O PODER DO DEMÓNIO

No templo sagrado da cidade santa escondia-se o livro "O Poder do Demónio", que era procurado pelos mais diversos fanáticos e admiradores do demónio. Houve um dia que arderam nove exemplares desse livro, restando apenas um que se encontrava guardado no templo sagrado. Circulavam rumores de que quem encontra-se esse livro e o lesse descobria a fórmula mágica para adquirir o poder do demónio e dominar o mundo a seu belo prazer.

Esse livro encontrava-se sobre a responsabilidade de António que o guardava como se fosse a sua própria vida. Mais tarde António recebeu uma proposta de um fanático do demónio chamado André. Ele ofereceu-lhe uma grande quantia em dinheiro em troca do livro, mas António disse-lhe que não vendia o livro por dinheiro algum. André não gostou da recusa dele em vender o livro e contratou dois homens com o intuito de o assustar e obrigar a vender o livro.

António ao chegar a casa observa um homem à espera dele, e interpela-o, dizendo:

- Boa tarde senhor senhor em que posso ser útil?

O homem responde-lhe:

- Sei que você sabe onde se encontra o livro " O Poder do Demónio", leve-me até ele!

António responde-lhe:

- Não sei do que o senhor está a falar, eu não sei nada sobre esse livro!

O homem em tom de agressividade responde-lhe:

- Diga-me onde está o livro, eu pago-lhe o que quiser.

António responde-lhe:

- Desculpe senhor mas eu não sei do que está a falar, com licença boa tarde.

O homem ficou furioso e foi-se embora, enquanto que António entra dentro de sua casa, senta-se e começa a pensar que estava a ficar perigosa a situação. Passado um bocado António ouve baterem à porta, e foi abri-la. Quando abre a porta é surpreendido por dois homens que o amarram. Um dos homens pergunta-lhe:

- Onde está o livro? Diz-me onde está o livro senão mato-te!

António responde-lhe:

- Não sei de livro nenhum, não digo onde ele está!

Um dos homens começa a torturar António puxando-lhe o cabelo, e com a ponta de um cigarro queima-lhe os braços, pernas, peito, tudo isto para obrigá-lo a dizer onde estava o livro. António gritava por socorro e gemia de dores horríveis, enquanto um dos homens dizia-lhe:

- Diz-me onde está o raio do livro senão corto-te o pescoço com esta faca!

António apavorado, finalmente diz-lhe:

- O livro encontra-se na sacristia do templo sagrado.

De seguida os dois homens penduram António por uma corda, arrancam-lhe os olhos e o matam brutalmente à facada. Posto isto os eles dirigem-se ao templo sagrado em busca do livro para o entregar a André. Ao chegarem no templo sagrado, arrombam a porta de trás e procuram o livro dentro da sacristia. De tanto procurarem acabam por encontrá-lo.

Seguem até à casa de André e lhe entregam o livro, recebem compensação em dinheiro e depois vão-se embora. André estava radiante dizendo:

- Finalmente vou conhecer o poder do demónio, e reinar sobre esta terra!

André começa a ler o livro e descobre o poder do demónio, segundo o que dizia o mesmo. Ele invoca o demónio dizendo:

- Mestre demónio, sou teu servo, entrego-te minha alma! Concede-me o teu poder segundo tuas palavras.

André já entregue ao demónio completava-se com o que dizia o livro. Ele diz:

- Agora vou espetar uma faca no meu corpo e não vou sentir nada!

André espeta a faca no corpo e nada sente, parecia ter ficado invencível, dizendo:

- Sou indestrutível nem o fogo me queima!

André pega num garrafão de gasolina e deita-a sobre seu corpo, chegando-lhe fogo. Ele começa a gritar:

- Vou dominar o mundo! Não sinto nada, sou imortal!

Passado uns instantes, André começa a pedir socorro dizendo:

- Mas que é isto, estou ardendo, socorro! Ajudem-me.

André cai para o chão e morre queimado pelas chamas. Mais tarde a polícia chega a casa dele e vê o seu corpo carbonizado. Um dos policias repara no livro, começa a lê-lo e descobre que o livro tinha o poder do demónio, em que levava à morte de quem praticasse as suas teses escritas. O demónio tinha escrito nesse livro a forma como encontrar o caminho para obter o poder dele, porém as suas palavras escritas conduziam quem o lesse e quem praticasse suas teses à sua própria destruição.

ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 06/04/2013
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