coisa que posso fazer, isso com a ajuda da lei, é reduzir a sua pena. Mas é claro, você precisa colaborar. Apenas me escute.

- Tudo bem, já estava cansado dessa monotonia. Um pouco de emoção não faz mal a esse velho cientista – disse Morrison, virando-se para parede para contemplar seus cálculos rabiscados – Apenas lhe advirto que não sou nenhum “Hannibal Lecter”, por isso não posso traçar o perfil de seus assassinos, se for isso mesmo que procura...

- Claro que não. O que procuro está mais acessível do que você imagina. Já temos um assassino e a confissão de um crime, porém temos fortes suspeitas de que há mais vítimas, pelo menos vinte e três. Usamos seu sistema para resgatar as lembranças do assassino e descobrir onde ele escondeu os corpos, mas surpreendentemente fracassamos. É como se ele tivesse descoberto um meio de bloquear as próprias lembranças...

- Usaram hipnose para estimular a região V4 do cérebro dele? – interrompeu Morrison.

- Sim. Trouxemos especialistas de várias regiões do país; porém só conseguimos resgatar as imagens do crime que ele confessou. Os computadores registraram uma baixa taxa de impulsos nervosos... É como se ele estivesse com baixa atividade cerebral. O julgamento dele será daqui a duas semanas. Se não fizermos nada, ele poderá ser condenado por apenas um assassinato.

- E por que ele se limitou a confessar apenas esse crime? – perguntou Morrison, com a expressão curiosa.

- Temos uma testemunha que viu o momento exato em que ele deixou o local do crime. Por algum motivo ele não quis negar, e descreveu, com riqueza de detalhes, como escolheu a vítima e a matou. Na casa dele encontramos a faca, ainda suja de sangue.

- Eu sei porque não conseguiram resgatar todas as lembranças dele. O “Projeto V4” estava inacabado quando me prenderam. Nem todos os assassinos possuem a mesma estrutura cerebral. Há casos em que o V4, região onde são armazenadas as lembranças mais ocultas, é mais desenvolvido, tornando quase impossível resgatar qualquer recordação. Creio que seja esse o caso do seu assassino. Trata-se de um dissimulador nato, que escolhe exatamente o que quer mostrar. A mente dele é uma tela que exibe somente o que deseja, censurando o inoportuno. E posso dizer, com certeza, que ele não será condenado. As digitais na faca não são dele. A índole da testemunha pode ser questionada e a confissão poderá ser anulada caso ele dissimule durante o julgamento.

- Por Deus, Morrison! – exclamou Kiligan, aturdido. A faca foi encontrada no quarto dele, e ainda estava suja de sangue. Como pode afirmar que as digitais não são dele? E qual seria sua intenção ao confessar o crime para, durante o julgamento, desmentir tudo? Esse homem é um assassino, basta olhar para ele! Preciso que você arranque suas lembranças para usarmos no julgamento, só isso eu lhe peço!

- Você é o investigador aqui. Não preciso ser especialista em psiquiatria forense para determinar o perfil desse assassino. Ele sofre da mesma monotonia que me ataca nessa cela fedorenta. Precisa de emoção, e um jogo psicológico é a melhor opção no momento. Tire-me daqui, prepare uma sala com toda a aparelhagem e lhe prometo que arrancarei as lembranças ocultas do seu assassino. Prometo-lhe que terá provas suficientes para uma condenação justa!

- Era exatamente o que gostaria de ouvir. Posso conseguir a sua liberação temporária dentro de algumas horas. Leve o que achar necessário. Um carro nos esperará lá fora – disse Kiligan, com entusiasmo.

Kiligan sabia que as impressões digitais encontradas na faca não eram de Jeremy, porém precisava convencer Morrison de que tinha um suspeito com provas sólidas. Estava investigando o caso há sete anos. Recorda-se muito bem da primeira vítima, uma jovem de dezenove anos, que apesar de não ser bonita, possuía um corpo escultural. Depois da terceira vítima, uma mulher de trinta e cinco, foi possível traçar o primeiro perfil do assassino. Era um homem de quase trinta, bastante sagaz, com um QI acima de 180, e apresentava comportamento sádico, além de ser reprimido sexualmente. Um homem com tamanha inteligência seria esperto o suficiente para confundir a polícia. Geralmente os assassinos seriais assumem a autoria dos crimes, porém ocultam as provas para frustrar as investigações. Jeremy “plantou” o que seria a arma do crime, mas não contava com a astúcia de Kiligan, que mesmo diante de um trunfo para levá-lo a julgamento, preferiu averiguar as digitais. O perfil de Jeremy se encaixa perfeitamente naquele que fora traçado inicialmente, e sua confissão foi tão fria e detalhista que ficaria difícil refutá-la.

Kiligan não queria, de forma alguma, se sustentar somente na confissão e na testemunha. Jeremy destruiu muitas famílias por causa de sua obsessão doentia por sangue humano. Ele queria ter todas as provas possíveis para condená-lo à morte, se fosse preciso. Jeremy era um assassino perigoso e precisava ser mantido em completo isolamento, portanto, era mantido numa cela isolada sob constante vigilância. Kiligan perdeu muitas noites de sono investigando pistas que levassem a ele. Seu casamento desmoronou devido à dedicação exclusiva ao caso. Tentou um novo relacionamento, mas não conseguia conciliar as duas coisas. Quando precisou escolher entre o amor e o trabalho, não hesitou em escolher a segunda opção. Tornou-se um homem frio, distante e fechado a novas relações. Quando sentia necessidade, contratava uma garota de programa para saciá-lo. Kiligan imagina que se conseguisse a condenação de Jeremy, sua vida voltaria a ser como antes.

Uma sala foi preparada para Morrison, com toda a aparelhagem que ele utilizou em sua primeira experiência, há dez anos atrás. Jeremy aceitou um nova sessão, convicto de que venceria a máquina mais uma vez. Kiligan aguardava o cientista, com uma ansiedade acumulada de sete longos anos. Próximo das 19hs, Morrison chegou com seu caderno de anotações e uma pasta cheia de desenhos do córtex cerebral, acompanhados de complexos cálculos acerca da atividade elétrica do cérebro. Kiligan o cumprimentou.

- Bem na hora. Parece que nosso assassino está bem à vontade com o escaneamento. Decerto deve saber de sua habilidade para ocultar lembranças – disse ele.

- Ele venceu o meu invento na primeira vez. Acredita que pode vencer novamente. Não o culpo. Excesso de confiança também faz parte de sua natureza. O meu trabalho, esta noite, vai ser bastante meticuloso. Refiz muitos cálculos e remapiei o cérebro para mudar a posição dos eletrodos. Há um grande risco de perdê-lo por causa da elevada pressão intracraniana, entretanto, é um risco que devemos correr para obter o tão esperado êxito. Além disso, precisaremos de alguns estímulos visuais.

- Mas segundo a sua pesquisa, os estímulos visuais interferem na captação e interpretação dos impulsos nervosos...

- Tenha calma, - interrompeu Morrison – Não se esqueça de que estamos lidando com um assassino diferente, por isso precisamos usar táticas diversas para atingir o mesmo fim. Preciso que me traga fotos das vítimas para que ele as veja. A intenção é ativar outra área do cérebro responsável pela interpretação de imagens, deixando o V4 livre para ser explorado.

Kiligan trouxe dezenas de fotos do arquivo principal do caso. Morrison apagou as luzes, deixando apenas o foco auxiliar da maca aceso para ver o cérebro de Jeremy. Desta vez precisava serrar o seu crânio enquanto ainda estava acordado.

- Não gosto de fazer isso, Jeremy, portanto vou lhe dar uma última chance para dizer onde enterrou os corpos – disse Morrison, fitando Jeremy fixamente, sem esperanças de receber uma resposta positiva.

- A única mulher que matei já está enterrada em algum cemitério. Confessei o meu crime, mas cedo-me aos caprichos da polícia com o único intuito de provar a minha superioridade – respondeu Jeremy, sentindo seu crânio partir com a ação da serra cirúrgica.

- Tudo bem. Tenho uma surpresa para você esta noite, isso se não morrer antes. Seu cérebro receberá um escaneamento direto, e é provável que se você não morrer, sofrerá lesões permanentes. Se não fui muito claro, advirto-o que essa sessão nunca fora feita antes, e caso não seja um perfeito sucesso, o deixará numa cadeira de rodas.

Jeremy sorriu, como quem teme o risco, mas não quer demonstrar medo. Morrison, por sua vez, ignorou a expressão de indiferença do assassino, deixando uma torrente de lembranças lhe tirarem a atenção. Lembrou dos primeiros testes do projeto V4, quando revelou o crime cometido por Peter Gilligan. Sua invenção havia sido patenteada pelo governo americano, que passou a estipular prazos cada vez mais curtos para os testes seguintes. Com isso passava pouco tempo com sua esposa, que por sua vez começou a suspeitar de uma possível amante. Ela contratou um detetive particular para segui-lo, o que provocou-lhe grande ira. Certa noite Morrison chegou a casa extremamente estressado. Para piorar, sua esposa queria tirar satisfação sobre sua ausência freqüente. Foi a gota d’água. Morrison matou a esposa na cozinha e chamou a polícia. Um psiquiatra contratado pelo advogado de defesa sugeriu que ao invés de cumprir pena numa penitenciária federal, ele passasse por um escaneamento para recuperar as lembranças do crime e que as revisse durante dez sessões mensais dentro de um ano. O juiz do caso negou o pedido e o sentenciou a 30 anos de prisão. Durante os primeiros anos de carceragem, Morrison se arrependeu amargamente de ter cometido tal crime, não só porque amava a esposa, mas como também destruiu a sua carreira, que até então, era promissora. Com o passar do tempo, resignou-se. No intimo sabia que essa era a sua grande chance de se redimir. Se conseguisse descobrir onde Jeremy escondeu os corpos, tornar-se-ia um herói e teria sua pena reduzida. Desta forma poderia voltar aos seus trabalhos de aperfeiçoamento do “Scanner V4”.

Morrison iniciou os trabalhos. Com o cérebro exposto, Jeremy sentiu os efeitos da elevada pressão intracraniana. Foi necessário um sedativo local para reduzi-la. No monitor, as primeiras imagens eram imprecisas. Lembranças da infância se formavam a partir de borrões coloridos. Jeremy corria por um beco escuro, fugindo do que parecia ser um cão. Encostou-se no muro e percebeu que sua perna sangrava devido a uma mordida. O cão se aproximou dele e latiu diversas vezes. Ele parecia muito assustado, e sua voz entrecortada foi reproduzida no computador, de forma mecânica.

-Saia daqui, cachorro maldito! – dizia Jeremy.

Morrison mostrou a primeira foto. Era de Juliane, a segunda vítima. A foto fora tirada dois meses antes de sua morte.

- Lembra-se dela, Jeremy? Uma jovem com um futuro inteiro pela frente, que teve a vida interrompida por um monstro como você. Tente se lembrar o que fez com ela, como a matou e ocultou seu cadáver. Sabemos que ela está morta, mas precisamos dos restos mortais para finalmente lhe dar um enterro digno.

- Não a matei. Aquele cachorro maldito não deixaria. Ele viria atrás de mim com a intenção de me matar – Jeremy estava com os olhos esbugalhados, como se tivesse visto um fantasma.

- Você está misturando as lembranças. Esse cão faz parte de sua infância, e as mortes ocorreram muito depois disso. Vou lhe mostrar mais uma foto, talvez você reconheça Samantha Buller, 23 anos. Era modelo até você cruzar o caminho dela. Seus pais querem apenas que ela descanse em paz, mas para isso precisamos que nos diga onde enterrou o corpo dela.

A imagem no monitor foi alterada. Um clarão de luz revelava uma fazenda, com uma extensa plantação de milho. Uma jovem fazia poses, e o seu corpo refletia os flashes de uma câmera.

- Isso, garota! Assim está bom. Agora mais uma só para terminar – era a voz mecânica, interpretando as lembranças de Jeremy.

Ele segurou o braço de Morrison, apertando-o. Sua pressão intracraniana começou a subir, e sua atividade cerebral reduziu a níveis perigosos. No monitor, logo atrás da jovem, uma sombra de formas grotescas cruzou a visão do fotógrafo.

- Eu tinha de fazer isso, senão ele me mataria... – disse Jeremy, chorando.

Morrison viu no monitor o momento em que Jeremy largou a câmera e agarrou o pescoço de Samantha. Ela tentou machucá-lo com as unhas, mas não obteve sucesso. Fora estrangulada e sofreu várias facadas no peito. Na tela podia-se vê-lo esgueirando-se pelo milharal, carregando o corpo da jovem. Parou num ponto distante da plantação e largou o cadáver. Não se preocupou em enterrá-lo. Em seguida, não se podia ver mais nada além de listras disformes, como se as memórias tivessem se extinguido. Kiligan se pronunciou, eufórico:

- Desgraçado! Deve ter largado o corpo dela em alguma fazenda abandonada, por isso ninguém encontrou o corpo. Diga-nos onde fica essa fazenda? – inquiriu ele.

Jeremy permaneceu calado, olhando com espanto para Morrison. Estava terrivelmente amedrontado. Sua pressão arterial estava alta, aproximando-se de níveis perigosos. Morrison temia uma possível perda, mas se esforçava ao máximo para mantê-lo vivo tempo suficiente para descobrir o paradeiro dos corpos. Sabia também que se o perdesse, sua redução de pena seria negada, e Kiligan seria penalizado severamente.

- Se eu continuar com a sessão, você morrerá. Peço apenas que me diga onde estão os corpos das vitimas – insistiu Morrison.

- Por que está fazendo isso? Você é um de nós. Sua esposa foi apenas a primeira vítima, e se não tivesse sido preso, teria matado mais. Há um demônio que me persegue. Ele me contou tudo sobre você. Disse que sua invenção não funcionará para sempre e que vai encontrar uma forma de vencê-la. Esse demônio me faz ameaças constantes. Quer levar minha alma para o inferno se eu não o obedecesse.

- Não há demônio nenhum. É apenas uma justificativa para seus atos. Não sou como você. Matei minha esposa num momento de fraqueza. Se tivesse uma chance de voltar atrás, faria diferente. Se existe mesmo um demônio, quero vê-lo. Deixe suas lembranças expostas para que eu possa visualizá-lo. Só assim acreditarei em você.

Jeremy fechou os olhos, aceitando o pedido de Morrison. Na sala, as lâmpadas que estavam apagadas reacenderam misteriosamente. No monitor, uma figura enegrecida surgia, ao som de sibilos macabros. O computador reproduzia o diálogo que a mente de Jeremy revelava. Kiligan se aproximou de Morrison, já temendo o pior. Nunca tinha visto algo parecido antes. Era como se uma força sobrenatural agisse na sala. As lâmpadas passaram a piscar incessantemente.

- Não conte nada a eles. Querem te matar! Estão esperando apenas você revelar o esconderijo dos corpos – disse uma das vozes, terrivelmente rouca e distante. No monitor, a figura grotesca se revela. Era um legítimo demônio, horrendo e asqueroso.

- Você destruiu minha vida. Fez-me matar mulheres inocentes, e não recebi nada em troca, somente o peso da morte em minha consciência. Prefiro a morte a viver com esse sofrimento. Contarei a eles onde escondi os corpos, como forma de me redimir. Faça com minha alma o que quiser. Se o inferno for o meu castigo, o aceitarei com prazer.

- Não pense que o inferno é algo agradável. Sofrerá eternamente com a vingança de suas vítimas. Seu sangue será derramado num oceano fétido e o fogo queimará seu corpo infinitamente. E isso é apenas uma ínfima parte do sofrimento a que estará sujeito.

- Foda-se! – gritou Jeremy.

Em sussurros, ele revelou onde escondeu os corpos. Sua pressão arterial provocou um acidente vascular cerebral que culminou com a sua morte. No monitor a última imagem foi de um demônio enfurecido voltando para as profundezas do inferno. Morrison cumpriu sua missão, e teve sua pena reduzida. Kiligan, com a morte de Jeremy, foi afastado da função por 6 meses. Nesse tempo conheceu sua atual esposa, com quem teve dois filhos.

Morrison fez um acordo com o governo para continuar suas pesquisas. Durante o dia trabalha num laboratório montado no presídio, e à noite cumpria o resto de sua pena. Sofria constantemente com pesadelos, onde um demônio o perseguia implacavelmente. Por vezes pensava se realmente teve sua merecida redenção.

Cleiomar Queiroz
Enviado por Cleiomar Queiroz em 05/01/2014
Código do texto: T4637793
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