“O retorno de Valquíria”
Mauro é primo de Lucas, Mauro, por ser o moleque mais velho da turma, adora meter medo nos amiguinhos.
Os pais de Mauro conta que a professora Valquíria foi aterrorizada por seus pais adotivos, tanto que decidiu se matar.
Toda noite os moleques da vila juntos com Lucas, vão à casa de Mauro para subirem na casa da arvore para ouvirem as historias de terror que Mauro conta, os moleques ate urinam nas calças, Mauro é mesmo convincente em seus contos.
E desta vez, a historia é sobre Valquíria, uma ex professora que morreu queimada por seus pais, pobre moça!
“O retorno de Valquíria”
A adoção – primeira parte.
Assim começa a historia; Ribeiro e Gislene param o carro em frente à grande casa velha da Rua Magalhães.
Gislene desce primeira, ela segura a porta do carro inda entre aberta, e olha em direção a janela da casa, Gislene muita ansiosa em adotar uma criança, sente naquele momento a alegria de uma mãe que vai dar a luz a seu amado e desejado filho.
Embora, ela sabe que é uma adoção, e não vai sentir a dor do parto.
Gislene esboça um breve sorriso tímido no canto da boca e em seguida, sente a mão forte de Ribeiro em sua cintura; - vamos meu bem, vamos ver o nosso bebe, diz Ribeiro ao forçar carinhosamente a mulher para frente.
Ribeiro fecha a porta do carro e junto de sua mulher, caminha no estreito corredor que os levam à porta da frente do orfanato.
Ao adentrarem a porta da frente; a senhora Adelaide vem sorrindo recepcionar o casal ansioso.
Adelaide os conduz a sua sala para explicar as normas da casa e em seguido lhes oferecem um chá, Ribeiro agradece a gentileza, porem não toma o chá, mas Gislene aceita.
Ao tomar o chá, ela se afoga, Ribeiro se justifica para a agradável senhora Adelaide; - ela esta ansiosa, minha esposa não consegue engravidar, já realizamos diversos exames, mas nada acontece.
Por isso decidimos adotar um bebe.
Adelaide – você tem preferência pelo sexo? – não, não. Apenas queremos um bebezinho para poder-mos criar como se fosse um filho, ou filha, diz Gislene.
Após fornecer todos os esclarecimentos de praxe do orfanato, a senhora Adelaide acompanha o casal ao berçário para mostrar-lhes os bebes.
De longe, Gislene vê um bebezinho lindo de olhos azuis.
Tão branquinha, parecia-lhe um anjinho.
Daquele momento em diante, Gislene e Ribeiro apaixonaram-se pela linda menininha.
Tão linda que eles decidiram o nome dela ali mesmo, teria o nome de uma flor; Valquíria! Ao decidirem pelo nome, Gislene sentiu uma forte dor em seu útero, a dor terrível parecia estar rasgando a mulher numa sensação de dor de parto.
Tanto a senhora Adelaide, quanto Ribeiro; presenciou um sorriso no semblante da criança, como um gozo satisfatório, algo estranho, mas ignorado por Ribeiro.
O momento era de preocupação com a esposa; - Depressa, leva a tua mulher para a enfermaria, nos temos lá um medico de plantão, ele precisa cuidar dela. Diz a senhora Adelaide!
Ao ser diagnosticado, a pobre mulher estava com uma dilatação enorme, como se tivesse dado a luz a um enorme e saudável bebe.
Embora, não sangrava.
O ato de tomar a decisão de adotar a menina, algo fenomenal, impossível de acontecer em ocasiões normais, teria acontecido.
Ela teria dado a luz a um espírito, algo que estaria para sempre na família de Ribeiro e Gislene.
O doutor Adauto, um Ginecologista experiente, nunca teria presenciado algo parecido em toda sua carreira profissional.
Gislene fica internada durante todo tempo em que levou para a documentação de adoção ser elaborada e liberada.
Assim, quando tudo estava pronto, o casal foi para casa levando a pequena Valquíria.
À noite, Ribeiro foi acordado por Gislene; - acorda, acorda, o bebe acordou e eu estou com medo.
A mulher insiste amedrontada em acordar o marido que dorme um sono pesado. Com dificuldade, ele abre os olhos e vê sua mulher com o semblante de pavor, como se algo estivesse a ameaçar. – o que foi? Porque esta assustada? – vem comigo ao quarto da menina, tem alguma coisa lá conversando com ela. – o que? Indaga com pavor o marido.
O casal vai ao quarto, a menina dorme como a um anjinho no fundo do berço. Ribeiro – vê? Ela esta dormindo, você deve estar cansada querida, vamos dormir.
Ao saírem do quarto, Gislene segurando no braço do marido, faz uma breve pausa, e forçando a memória, se lembra do que viu e a assustou; a menina chamava por ela, e ao chegar ao quarto, havia vozes, vozes que tramavam a morte de Gislene e Ribeiro.
Por tal motivo, ela se desesperou, pensou estar ficando louca, ouvindo vozes, mas era real.
Agora, ela dorme e tudo esta em silencio.
Ao entrarem de volta ao quarto do casal, a cortina da janela esvoaça, Gislene vai para fechar a janela, porem, esta fechada.
Ela volta para cama, seu marido já esta dormindo, ela sente-se só e atormenta-se em pensamentos ate pegar no sono.
Os anos passam, a menina cresce, agora com sete anos de idade, no primeiro ano escolar, Valquíria tem comportamento dominante, ela é quem manda nas outras crianças, todos devem fazer o que ela quer.
Caso contrario; ela amedronta as crianças, e ate provoca acidentes.
Seu brinquedo favorito; o fogo!
Valquíria adora queimar as mãos das crianças com fogo de lamparina e velas.
Como ela ainda não tem força física para agredir, ela os domina com sua mente atormentada de espíritos, fazendo com que as crianças vão pessoalmente ferir-se.
Em casa, a menina persegue sua mãe, quando o marido se aproxima, ela se faz de vitima, há ocasiões, em que ela faz sua mãe praticar coisas desagradáveis para ver o pai agredi-la, ela tem desejo de ver sangue correr no rosto de sua mãe, ela a queima.
E quando vai ao seu pai, faz-se mostra ferida, para o ver brigar com a mulher. Noutro dia, a menina matou os animais dos visinhos, havia gatos, pássaros mortos por todo quintal, com marcas de profunda violência, principalmente queimaduras, sua maldade favorita! A maldade de Valquíria atingiu o auge do cumulo, a ponto de o seu pai adotivo, agredir a esposa e matá-la.
Gislene morre, em seguido seu corpo é incendiado misteriosamente.
Valquíria assiste a tudo com satisfação.
E ao ver o desespero de Ribeiro, pede-lhe colo e tenta ironicamente, acalentar a dor do homem.
Continua na segunda parte.
“Valquíria chega à maioridade e se torna professora.”