Sem saída - Parte V - Fazendo novas amizades

Sem saída

Parte V - Fazendo novas amizades

Eduardo e Karen escutam um barulho na casa e rapidamente se escondem por pensarem que eram zumbis invadindo, enquanto isso, Arthur e Luiza entram e logo são surpreendidos por Eduardo que estava encostado na parede segurando uma faca, Eduardo rende Arthur. Luiza vendo seu amigo em perigo fica imóvel, sem ideia de como ajudá-lo, pouco tempo depois, Renata que havia ficado na frente da casa vigiando, escuta a estranha movimentação dentro da casa e entra, e sem demora se esquiva de uma tentativa de Karen de golpeá-la com uma faca, Renata ainda desnorteada não consegue se esquivar do chute de Karen, que acerta seu abdômen e em seguida uma facada que corta seu braço, Renata imediatamente tenta acertar Karen e na segunda tentativa derruba a adversária. Enquanto isso Eduardo se esforça para manter Arthur rendido, Luiza permanece encostada na parede com medo de se envolver. Os quatro continuam a luta, e por fim conseguindo desarmar Karen, Renata a imobiliza no chão, Eduardo se distrai ao ver a companheira em perigo e isso permite que Arthur o derrube com uma rasteira e aproxime a própria mão de Eduardo contra o pescoço do mesmo. O casal residente havia perdido.

Arthur: (com raiva e ironia) vai fazer o que agora? Ahn?

Eduardo se debate na tentativa frustrada de se livrar, Luiza muito aflita, apenas observa os dois lados. Renata estava por cima de Karen, e a faca que Karen havia perdido no combate estava próxima aos pés de Luiza, que em uma tentativa de fazer algo útil, chuta o objeto para Renata, que ao recebê-lo, segura contra o pescoço de Karen.

Renata: (falando baixinho e muito ofegante) E ai? Quer conversar agora ou quer que eu corte sua garganta? Você escolhe!

Karen: (com medo, porém disfarçando uma expressão de indiferença) Eduardo??

Eduardo: (com ironia) Já era Karen! O playboy foi rápido... E ai vão matar agente ou o que?

Arthur: (irritado) Bem que eu queria, mas esse não é nosso jeito, não é Renata?

Renata permanecia segurando Karen então Arthur refaz a pergunta na tentativa de acabar com aquela situação.

Arthur: não é mesmo Renata?!

Alguns segundos se passam e Arthur que já havia soltado Eduardo, passa a temer a resposta de Renata, pois no fim das contas eles não se conheciam tão bem. Por outro lado, Renata sabia que não pretendia matar ninguém, aquilo foi apenas defesa, matar era função dos zumbis atualmente. Renata então se levanta, afastando-se bruscamente de Karen para evitar um possível golpe, Karen por sua vez, levanta devagar e tanta limpar a sujeira do chão que havia ficado em seu corpo.

Renata: (irônica) qual o problema? Nunca apanhou na vida? ahn? nunca perdeu?

Arthur: (ríspido) Já chega Renata!

Renata: (respondendo Arthur) Você não é meu pai pra me dar ordens, já disse pra não se meter!

Arthur: tem razão, não sou! Porque seu pai ta morto e não pode mais mandar em você! É por isso que você age como uma doida?

Renata: (com raiva) você não tem direito de falar do meu pai!

Arthur: é verdade, não tenho! E você também não tem direito de fazer isso, ela já estava no chão não precisava humilhar! Não é porque você é filha de militar que pode tratar os outros como se fosse lixo, essas atitudes não colam mais nesse mundo, na verdade nunca colaram, nem no outro!

Renata olha para Arthur muito surpresa

Renata: como você sabi... (interrompida)

Arthur: eu não tinha certeza, agora tenho!

Todos ficaram observando a discussão que do nada mudou o foco dos dois, Karen então interrompe a conversa.

Karen: afinal quem são vocês e por que invadiram nossa casa?

Eduardo: da nervosinha ai agente já sabe

Arthur: somos sobreviventes, assim como vocês!

Luiza que estava observando tudo vai até a janela e percebe que aquela movimentação toda atraiu vários zumbis, que ficaram amontoados na rua, sem saber exatamente de onde vinham os barulhos. Luiza então alerta sobre o perigo.

Luiza: pessoal, acho melhor conversar depois, não estamos sós! A casa ta cercada!

Todos se calam e a tensão aumenta. A casa não era muito segura e certamente não resistiria ao ataque de um bando. Luiza informa que alguns perceberam sua presença e estavam a caminho da porta e da janela, Eduardo e Renata correm para segurar a porta. A janela não era tão baixa, e dessa forma não passariam por ela, mas a porta não resistiria muito tempo e todos sabiam disso. Renata e Eduardo empurram com força a porta. Renata pede que Luiza ajude e joga a faca para Arthur, que junto com Karen procura outra saída ou algum lugar para se esconder.

Renata: não vai dar! não vai dar! e agora?!

Luiza: (entrando em pânico) não consigo! Ai meu deus! E agora? Nós vamos morrer! Nós vamos morrer!

Eduardo: (para Luiza) cala a boca garota, calma! Para de gritar que isso atrai eles! (para Arthur e Karen) eu acho que tem uma janela lá atrás! Mas ta emperrada! Tirem as coisas do caminho! Se não der pra matar todos agente foge!

Karen: ta bom, vamos!

Arthur: por onde?

Karen: aqui atrás! Vem!

Luiza: (apavorada) matar eles? Como? São muitos! Agente não tem chance nenhuma! Temos que sair!

Renata: ela tem razão! Devem ser muitos! Vão comer agente antes de entrarem todos!

Antes de Karen e Arthur chegarem a possível saída, Daniele que estava com medo de aparecer durante a briga, surge e abraça Karen enquanto Arthur continua procurando a saída.

Daniele (muito assustada) Karen, o que ta acontecendo?

Karen: Dani fica lá atrás! Por que você veio pra cá?

Daniele: tem alguma coisa lá no quarto! Eu ouvi nas paredes! Não vou ficar lá sozinha!

Karen: ta bom, fica atrás de mim, eu te protejo!

Daniele: (chorando) eu to com medo!

Karen: calma! Vai ficar tudo bem!

Renata (gritando) vai logo! Não dá pra segurar mais!

Eduardo sabendo que não resistirão por muito tempo, se preocupa com Daniele, e pede para que eles fiquem no quarto.

Eduardo: vão pro quarto! Vão! Vão! Não da pra segurar! Vai Karen leva ela!

Daniele: (chorando) não vou sem você!

A casa então é invadida, e os que estava segurando a porta se afastam e tentam se defender com o que encontram, mas não havia como lutar, o jeito era correr para o outro cômodo.

Renata: corre! Corre!

Eduardo (pega Daniele no colo e corre para o outro quarto) anda, vai rápido! Eles entraram!

Todos no outro quarto empurram a porta, os zumbis se amontoam na porta, a movimentação naquela rua atraiu todos os outros zumbis que estavam nas redondezas. Daniele fica escondida atrás de Luiza que mais uma vez estava sobrando.

Todos: empurrem! Força gente! Empurrem! Empurrem! Segura firme!

Um zumbi surge no cômodo, ele havia vindo da possível saída, que nessas circunstâncias ainda era a melhor opção.

Daniele que permanecia atrás de Luiza alerta que o zumbi estava perto, Luiza olha ao redor e vê todos em desespero empurrando a porta e percebe que precisa tomar alguma atitude, e em um momento de coragem extrema que surpreende a todos acerta o zumbi com um pedaço de pau até estourar-lhe a cabeça. Mesmo com a situação todos ficam chocados com a atitude inesperada da “mocinha indefesa” que sacode o pedaço de pau para tirar o sangue que pingava e chama os companheiros para irem embora.

Luiza: vamos! Se ele entrou, conseguimos sair!

Arthur: e se eles estiverem do outro lado?

Karen: é nossa melhor chance, vamos!

Eduardo: vão! Agente segura a porta até vocês saírem!

Arthur: anda logo! Não tem muito tempo!

Eduardo e Arthur seguram a porta até todos terem saído, logo depois Arthur sai e em seguida Eduardo pega Daniele que se recusou a ir sem ele e corre. A rua do outro lado da casa não estava cheia, muitos zumbis tinham ido na outra direção, rumo à frente da casa. Na rua todos correm apavorados sem saber para onde ir, então se reagrupam em uma esquina distante da casa.

Sinclair
Enviado por Sinclair em 11/11/2013
Código do texto: T4566418
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