Toca para o inferno

Lídia foi ensinada a ser mulher, mãe e esposa fiel, a mãe matou qualquer sinal de rebeldia que pudesse existir na filha. Com país rígidos Lídia se tornou uma moça tímida e recatada.

Aos deseseis conheceu Afonso que tinha trinta, os país o aprovaram e um mês depois se casaram. Passiva Lídia começou a viver um inferno, o marido antes calmo se transformou num mostrou frio e cruel.

As surras eram diárias, Lídia contou a mãe que pediu a filha para manter o casamento. Dez anos foram o tempo de humilhações, tapas, e bebedeiras do infame esposo.

Lídia perdeu três filhos ainda na barriga após mais outra agressão. Um dia chegou da feira e viu o carro da mãe em frente da casa, correndo foi em direção da sala. O que viu a paralisou de medo e nojo. A mãe tão austera estava embaixo de seu marido, estavão transando. Muda sem um ruído Lídia ouviu através da janela seu marido beijar a sogra após o sexo.

-Sogrinha aquela sonsa da Lídia nunca me satisfaz como você.

A sogra riu descaradamente:

- A idiota casou com você, por ordem minha... A idiota nem percebeu que você era meu amante. Nunca suportei aquela sem sal da minha filha.

Naquele momento contaminada pelo ódio Lídia pegou a faca na cozinha e desferiu uma facada no marido. Ao vê-lo estribuchar cortou a garganta da mãe.

Depois de esquartejado os corpos, Lídia os enterrou no quintal. Nos olhos antes amorosos via-se um brilho de ódio.

Lídia pegou a garrafa de vodka do marido e saio da casa. Na esquina tomou um táxi.

-E aí madame vamos para o onde?- o simpático motorista indagou.

Friamente Lídia bebericou a vodka e retrucou:

- Toca para o inferno.

Alesandra Cristina
Enviado por Alesandra Cristina em 06/05/2013
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