A FAZENDA DO ARREPIO IV - PARTE FINAL

Corri entre as tumbas no jardim, ao deparar com fotos familiares parei e olhei uma por uma, vi a foto dos meus pais, a minha namorada e a do meu cunhado, e quase cai para traz ao ver minha foto, me arrepiei todo e tentei acordar, mas não consegui, pois eu já estava acordado. Desesperado corri mais uma vez entre as tumbas, retornando ao meu quarto.

Estava enlouquecendo, o que estava acontecendo? Eu queria minha família de volta. E aquelas pessoas que estavam morando em minha casa? Eu queria respostas e não encontrava. Subi ao quarto de meus pais e para surpresa encontrei minha mãe, em busca de respostas perguntei:

- Mãe o que houve conosco? Por que aquelas tumbas lá no jardim? O que está acontecendo?

- Filho eu sabia que um dia teríamos esta conversa, estava protelando, pois é um caso muito triste que eu queria esquecer.

- Então você sabe o que houve.

- Sim querido, antes de mais nada quero pedir-lhe que tu perdoes o teu pai, ele estava surtando, acompanhei o a um psiquiatra, que quis interná-lo, eu não conseguiria ver seu pai longe da família, por isso me recusei a interná-lo. Certa noite estando todos a mesa de jantar seu pai entrou na sala com um machado na mão, me assustei e tentei conversar com ele, para que me desse o machado, mas ele se irritou e atacou a todos nós depois se matou. Sua namorada e seu cunhado estando aqui conosco naquele dia, também foram atingidos. O seu pai não sabia o que fazia.

- Filho não fique triste, veja continuamos vivendo, e hoje seu pai não sofre mais da loucura, ele ficou completamente curado. É bom viver nesta dimensão, veja seu pai está totalmente curado, não sentimos mais dor e nossa família está junta para sempre. Somos felizes neste mundo.

Enquanto eu ouvia minha mãe em lagrimas me relatar o feito do meu pai, de repente aquela família passou pela porta da sala, carregando malas, enquanto nossa família olhava pela janela, eles entrarem no carro e rapidamente se afastarem dali.

Depois daquele dia nunca mais vimos aquela família em nossa casa.

Rivanda De Siqueira
Enviado por Rivanda De Siqueira em 23/03/2013
Reeditado em 03/04/2013
Código do texto: T4203960
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