Oabalu...
Oabalu...
Maurício foi visitar sua afilhada na casa vizinha da sua ex-namorada, ao chegar lá ele percebeu alguns vultos passando na esquina da residência, constatando que eram uma entidade negativista.
O rapaz saiu atrás daquilo que não tinha formas, quando conseguiu alcançá-lo o troço tomou uma forma de uma pessoa com a cabeça coberta com fios de palha ou algo parecido, que o encobria da cabeça aos pés, nosso amigo cercou o bicho e tentou agarrá-lo, a visagem começou a cantar uma música estranha em tom ameaçador, ele por sua vez evocou seu amigo espiritual São Lázaro e partiu para cima daquela forma humana.
Quando a entidade viu que não podia com essa empreitada, tratou de escapar em uma velocidade espantosa, o nosso amigo seguiu na mesma velocidade, passaram por diversos locais da cidade de Salvador, indo para na Pituba, logo ali na vizinhança da sede da empresa de Correios, onde moram uns parentes dele e que desde criança ele vislumbra casos sobrenaturais envolvendo seu amigo iluminado e casos espirituais.
Logo na divisa do local, havia uma cerca de arame farpado, justamente entre esses fios metálicos que Maurício conseguiu segurar o seu braço, começando uma grande disputa, o bicho rosnava de Lá, nosso herói puxava de cá, numa grande e frenética peleja, onde aquele troço começou a rosnar e cantar novamente em uma língua por ele desconhecida, foi quando nosso amigo puxou com mais força ainda... Até que a entidade de nome Oabalu... cedeu e caiu no solo, foi quando o nosso herói tentou pegar no chumaço vermelho da cabeça do dito cujo, nessa hora apareceu um anjo debaixo do coqueiro e falou suavemente, dizendo que ali é a parte mais forte do tal Oabalu... E que ele deveria pegar por debaixo, o que foi atendido prontamente.
Ao colocar a mão por debaixo, o humanóide começou a esmaecer, sendo retirado de dentro do citado bicho um monte de porcarias, umas coisas amarradas de cordão, umas gosmas escuras e fétidas e no meio daquilo tudo uma calcinha infantil com babado atrás, o que deve ser, só procurando saber...
Marcelo de Oliveira Souza