Minha “amiga” em meu quarto – Parte II
- Linda, que barulho é esse? Disse o pai de Clarissa ao ouvir um certo ruído que lhe chamou a atenção.
- Abaixe o som da tv, pois não consigo ouvir. Respondeu Linda.
- Não! Não me peguem! Alguém me ajuda! Gritou Clarissa.
- Clarissa! Ambos disseram ao mesmo tempo. Eles correram em direção ao quarto da menina e sentiram seus corações baterem aceleradamente ao perceberem que sua única filha não estava acordando do pesadelo.
- Ela está ardendo em febre! Clarissa, minha filha, acorde! Disse Linda, já com as lágrimas escorrendo dos seus olhos.
Para piorar a situação daquele momento, Clarissa começou a ficar com falta de ar. Ela ficou tão agitada que o pai dela teve que segurá-la em seus braços por um certo tempo. Enquanto isso a mãe de Clarissa ligava para a emergência e a atendente a instruia sobre os procedimentos corretos a se fazer em uma situação como essa.
Em questão de segundos, antes mesmo de Linda seguir as instruções da atendente, Clarissa deu um pronfundo suspiro e isso fez com que os corações de seus pais quase se congelassem. Só que esse não foi o último suspiro de Clarissa, ela acordou do pesadelo e voltou ao normal. A febre tinha ido embora, porém ela estava bem suada.
- Clarissa, minha filha. Olhe para mim. Você está bem? Você estava sonhando com o quê? Disse Linda bastante preocupada com a situação de sua filha.
- Não me lembro. Estou com sede. Clarissa se levantou da cama e foi para a cozinha como se nada tivesse acontecido. Em seu trajeto ela viu um pequeno vulto, mas não se assustou.
Quando Clarissa chegou na cozinha, sua cadelinha Sissi foi correndo para pular nela, porém, a pequena cadela começou a latir e a rosnar em direção a sua dona. Ela não estava latindo para Clarissa, mas para algo ou alguém que estava próximo a sua dona.
- Sissi! Vai deitar! Esbravejou Clarissa.
A pobre cadela foi se deitar em um pano de trapo colocado ao lado do armário, mas ainda rosnava bem baixinho.
- Filha, tá tudo bem com você? Você quer dormir com a gente em nosso quarto? Disse o pai de Clarissa.
- Não, eu vou dormir em meu quarto. Não precisa se preocupar. Está está tudo bem.
Clarissa foi para seu quarto e fechou a porta.
- Quando amanhecer, leve ela a algum psicólogo. Esses pesadelos têm sido constantes, mas o de hoje foi o pior de todos. Disse o pai da menina.
Já em seu quarto, Clarissa foi se deitar e chamou Hazar para se deitar na cama dela. Hazar tinha acabado de se materializar no mundo de Clarissa. No entanto, a dona do gato não podia fazer tal coisa.
- Muito obrigado pelo que você fez por mim, Clarissa. Disse Pilar com uma falsa voz de agradecimento.
- Quem eram aquelas pessoas?
- Não se preocupe com elas. Elas não poderão te assustar mais. Deite e descance. Você precisa renovar as suas energias e fortalecer seu corpo.
Clarissa dormiu tranquilamente o restante da noite. Pilar a vigiou com contentamento porque seu plano havia dado certo. Os olhos de Hazar brilhavam feito uma fogueira e iluminava todo o quarto. Isso era reflexo da alegria de sua dona, Pilar.
Continua...