A mulher fez duas descobertas enquanto olhava o filho pela fresta da janela. A primeira é que ele não estava engordando como pensara a princípio. Estava era bastante inchado. A segunda era que ele comera toda a carne do médico. O garoto passava quase todo o tempo agachado debaixo da árvore olhando para a casa. Como se estivesse tocaiando os pais. Seus olhos fixos, e a boca salivando combinando com as vestes esfarrapadas. De vez em quando ele soltava um urro gutural, que gelava o sangue do casal. Por duas vezes ele batera na porta. A mãe começara a retirar a tranca, mas o pai a impediu. Aquela criatura lá fora, não era o filho deles. Ele falou emocionado. O casal estava exausto. Há três dias não dormiam. Ligaram para a policia pedindo ajuda, mas os policiais não acreditaram neles. Acharam que se tratava de trote. Desesperados ligaram para os vizinhos mais próximos. O telefone chamou durante bastante tempo, e quando eles iam deligar. O som de uma respiração pesada se fez ouvir do outro lado da linha. Sem pensar o homem relatou o que estava acontecendo e implorou por socorro. Ninguém respondeu, mas a ligação foi cortada. Horas mais tarde, o casal escutou passos se aproximando. Esperançosos eles correram para a janela. Uma cena grotesca se desenrolou diante deles. O casal vizinho para quem ligaram mais cedo estava parado ao lado do filho encarando a casa. Estavam também inchados, e totalmente nus. O cheiro de carne putrefata exalando dos seus corpos. O casal descobriu que estavam cercados. Aquelas coisas lá fora estavam ali para devorá-los. Apavorado o homem decidiu ligar novamente para a polícia. Com os olhos rasos d’água ele informou a esposa. O telefone estava mudo. A fiação tinha sido cortada. ( Zeni minha amiga, desculpe estar escrevendo e postando por partes. Vou tentar fazer valer a pena,rsrs.)