O Pacto de Tamily
Tamily era sonhadora. Imaginava-se num conto de fadas, a sua verdade contrastava com sua realidade. Parecia viver em dois mundos um tão distante do outro. Ela morava com a avó, embaixo da sua janela de seu quarto, havia um jardim onde as flores coloriam seus dias e perfumavam suas noites. O tempo foi passando e Tamily foi crescendo, quanto mais ela crescia mais ela sonhava.
Por tantas vezes sua avó lhe orientava para deixar de lado seus devaneios. Contudo ela não deixava, queria mesmo sonhar! Ter a liberdade de ser o que queria já moça conheceu Bill, rapaz belo de olhar fascinante. O sorriso de Bill pareceu uma rajada de milhares de flechas atiradas por cupidos. Era a primeira paixão de Tamily.
Tamily tentou de todas as formas de arrebatar aquele coração, mas por ela, ele nutria tão somente um sentimento singular de amizade. E isso foi minando as sentimentalidades de Tamily. A dor do desprezo, a revolta por ela não ser correspondida, os sonhos de uma apaixonada, jogados num abismo sem fim. Passava horas e hora maquinando como fazer para ter aquele ser, que lhe roubava o sono.
Certo dia não suportando a indiferença de Bill, Tamily decidiu. Teria ele de qualquer jeito, não importasse que maneira fosse. Ele era dela, seu amor teria que ser correspondido. Então naquela noite fria e sombria de uma sexta feira. Ela evocou as forças ocultas, ritos que ela aprendera com a avó, que se utilizava para o bem de quem sofria. Mas com Tamily foi diferente ela usou do oculto, para se beneficiar. Argumentou por horas com os seres do alem. Queria por que queria aquele homem. Não importasse de que jeito fosse apenas o queria.
Feito. Ela faz o pacto. E aguardou o resultado. Sete dias se passaram e Bill ficou atrás dela. E isso era tudo que ela queria. E ela o teve. Porém dementado empurrando sua cadeira de rodas pelo seu jardim sem vida, depois de um trágico acidente de carro que eles tiveram. Que os vissem podiam ver, e ouvir as sombras sinistras gargalhando de Tamily.