O DIA DOS MORTOS - Prólogo
Eu sou um dos sobreviventes, e deixo aqui um relato sobre os acontecimentos que ocorreram no estágio inicial da epidemia.
O que achávamos que seria só uma fase, já se estende por meses, o pânico tomou conta do mundo todo, a tão esperada cura não foi anunciada, a cada dia mais incidentes aconteciam e cada vez mais pessoas eram contaminadas.
Com o passar do tempo as comunicações pararam de transmitir, a população começou a se desesperar ainda mais, eu vi desde indivíduos se suicidando, até tirando a vida de outros sem motivo algum.
O caos tomou conta de tudo, as ruas foram tomadas pelos mortos, as casas e lojas foram saqueadas, principalmente as que continham alimentos, barulhos de tiros e gritos de horrores agora fazem parte desse cenário aterrorizante, as noites se tornaram obscuras e amedrontadoras sem a iluminação que havia em toda parte, em nossas mentes em relação ao nosso destino habitavam os piores pensamentos.
O cheiro de carne podre permeia o ar por toda parte, pessoas mortas vagam pelas ruas das cidades como se estivessem em uma procissão macabra, os mortos não mais repousam em seus túmulos, agora caminham errantes pela Terra a procura de alimento para saciar o que eu descreveria como um festim bizarro de carne humana.
O que me faz duvidar da existência de Deus, e se ele realmente existir aonde se encontraria neste momento? Já que há muito tempo a única sensação existente na terra é a angustia e o terror avassalador que permanecem em nossas mentes.
Com o cenário apocalíptico muito em breve a vida humana na Terra irá chegar ao fim ou pelo menos bem próximo disso.
Continua...