O ENCOSTO

O Carlos era um sujeito normal com uma vida pacata, todos os dias saía da sua casa e ia ao shoping São gonçalo onde trabalhava em um fast-food.

Todo dia ele seguia a mesma rotina:

Acordava colocava o pó de café no coador e enquanto a agua esquentava na chaleira,escovava os dentes.

Enquanto a chaleira assoviava avisando que era hora de passar o café,ele pensava:

_Droga de vida,todo dia e a mesma coisa eu me levanto tomo café saio para trabalhar aturo aqueles clientes chatos ,suporto aquele gerente engomadinho e metido a besta que não consegue nem fazer uma contagem de loja...

Dlim-dom a campainha do portão tocou fazendo o carlos interromper seus pensamento!

Dlim dom tocou de novo!

_Já vou apressadinho!Falou o carlos já sem paciência.

E lá foi o nosso ranzinza e mal humorado amigo atender o portão.

E ao chegar foi logo perguntando com o seu humor característico:

_Quem me incomoda?

Mas do outro lado portão não havia resposta.

Mas do quê irritado, o carlos revolveu abrir o portão e ver quem o incomodava aquela hora da manha.

Ao abrir o portão qual não foi a sua surpresa em ver que não havia ninquém lá.

_Droga, estes muleques malditos não tem nada para fazer em casa e por isso ficam na rua procurando um jeito de atentar os outro.

_No meu tempo era diferente,as crianças tinham respeito pelos mais velhos! Falou

Apesar do seu comportamento ranzinza e amargurado dar a impressão dele ser um senhor de quase cinquenta anos não passava dos vintes poucos anos.

Na realidade o carlos era um chato de calocha,uma pessoa amargurada, pela vida que um dia lhe maltratou .

Um ser que por causa do seu mal humor conseguiu afastar quase todos da sua vida.A unica pessoa que ainda o aturava era seu benevolente tio que morava com ele,que apesar de ser uma pessoa muito boa quase nunca estava em casa pois trabalhava como motoboy e como todos os profissionais dessa área ele tinha dois empregos.

E com seu mal humor todo ele voltou para dentro de casa e pôs a tomar o seu café que já esfriava em um bulê que estava sobre a mesa da cozinha.

De novo sua campainha tocou.

Como ele estava mais irritado que o normal revolveu não atender,e foi trocar a roupa para ir trabalhar.

O relogio que fica encima do criado ao lado da sua cama ja marcava 8:00 da manha.

Quando o carlos olhou para o seu relogio tomou um susto!

_Caramba vou me atrasar outra vez,o idiota,incompetente e analfabeto daquela besta que se diz meu gerente vai me matar se isso acontecer!Esbravejou o Carlos.

Nesse momento alguém bateu a porta de seu quarto!

TOC,TOC,TOC.

O carlos simplesmente ignorou !

TOC,TOC,TOC,TOC

Como a batida se tornava mais insistente ele revolveu atender.

_O que você quer?-falou o carlos ainda ajeitando um minusculo boné em sua enorme cabeça.

_ Carlos eu preciso muito que me ouça,que seja pelo menos por cinco minutos!_Falou o seu tio que acabará de acordar.

_ Tá ,mais não tenho muito tempo,por isso seja breve!falou já muito irritado.

_Cara você precisa mudar esse seu jeito de ser!

_Porque o senhor está dizendo isso?

_É que essa noite tive um sonho com você e ví um...

Ele nem deixou seu tio terminar e já foi dizendo:

_Lá vem você falando asneira,já vai vir com essa estoria besta que tem um espirito obessessor me persseguindo!

_Mas e serio eu vi no meu sonho,ele tava te obsidiando!

_Para de dizer besteira.E outra coisa eu tenho que pegar no serviço as 9:30 por isso adeus.!disse isto batendo a porta do quarto atrás de si e partindo para a rua.

Enquanto ele virava-se para ir embora trabalhar,seu tio pode observar por uns segundos uma figura negra que parecia estar falando algo no ouvido de seu amado sobrinho,antes que eles desaparecessem atravessando o portão e indo direto para a rua!

Seu tio prevendo que aquele espirito maligno queria de alguma forma prejudicar seu amado sobrinho,resolveu orar pedindo a DEUs que afastasse aquele espirito de suas vidas!

_SENHOR DEUS PROTEJA MEU SOBRINHO E DÊ ESCLARECIMENTO AQUELE IRMÃOZINHO INFELIZ QUE ESTÁ INTERFERINDO E MANIPULANDO A VIDA DO CARLOS.

Orou aos berros para ver se DEUS o ouvia!

Em um ponto de onibus que havia proximo de sua casa,o Carlos esperava o coletivo para ir para o trabalho.

Enquanto o encosto em seu ouvido sussurrava,o Carlos mais irritado ficava.A demora do onibus o irritava as pessoas no ponto também.

Um rapaz em especial o irritava mais que tudo.

Não que o mesmo tive feito algo para despertar a ira do carlos.

O que ninquém ali podia saber e que quem estava instigando essa ira toda era o infeliz irmão desencarnado que acompanhava o carlos esperando o momento certo para concretizar a sua vingança.

Esperando para concretizar a vingança contra o homem que a seculos atrás ceifou a sua vida .

É caro leitor em uma uma vida passada hoje esse que se chama carlos era conhecido como Rubens.

E tinha um grande amigo chamado luiz .

Por cobiça e ganancia o luiz foi covardemente assassinado pelo seu grande amigo.

E hoje era o grande dia!

Era o dia da vingança,apôs anos esperando uma brecha para poder levar o carlos para o acerto de contas.

O encosto começou balbuciar palavras no ouvido do carlos.

_Ai tá vendo aquele trouxa ali?

_Ele ta zombando da sua cara,vai lá e dá uma surra nele!

E asssim o carlos fez,foi até o rapaz magrelo e sem dá uma palavra deu um soco na cara dele!

Sem saber porque havia sido agredido,o rapaz que era um traficante local,não pensou duas vezes:

Sacou o seu trinta e oito e deu cinco tiros no carlos.

Enquanto isso dentro de casa, seu tio que a pouco acabara de orar por carlos,ouviu uns tiros e correu até o portão para ver o que tinha ocorrido.

Ao chegar-lá viu,um tumulto no ponto de onibus,varias pessoas reunida envolta de algo.

E foi logo abrindo caminho entre as pessoas adivinhando o que tinha ocorrido.

Mas ao ver o corpo do seu sobrinho sem vida no chão ele não resistiu e acabou desmaiando,mas não antes de ver o encosto sorrindo ao lado de Carlos.

E todos que lá estavam tiveram a nitida impressão de ouvir uma voz que dizia:

_AGORA QUE A JUSTIÇA FOI FEITA EU JÁ POSSO DESCANÇAR EM PAZ!!!!!!!!

Antonio C B Filho
Enviado por Antonio C B Filho em 05/05/2013
Reeditado em 05/05/2013
Código do texto: T4275066
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