ESTÓRIAS DE UMA BRUXA BRASILEIRA - PARTE 26!!!!!
AOS SONS DOS TAMBORES HAITIANOS.......
PÂNTANO DE LOUISIANNA....MEIA-NOITE DE LUA CHEIA!
Èvora e Mimico acabaram de chegar à cabana de Madame Bufenga, levaram alguns dias de viagem entre uns roubos e uns assassinatos para escapar da polícia, elas chegaram em paz. O covil da bruxa haitiana ficava bem no centro do pântano cercado de crocodilos e areia-movediça e é claro que Évora já acostumada a viver em lugares inóspitos, trafegou sem problemas entre as feras pantaneiras e as armadilhas da natureza. Mimico que à acompanhava de perto e obedecia todas as ordens da cigana infernal, pois a bruxa era sua guia neste inferno escuro de odor desagradavel e perigos intensos. Ao gritar em latim a senha "VERITAS EST", Èvora recebeu a permissão para adentrar a densa mata onde se escondia a preta-velha. Ao chegarem no covil, a preta-velha abraçou Èvora e foi logo dizendo:
- Vosmêce vei qui me visitar! Sei de tudo minha fia e sei que vosmêce qué mata a bruxa russa e ieu sei qui num é fácil não mata aquela desinfeliz.
- Por favor Madame Bufenga, eu vim aqui para saber o ponto fraco de Pyelka e sei que a senhora é mestre em bruxaria, pois foi a senhora que me ensinou tudo de vodoo e de hudu que eu sei.
- Poi é minha fia! Madame Bufenga sabe de cousas do outo mundo.......... Ieu inté troquei de corpo umas vez, ieu já fui lora e fui morena y agora sou negra....Tô cunsada mia fia, tô véia e Madame Bufenga sabe que Bafomé tem outro inferno e qui se chama Alikante e que 100.000 almas já foram roubadas do cramunhão e ele tá furioso com o deus-bode. Ele jurou vingança minha fia e num sei não, mas sei qui a guerra vai se das boa hehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehe!!!!!!!!!!
- Então minha velha, me fale como destruir Pyelka!
- Se aprochegue mas mia fia! Ieu tô cum fio, vá me fazê um chá de ervas daninhas pra mode ieu mi alembra dos ponto fraco da bruxa russa. Já faz 150 anos que ieu tô murando aqui ehehehehehehehehehe y sei de muita coisa desse mundão........
- Quantos anos a senhora tem dona Bufenga?
- Ieu acho que neste corpo uns 300,má num total, ieu vi os imigrante chegá no sul de nossas terra e vi sordado mata indio y escravizá negô e vi muita cousa ruim mia fia que inté dio duvida. Cê credita in mim num é?
- É claro minha velha. - disse Mimico beijando a mão da preta-velha.
Depois de uma meia-hora, Èvora voltou com um chá de erva-danimhas e a pobre velha dormia balançando a boca desdentada numa velha cadeira de balanço parecendo tão indefesa que até Mimico quis rir da situação e então a cigana dos infernos advertiu a menina oriental: - Mais respeito com Madame Bufenga Mimico, ela tudo ouve e se cismar com você, te esmaga num segundo. Ela já matou mais de 5000 mil pessoas ao longa da história entre presidentes, reis e até um papa na pratica do vodoo haitiano e por isso tu deves teme-la com toda razão, entendeu minha japinha ingênua?
- Sim meu amor, mas eu não estava desrespeitando a bruxa e .....
- Ieu tô uvindo tudim! E li sua mente e seu coração e sei que tu é boa-menina e num se preocupe, num vô fazê malr ninhum a vosmecê!
- Muito obrigado minha mestra, tome seu chazinho e agora me diga, com posso matar a maldita Pyelka?
- Ora é muito simples, ocê tem que dá a ela um porco de ..............
Na hora em que iria dizer a formula para matar Pyelka, uma grande lança negra em forma de tridente e forjada em ferro benzido trepassou o coração da velha bruxa que nem teve tempo de dizer mais nada, seus olhos e sua boca permanecerão aberto como se sua alma fosse dizer algo e então uma voz demôniaca ressoou no antro imundo: - Pensas que iria saber assim tão fácil Évora? Sua puta maldita, sigo todos seus passos e sei de todos seus planos e vou te matar.
- Quêm és tu?
- Me chamo legião e tenho muitos nomes e um mestre poderoso.
- Pergunto de novo, quêm és tu demônio?
- Sou a verdade que te destruíra e agora sem mais delongas me apresento! Meu nome foi AZARATOTH o rei dos infernos e vim a mando de Lúcifer calar a velhota que a esta hora esta presa num jaula infernal e vim tambêm te destruir sua bruxinha insignificante.
- Duvido muito que tu tenhas condição de me destruir!
- Ora que blasfêmia! Quêm tu pensas que é? Sua vadia concubina de Bafomé aquele demônio idiota que nem Lúcifer suportou e que.....
- Quêm é idiota seu demôniozinho de encruzilhada?
- Ba..Ba...Bafomé?
- Sim em sangue e pus, vim te mandar de volta seu idiota prepotente.
- Pois tente maldito.
Então os dois demônios se engalfinharam num luta sombria e no ápice do horror tomaram suas formas reais que de tão horrendas fica difícil descrever em palavras tamanha horripilância na aparência desta duas bestas que se debatiam e sacodiam seus cascos no chão. Num dado momento Bafomé disse em latim "infernum pecatorium" e Azaratoth tremeu de dor e então o deus-bode disse: - Te mandarei a Alikante e eu mesmo em pessoa vou cuidar de teus sortilégios.
Bafomé ergueu a pata e num idioma desconhecido conseguiu desitegrar o infeliz demônio que a esta hora estava sendo torturado em Alikante. Bafomé se virou para as meninas que estavam tremendo de medo ante sua insignificância nesta batalha e disse em tom firme:
- Sei que Castiel salvou vocês e sei que algo vai acontecer e que vocês suas vadias devem matar Pyelka e me trazer a menina Sthephânia imediatamente.
- Mas era por isso que estávamos por aqui, para saber o ponto fraco de Pyelka quando apareceu este demônio maldito e matou nossa preta-velha.
- Sim eu sei! Tambêm não sei qual é o ponto fraco daquela maldita, mas sei que ela é muito poderosa e nem eu consegui destruí-la e por isso ordeno que vocês ajam com pressa e destruam aquela infeliz.
- Mas onde podemos encontrar outra pessoa que conheça os pontos fracos de Pyelka?
- Existe no Tibet, um velho monge que um dia enfrentou Pyelka numa espécie de jogo macabro e quase a venceu, dizem que ele sabe de segredos escondidos das magias orientais, pois antes de ser monge, ele era um respeitado bruxo oriental e penso que vocês duas devem ir até ele e lhe implorar respostas.
- Como queira mestre! - disse Èvora abraçando Mimico e se preparando para o tele-transporte que o demônio as levaria para o teto do mundo. (cont)