Terror na vila
O zelador do cemitério arrancava os pequenos tufos de grama de um túmulo, quando pelo canto do olho percebeu alguma coisa se movimentando. Sabia que era o único vivo por ali, afinal naquela tarde não houvera nenhum enterro, e a chave do portão principal estava no seu bolso. Passou a mão pelo o rosto suado, e se virou na direção do movimento. Tudo quieto. O cansaço devia estar lhe pregando peça. Voltou a se concentrar no trabalho, mas segundos depois um vulto cobriu o sol. Os pelos da sua nuca se arrepiaram, e com um pulo ele se pôs de pé. Viu com nitidez o cadáver de uma mulher se ocultar por detrás de um jazigo. Ele sabia quem era a morta. Há uma semana á sepultara. O nome dela era Helena. Figura odiada pela cidade pela arrogância e crueldade com que tratava as pessoas. O homem sabia que a morta não escapara da sepultura atoa. Ela estava ali com um proposito macabro, e ele não ia esperar para descobrir qual. O medo o impulsionou a fugir dali. Precisava escapar e avisar a população. Foi direto á prefeitura, mas não acreditaram nele. Esteve em bares, lanchonetes, farmácias, e todos o acusaram de estar inventando histórias. Alguns o chamaram de bêbado, e o escorraçaram. Decidiu proteger a si, mas antes passaria na escola onde a filha era professora. Estavam encerrando o semestre, por isso havia uma comemoração. Uma música animada era ouvida á distancia. O zelador foi direto á filha narrando o ocorrido. Ela não duvidou nem por um momento. Sabia da integridade do pai. Assustada notificou a diretora. Essa riu debochadamente dando lhe as costas. O zelador sabia que a falecida odiava música, e seria ali o primeiro lugar aonde iria. Com determinação ele desligou o aparelho de som. Possessa de raiva, a diretora voltou a liga-lo e exigiu que tanto o pai, quanta a filha deixasse á escola. Obedientes os dois iam saindo, quando viram a tétrica figura surgir na esquina. O vestido rosa com o qual fora enterrada, estava roto e sujo de terra. Seus olhos maléficos pareciam mirar o nada, suas mãos brancas de veias azuladas, estavam cruzadas na frente do corpo. Pai e filha fecharam o portão e correram para o pátio para alertar os presentes, e tentar salvar as crianças que lanchavam naquele momento. Com o microfone nas mãos a professora começou a dar o alerta, e quando a diretora avançou em cima dela para que se calasse, um grito estridente se fez ouvir, seguido de outros terríveis. A mulher começou a rezar baixinho, abraçada á sua subordinada. A falecida entrara na escola, e já fizera vítimas. Algumas crianças tiveram o pescoço quebrado. O vigia que tentara lhe barrar a entrada jazia em um canto com o crânio arrebentado. Um garoto que ficara paralisado olhando-a foi lançado com força contra uma parede e teve morte instantânea. A figura diabólica puxou a diretora pelos cabelos, e usou sua cabeça para estraçalhar o aparelho de som que transmitia nesse momento uma música suave. O zelador puxou a filha para os fundos da escola, e fugiram por um portãozinho. Só havia um lugar onde estariam seguros agora, o cemitério. (Continua)
O zelador do cemitério arrancava os pequenos tufos de grama de um túmulo, quando pelo canto do olho percebeu alguma coisa se movimentando. Sabia que era o único vivo por ali, afinal naquela tarde não houvera nenhum enterro, e a chave do portão principal estava no seu bolso. Passou a mão pelo o rosto suado, e se virou na direção do movimento. Tudo quieto. O cansaço devia estar lhe pregando peça. Voltou a se concentrar no trabalho, mas segundos depois um vulto cobriu o sol. Os pelos da sua nuca se arrepiaram, e com um pulo ele se pôs de pé. Viu com nitidez o cadáver de uma mulher se ocultar por detrás de um jazigo. Ele sabia quem era a morta. Há uma semana á sepultara. O nome dela era Helena. Figura odiada pela cidade pela arrogância e crueldade com que tratava as pessoas. O homem sabia que a morta não escapara da sepultura atoa. Ela estava ali com um proposito macabro, e ele não ia esperar para descobrir qual. O medo o impulsionou a fugir dali. Precisava escapar e avisar a população. Foi direto á prefeitura, mas não acreditaram nele. Esteve em bares, lanchonetes, farmácias, e todos o acusaram de estar inventando histórias. Alguns o chamaram de bêbado, e o escorraçaram. Decidiu proteger a si, mas antes passaria na escola onde a filha era professora. Estavam encerrando o semestre, por isso havia uma comemoração. Uma música animada era ouvida á distancia. O zelador foi direto á filha narrando o ocorrido. Ela não duvidou nem por um momento. Sabia da integridade do pai. Assustada notificou a diretora. Essa riu debochadamente dando lhe as costas. O zelador sabia que a falecida odiava música, e seria ali o primeiro lugar aonde iria. Com determinação ele desligou o aparelho de som. Possessa de raiva, a diretora voltou a liga-lo e exigiu que tanto o pai, quanta a filha deixasse á escola. Obedientes os dois iam saindo, quando viram a tétrica figura surgir na esquina. O vestido rosa com o qual fora enterrada, estava roto e sujo de terra. Seus olhos maléficos pareciam mirar o nada, suas mãos brancas de veias azuladas, estavam cruzadas na frente do corpo. Pai e filha fecharam o portão e correram para o pátio para alertar os presentes, e tentar salvar as crianças que lanchavam naquele momento. Com o microfone nas mãos a professora começou a dar o alerta, e quando a diretora avançou em cima dela para que se calasse, um grito estridente se fez ouvir, seguido de outros terríveis. A mulher começou a rezar baixinho, abraçada á sua subordinada. A falecida entrara na escola, e já fizera vítimas. Algumas crianças tiveram o pescoço quebrado. O vigia que tentara lhe barrar a entrada jazia em um canto com o crânio arrebentado. Um garoto que ficara paralisado olhando-a foi lançado com força contra uma parede e teve morte instantânea. A figura diabólica puxou a diretora pelos cabelos, e usou sua cabeça para estraçalhar o aparelho de som que transmitia nesse momento uma música suave. O zelador puxou a filha para os fundos da escola, e fugiram por um portãozinho. Só havia um lugar onde estariam seguros agora, o cemitério. (Continua)