O EXÍLIO DO DIABO
As tradições religiosas de todos os povos antigos sempre afirmaram que o mundo é construído através de duas forças antagônicas. Essas forças podem ser chamadas de bem e mal, positivo e negativo, luz e sombra, masculino e feminino, sinergia e entropia, etc. A física moderna as chama de relatividade e gravidade. Uma faz o universo crescer para fora, gerando as nebulosas, as galáxias, os sistemas planetários, todas as coisas materiais; a outra o faz crescer para dentro, gerando os sistemas, os organismos, o pensamento, o espírito, etc.
Nos sistemas religiosos, essa disposição de forças virou uma metáfora bem interessante. Ela foi transformada numa briga entre Deus e o Diabo.
A tradição judaico-cristã diz que antes do ardiloso Satã travestir-se de serpente e enroscar-se na Árvore da Vida para seduzir a ingênua Eva, ele era o melhor amigo de Deus e o seu principal aliado. Divergências políticas e diferenças pessoais fizeram com que os dois brigassem. Deus, que era mais poderoso, expulsou o ex-amigo e aliado do céu, jogando-o na terra. Com ele veio uma horda de seguidores, que desde então passaram, não só a semear a discórdia entre a criação de Deus na terra, mas também a maledicência, a mentira, a cupidez, a inveja, enfim, todas as maldades possíveis e imagináveis. Por muito tempo Satã e seus seguidores fizeram esse trabalho sujo. E a se julgar pelo resultado eles foram muito eficientes no seu trabalho, pois desde que foram arrojados na terra, não houve um único ano sem que eles provocassem uma guerra em algum lugar do mundo. Foram eles que inventaram os partidos políticos, os sindicatos e a economia de mercado. E segundo alguns, também são eles que inspiram os padres, os pastores, os mulás, aiatolás, gurus de todos os tipos, e principalmente, os políticos e os advogados.
Mas Deus sempre esteve atento á essas artimanhas do seu adversário. Quando se sente incomodado Ele manda um emissário seu à terra para tentar contrabalançar a influência de Satã e seus seguidores. Entretanto, malgrado o piedoso trabalho feito por esses emissários, até agora nem Buda, nem Maomé, Jesus, Francisco de Assis, Inácio de Loiola, Gandi, Billy Graan, Madre Teresa de Calcutá ou qualquer outro desses emissários tiveram tido muito sucesso em arrancar os homens das garras dos tinhosos anjos malvados. Isso porque Satã é muito esperto e controla a mídia. Basta o emissário divino virar as costas que ele perverte as doutrinas ensinadas pelos emissários divinos, e tudo vira uma salada danada.
Isso, pelo menos, foi o que aconteceu até a década de noventa. Cansado de ver Satã enganar as pessoas Deus desenvolveu uma nova estratégia. Ao invés de ficar mandando Jesuses, Maomés, Budas e Zoroastros e outros piedosos anjos de suas hostes à terra, para tentar resgatar a humanidade das garras do diabo, Ele resolveu usar a mesma estratégia do inimigo, ou seja, a mídia. E assim conseguiu, em menos de uma década, fazer o que as religiões não conseguiram em milhares de anos. Difamou tanto o capeta, que hoje quase ninguém mais acredita nele.
Foi por isso que um astronauta, um dia, voando em órbita da terra, de repente olhou pelo visor da sua espaçonave e viu o diabo lá fora. Estava com uma cara de desconsolo, parecia um mendigo errante, magoado e desorientado. O astronauta ficou até com pena do danado. Abriu a escotilha da sua nave e perguntou-lhe o que estava fazendo ali. Com grande desconsolo, o diabo disse que fora expulso da terra pela Internet, pelos twitters, pela literatura e pela imprensa escrita e falada. Não tinha mais lugar na vida dos homens, pois eles não precisavam mais dele para espalhar a discórdia, a maledicência e a mentira. Dessa forma, ele estava indo procurar outro planeta que ainda não tinha desenvolvido esses recursos.
E atrás dele marchava toda a sua legião de danados. Parecia um verdadeiro exército de Brancaleone. Todos levavam, impressos na testa, os rótulos de suas identidades. Eram padres, pastores, mulás, aiatolás, professores, jornalistas, escritores, coachs, palestrantes, e principalmente, uma multidão de políticos.
Quando os astronautas perguntou onde estavam os advogados, que não faziam parte daquele exército de infernais despejados, o diabo respondeu: “Ah! esses? Eles entraram com tantos recursos, que Deus vai levar a eternidade toda para responder a todos.”
As tradições religiosas de todos os povos antigos sempre afirmaram que o mundo é construído através de duas forças antagônicas. Essas forças podem ser chamadas de bem e mal, positivo e negativo, luz e sombra, masculino e feminino, sinergia e entropia, etc. A física moderna as chama de relatividade e gravidade. Uma faz o universo crescer para fora, gerando as nebulosas, as galáxias, os sistemas planetários, todas as coisas materiais; a outra o faz crescer para dentro, gerando os sistemas, os organismos, o pensamento, o espírito, etc.
Nos sistemas religiosos, essa disposição de forças virou uma metáfora bem interessante. Ela foi transformada numa briga entre Deus e o Diabo.
A tradição judaico-cristã diz que antes do ardiloso Satã travestir-se de serpente e enroscar-se na Árvore da Vida para seduzir a ingênua Eva, ele era o melhor amigo de Deus e o seu principal aliado. Divergências políticas e diferenças pessoais fizeram com que os dois brigassem. Deus, que era mais poderoso, expulsou o ex-amigo e aliado do céu, jogando-o na terra. Com ele veio uma horda de seguidores, que desde então passaram, não só a semear a discórdia entre a criação de Deus na terra, mas também a maledicência, a mentira, a cupidez, a inveja, enfim, todas as maldades possíveis e imagináveis. Por muito tempo Satã e seus seguidores fizeram esse trabalho sujo. E a se julgar pelo resultado eles foram muito eficientes no seu trabalho, pois desde que foram arrojados na terra, não houve um único ano sem que eles provocassem uma guerra em algum lugar do mundo. Foram eles que inventaram os partidos políticos, os sindicatos e a economia de mercado. E segundo alguns, também são eles que inspiram os padres, os pastores, os mulás, aiatolás, gurus de todos os tipos, e principalmente, os políticos e os advogados.
Mas Deus sempre esteve atento á essas artimanhas do seu adversário. Quando se sente incomodado Ele manda um emissário seu à terra para tentar contrabalançar a influência de Satã e seus seguidores. Entretanto, malgrado o piedoso trabalho feito por esses emissários, até agora nem Buda, nem Maomé, Jesus, Francisco de Assis, Inácio de Loiola, Gandi, Billy Graan, Madre Teresa de Calcutá ou qualquer outro desses emissários tiveram tido muito sucesso em arrancar os homens das garras dos tinhosos anjos malvados. Isso porque Satã é muito esperto e controla a mídia. Basta o emissário divino virar as costas que ele perverte as doutrinas ensinadas pelos emissários divinos, e tudo vira uma salada danada.
Isso, pelo menos, foi o que aconteceu até a década de noventa. Cansado de ver Satã enganar as pessoas Deus desenvolveu uma nova estratégia. Ao invés de ficar mandando Jesuses, Maomés, Budas e Zoroastros e outros piedosos anjos de suas hostes à terra, para tentar resgatar a humanidade das garras do diabo, Ele resolveu usar a mesma estratégia do inimigo, ou seja, a mídia. E assim conseguiu, em menos de uma década, fazer o que as religiões não conseguiram em milhares de anos. Difamou tanto o capeta, que hoje quase ninguém mais acredita nele.
Foi por isso que um astronauta, um dia, voando em órbita da terra, de repente olhou pelo visor da sua espaçonave e viu o diabo lá fora. Estava com uma cara de desconsolo, parecia um mendigo errante, magoado e desorientado. O astronauta ficou até com pena do danado. Abriu a escotilha da sua nave e perguntou-lhe o que estava fazendo ali. Com grande desconsolo, o diabo disse que fora expulso da terra pela Internet, pelos twitters, pela literatura e pela imprensa escrita e falada. Não tinha mais lugar na vida dos homens, pois eles não precisavam mais dele para espalhar a discórdia, a maledicência e a mentira. Dessa forma, ele estava indo procurar outro planeta que ainda não tinha desenvolvido esses recursos.
E atrás dele marchava toda a sua legião de danados. Parecia um verdadeiro exército de Brancaleone. Todos levavam, impressos na testa, os rótulos de suas identidades. Eram padres, pastores, mulás, aiatolás, professores, jornalistas, escritores, coachs, palestrantes, e principalmente, uma multidão de políticos.
Quando os astronautas perguntou onde estavam os advogados, que não faziam parte daquele exército de infernais despejados, o diabo respondeu: “Ah! esses? Eles entraram com tantos recursos, que Deus vai levar a eternidade toda para responder a todos.”