Venha! Você que é meu fã, e já leu a maioria dos meus textos publicados, ou todos eles, está convidado a visitar os mundos que existem dentro da minha cabeça, no meu pensar, mas que são reais! É por isso que você se encanta por minhas histórias e os lugares, porque eles todos existem, eles são matérias, são paupáveis, ocupam lugar no espaço. Todos os textos têm senhas, têm chaves e mapas, conforme instruí numa criação recente. Alguns de seus colegas conseguiram ir até à caverna da tarântula e ninguém se arrependeu, todos voltaram, ninguém se arriscou a ficar lá e defender o animal da extinção, mas retornaram com mais uma bagagem cultural. Atenção, muita atenção! Desta vez, você não deverá mais voltar para este mundo, após embarcar na viagem. Salvo em casos de extrema urgência. Sinto muito, você terá que abandonar o seu corpo, não propriamente abandoná-lo, seu corpo será congelado e só a sua mente poderá entrar na minha mente. A partir deste momento, você estará apto a conhecer as cidades, os planetas, o invisível em seu plano. A partir de então, poderá virar um personagem meu, quem sabe um protagonista? E só conseguirá manifestar-se através dele, se eu achar conveniente. Para isso terá que agir conforme minhas ordens. Estou tendo a mais pura transparência e franqueza, ao revelar os propósitos e as regras, os prós e os contras. Para que ninguém se revolte e se rebele. As condições são exacerbadamente adversas, são duras. Portanto, não tente embarcar se não estiver psicologicamente preparado. Um colega seu se encantou com a ideia e se prestou ao papel. Chegando, não quis reconhecer um eu que estava sendo criado para ele e se revoltou. Não conseguiu desvencilhar-se do próprio ego, fez fofoca, intriga, afirmando que os mundos eram cenários, eram cromaquis, realidade virtual, holografia, ilusionismo, que o drogavam, enfim, um escarcéu tão grande, que acabou sendo expulso do meu paraíso que com a mais bela das intenções, quero dividir com vocês. Eu poderia tê-lo matado, mas o devolvi para o corpo congelado, sem lembrança de onde esteve, e com uma maldição: carregando muito do personagem, um ser fadado ao fracasso. Se me acho mais do que os outros? Não! Sou apenas o protagonista de mim mesmo. Lembre-se: todos nós somos apenas criações da verdadeira criação!
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LYGIA VICTORIA
Enviado por LYGIA VICTORIA em 25/07/2013
Reeditado em 27/02/2015
Código do texto: T4403823
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