O Macabro Retorno Pra Casa.
Em algum lugar do norte, meados da década de XX.
Marisa bate na porta de uma velha cabana, próximo á um assombroso lago. Bate três vezes, não ouvindo passos de ninguém a caminho da porta, bate novamente. Salomão atende a porta.
Em um grito de horror e pânico, se descontrola e desmaia. Não poderia ser verdade o que vira. O corpo pálido que vira na porta estava com o pescoço dilacerado, um pouco pendido pra esquerda. Sua língua um pouco pra fora, estava completamente roxa. Seu vestido branco agora estava completamente manchado. Era de um sangue ressecado. No seu pescoço pendurava uma corda, isso uma corda. E os pés, não estavam presentes, ela flutuava parcialmente.
- Desculpe! - O espectro repulsivo disse a Salomão no abrir da porta.
Depois de algum tempo, Salomão atordoado e muito assustado, sai a procura da esposa. Pensara que estaria colhendo frutas ao redor, pois era de seu costume. E como Salomão passava meses viajando, Marisa teve que aprender de tudo um pouco. Salomão trabalhava em um grande barco.
Em uma colina próxima, lá estava Marisa. Pendurada em uma corda. Morta. Ainda se balançava de um lado ao outro, com a corda em torno de seu frágil pescoço. Tinha se suicidado. Aos prantos e com um funesto arrepio, Salomão corta a corda e retira o cadáver. Estendeu-o no chão e correu, entrou em casa. Iria pegar somente o necessário para procurar ajuda. Mas algo lhe chamou a atenção perto das lenhas, na parede do lado de fora da cabana. Um saco de estopa semi-aberto, com talvez centenas de moscas e com um leve e pútrido odor.
Ao abrir, se deparou com a mais macabra cena de sua vida. Quatro fetos em decomposição, alguns já quase secos e um lhe chamou a atenção porque estava ainda todo ensanguentado. Morrera há poucas horas atrás.
A dúvida ainda permanece no consciente de Salomão. Não tem a certeza se Marina assassinou seus filhos ou bastardos de algum forasteiro. E o ódio por Marina, ficaria eterno em sua alma.