Contos Amaldiçoados II
Contos Amaldiçoados
II
Yuri
Demônio?
_Mestre me diga, por que meus passos são tão errados?! Por que por onde passo só causo destruição?!!? Me diga mestre,por favor!
Disse eu em desespero.
_Não são seus passos que estão errados, mas sim seu caminho.
Disse ele calmamente.
_Mas então como mudo meu caminho mestre?!?!
_A vida é feita por caminhos e só saber como escolher um.
_Mas como faço para escolher?!
O Jovem bate com o punho no chão enquanto chora, um homem enfrente a ele levanta e vai para a sua frente lhe estendendo a mão e dizendo:
_O seu caminho é você quem faz, fatalidades acontecem e não há como evitar isso, pois sempre haverá o dia em que tudo se finda.
(...)
Um homem abre os olhos e acorda do mar de lembranças, suspira e lambe a amarga lagrima que lhe escorre o rosto, respira profundamente e olha para o que está ao seu lado, que está a arrumar seus longos cabelos loiros, e suspira um ar penoso diante o joevem homem que contava seu desgraçar.
_ Mas sabe meu bom homem, estas lastimas me doeram muito, escolher meu próprio caminho, como eu jovem ainda, mais do que hoje sou poderia entender, sai de lá, abandonei meu mestre e quase todos seus ensinamentos, passei a viver nas ruas diante a fome, com poucos conhecimentos que tivera eu me manti, mas perdi-me das virtudes rápido, logo estava eu a roubar. Nisso decidi roubar uma cutelaria, entrei-me pela janela, quebrada delicadamente com os dedos ageis, entrei-me e lá vi várias espadas e adagas, peguei uma, mui doirada, como a que meu mestre tinha, porém de longe vi um vulto, entrei-me e vi um semblante familiar, de ar sombrio, mas expressão dracônica, prendeu-me junto ao pescoço, o medo de morrer me fez reagir, tirei a espada e ataquei, a criatura pegou na lamina e a tirou, ouvi um sussuro, tentei entender, mas as palavras a minha mente não vinham, me escorreguei como um rato e acertei o homem com a laminha no peito, deixando o sangue escorrer sobre o corpo que banhava e caía lentamente, inundando o chão aos poucos, ri, como se um demônio me possuisse em ver a morte,
logo olhei para o defundo bem na face e vi de perto, Por Satanás, por Buda, ou por quaisquer outra bunda divina que há de existir! Era meu mestre! Eu havia o matado! e ele não conseguira me responder porquê meus passos haveram de ser malditos, eu corri, senti uma sombra ao meu lado, fria envolvente, todos ao meu redor pareciam demônios! Deus! como todos os outros que eu havera matado! Por Annie! Como eu havera a maltratado! Como se ela fosse um demônio que ria de escárnio de minhas fraquesas, como eu havera feito com os outros!! Por Deus!!
_ Pare! Grita o homem loiro, sacudindo o jovem.
_Entenda garoto! pare com isto antes que endoide meu bom!
O jovem sente uma forte dor de cabeça e um enjoô muito forte, passa a mao nos curtos cabelos negros erespira fortemente olhando o homem, mas estava diferente, tudo estava avermelhado em sua volta, e os olhos cinzas agora estavam negros como pérolas manchadas de petróleo, o homem parecia falar algo, mas só se ouvia gunhidos e chiados, encostou-o no ombro e ele pegou-lhe na mão, apertando, como se quebrasse empurrou-o e deu-lhe um soco na face, o homem revidou o soco e o jovem apertou-lhe a garganta, enfiando as unhas finas como garras e arrastando sobre a mesa o crânio que estava a se amassar, misturando o vermelho do vinho quente, com o vermelho do sangue, logo o loiro faleceu, o jovem sentiu-se tonto, deitou-se sobre o vinho derramado e desacordou-se rapidamente, levantando em susto sem etender, apenas sabendo que ele o havera feito, olhou ao redor, todos bebiam como se nada tivesse acotnecido, ele corre, para longe, foje, sujo a sangue,vinho e pranto, perdendo-se no breu da tardia noite.
(Rafaela Duccini - 16/3/2007)