O CONTO DO GATO ASSASSINO
Numa aldeia vivia uma velhota chamada Maria, que criava galinhas no capoeiro, e plantava horta no seu quintal. Certo dia Maria levanta-se da cama de manhã cedo e vai dar de comer às suas galinhas. Ao chegar o capoeiro depara-se com as galinhas todas mortas, era só penas pelo chão, um verdadeiro horror naquele capoeiro, respirava-se a morte. Maria toda assustada grita bem alto para os vizinhos virem ajudá-la. José um dos seus vizinhos ouve-a gritando, e vai ao seu encontro.
José chega ao local e vê as galinhas todas mortas da sua vizinha, e diz à velhota:
- Não se preocupe que eu vou apanhar o bicho malvado que fez isto senhora Maria!
Ao que a velhota respondeu:
- Espero que sim, ai que desgraça a minha, exclamou!
No dia seguinte José prepara uma armadilha, coloca duas galinhas no capoeiro da senhora Maria, numa armadilha, caso o bicho entrasse dentro da armadilha ficava lá preso. Entretanto Maria prepara o jantar, enquanto isso ela deixa a porta aberta, e entra um gato lá para dentro de casa dela, sem Maria dar conta. Maria acaba de fazer o jantar, e come ainda aterrorizada, pensando no bicho que terá matado as suas galinhas. Ao acabar de comer vai para a cama, acende a televisão, e as horas vão passando, até que adormece com a televisão acesa.
O gato viu que a velhota já se encontrava a dormir, e de repente salta para cima da cama e ataca a velhota com as unhas e dentes no pescoço. A velhota Maria a gritar, e o gato mata-a no pescoço, espetando as suas unhas e os dentes deixando-a toda cheia de sangue, um verdadeiro massacre. O gato foge de seguida por um buraco que tinha na casa. No dia a seguir José vai ao capoeiro a ver se tinha caçado o bicho malvado e nada, também repara que a velhota Maria tinha a porta fechada, e achou isso estranho, porque a velhota costumava levantar-se cedo. Intrigado José vai até à porta e bate com força chamando por Maria, ao que esta não responde.
De seguida José arromba a porta, e procura pela velhota. Quando chega ao quarto onde ela dormia, vê a velhota morta na cama, assassinada, cheia de sangue. José vendo-a morta começa a gritar para o seus vizinhos, dizendo:
- Acudem a senhora Maria foi assassinada na cama!
Fernando vizinho de José ouviu o seu socorro, e disse:
- Que se passa José?
- José respondeu que a velhota Maria foi assassinada!
- Meu Deus disse Fernando!
Fernando corre para o local e vê a velhota assassinada na cama, e liga para a polícia, e bombeiros, que vieram imediatamente para o local. Chegando a polícia ao local, um dos polícias chamado André, disse aos vizinhos de Maria:
- Que as marcas pareciam de um bicho bravo, talvez um gato que esgadanhou a velhota toda no pescoço até à morte.
José e Fernando estavam incrédulos com o que se tinha sucedido, e decidiram armar armadilhas à volta da casa da velhota a ver se apanhavam o bicho assassino. Trabalhando os dois vizinhos em conjunto, põem três armadilhas à volta da casa, e vão-se embora para casa. Entretanto o gato assassino vê o aproximar da noite, e começa a rodear a casa a ver se encontrava comida. Bicho esperto este gato, espreita para todo o lado a ver se havia perigo à sua volta, sempre muito cauteloso, ouve um barulho, eram as galinhas na armadilha não paravam quietas, parecia que sentiam o perigo aproximar-se delas.
O gato observa as galinhas e devagar entra no galinheiro, e quando vai para atacá-las fica preso na armadilha. Começa a miar por todo lado, arranha a armadilha toda mas sem sucesso estava ali preso e não conseguia fugir. No dia a seguir José e Fernando vão ver o que se tinha passado nas suas armadilhas, e deparam-se com um gato a miar dentro de uma das armadilhas. Disse José para o seu vizinho:
- Apanhamo-lo, vou buscar a espingarda para o matar!
Enquanto José vai buscar a espingarda, Fernando observa o gato, e diz-lhe:
- Meu grande assassino vais pagá-las todas!
José vem com a sua espingarda e manda o seu vizinho abrir a portinha da armadilha, e para fugir para o lado de seguida. Fernando abre a portinha e desvia-se, enquanto José apontava a sua espingarda para a armadilha, esperando que o gato saisse da armadilha para fora. O gato assustado, vê a portinha aberta e sai disparado a fugir e José dispara contra o gato mas erra, e o gato escapa com vida, ileso pelos campos adiante. José disse:
- Raios falhei, que porra, escapou-se aquele filho da mãe.!
- Não te preocupes José, disse Fernando, havemos de apanhá-lo de novo!
Os dois vizinhos foram para casa esperando, que o gato voltasse a cair numa das quatro armadilhas. Aproximava-se a noite e o gato estava cheio de fome e volta de novo ao local, e tenta apanhar as galinhas, porém fica preso de novo na armadilha. A noite passa-se e logo o dia começa a vir. Os dois vizinhos vão de novo ver as armadilhas a ver se o gato tinha voltado, e vêm que o gato se encontrava de novo dentro da armadilha. José chama a polícia, e pede à polícia que traga uma arma com tranquilizante, para acertar no gato e o deixar a dormir.
A polícia chega ao local com a arma, e o tranquilizante, e um dos agentes aponta para o gato, e dispara acertando-lhe. Passado uns minutos o gato adormece, e os dois vizinhos pegam nele, e o põe dentro de um caixote. José põe o gato numa tábua, prende cada uma das suas patas, e o seu pescoço, esperando que o gato acorde do tranquilizante, cercando o gato com lenha à volta. Ao acordar o gato viu que estava preso, e não podia libertar-se. José rega a lenha com um bocado de gasolina e chega-lhe fogo, começando a lenha arder à volta do gato.
José tinha preparado um fim trágico para o gato assassino, queimando-o vivo, assistindo à morte do gato José e Fernando contentavam-se, vendo o gato a arder nas chamas e a sofrer até à morte. No fim enterram o gato já todo em decomposição pelas queimaduras que teve, e assim os dois vizinhos fizeram justifiça pelas próprias mãos.