O CONTO DO POLÍTICO TEMÍVEL
Numa cidade chamada Salomite foi eleito por escassos votos, nas eleições para presidente da câmara da mesma, o candidato do partido da direita, chamado Fernando, que tinha um feitio temível, era muito autoritário, e tinha a mania que mandava em tudo e fazia o que queria. Tendo ascendido ao lugar de presidente da câmara, encontrava-se muito contente por ganhar as eleições.
Casado com Adelaide, e tinham um filho chamado Pedro. Assumindo a presidência da câmara da cidade Salomite, Fernando toma providências no sentido de construir uma boate, o qual os seus opositores na câmara não concordavam com essa pretensão de Fernando. Extremamente irritado pelo seu projecto não ser aprovado pela maioria dos vereadores da câmara, Fernando contrata uns capangas e paga para que fossem mortos todos os vereadores, que votaram em contrário à sua pretensão. E assim foi, os capangas mataram todos os vereadores que votaram em contrário.
Na câmara foi um choque muito grande quando souberam do acontecido, e a imprensa vem sobre o presidente Fernando perguntando:
- Se ele estava envolvido nos homicidios horrendos que haviam acontecido?
Ao qual Fernando responde com um ar frio e sem ter medo:
- Que não tinha nada a ver com o sucedido, e que lamentava os homicídios que tinham acontecido.
Retira-se de seguida para o seu gabinete, não respondendo a mais questões.
A polícia vai ao encontro do presidente Fernando, para fazer-lhe as algumas perguntas, sobre a morte dos vereadores, ao qual Fernando se recusa, impedindo a polícia de entrar nas instalações da câmara. Fernando liga para a sua amante Laura, e diz-lhe:
- Que queria se encontrar com ela às 9h da noite para jantarem.
Ao qual Laura responde:
.- Sim querido, fica combinado.
Entretanto desliga a chamada, e liga a esposa Adelaide ao marido Fernando, e pergunta-lhe:
- O que tinha acontecido na câmara? Muito aflíta, que lhe disseram a ela que os vereadores tinham sido mortos.
No qual Fernando responde-lhe:
- Que mataram os vereadores e que a polícia já estava investigando os autores das mortes, e também informa a esposa que não ia jantar a casa, por conta de negócios.
Desliga a chamada Fernando, e vai ter com a Laura, sua amante para jantarem. Ao chegar ao local combinado, Fernando sai do seu carro, e diz para Laura:
- Entra dentro do carro, que vou levar-te a um restaurante especial.
Laura muito feliz pela surpresa do seu amante entrou no carro dele e seguiram viagem, mas Fernando não a leva para o restaurante, e sim para uma casa velha, onde a prende, e a esfaqueia toda, era só sangue pelo chão. Fernando tinha ficado atormentado por mandar matar os vereadores. Cava um buraco a beira da casa velha abandonada, onde enterrra Laura, já morta, e segue viagem até casa.
Chegado a casa Fernando, é esperado por sua esposa Laura que estava a chorar sabendo das mortes dos vereadores, e interroga seu marido. mas este não quer saber do que diz a esposa e fecha-se no seu quarto, pensando nas mortes que tinham acontecido. Não conseguiu dormir, e um clone fantasma dele aparecia de repente na frente de Fernando, atormentado-o, dizendo-lhe:
- Que ele era um assassino, cruel, impiedoso, um homem sem escrúpulos.
Fernando assustado com o que dizia o seu clone fantasma, amarra em sua pistola e dispara dentro do seu quarto, e o seu clone fantasma desaparece. Entretanto sua esposa ouve o tiro e grita assustada, indo a correr em direcção ao quarto ver o que se tinha passado.
Fernando diz à sua esposa:
-Não entres no quarto, não aconteceu nada.
Esta por sua vez, apavorada vai dormir para o quarto das visítas. No dia seguinte Fernando vai para a câmara, e tranca-se no seu gabinete, dando ordens à sua secretária que não queria ser interrompido. De seguida aparece na sua frente de novo seu clone fantasma, ordenando a Fernando:
- Pega na pistola e suicida-te.
Ao qual Fernando diz em voz alta:
- Afasta-te de mim seu demônio!
Mas este não se afastava, e Fernando cada vez mais desesperado, atira com uma cadeira para cima do seu clone fantasma, e este nem se mexe, fica invisível, e aparecesse de novo, e ordena a Fernando que pegue na pistola e se suicide, dizendo:
-Tu és um amaldiçoado, vai para o inferno.
Fernando deita as mãos à cabeça, já louco das ideias, e pega devagar na sua pistola e aponta para a sua própria cabeça, enquanto o seu clone fantasma vai dizendo:
- Agora dispara seu maldito!
Fernando com a mão a tremer carrega no gatilho da pistola e suicida-se, enquanto o seu clone fantasma, ria-se muito da cena. Entretanto a polícia lá fora vinha com um mandado de detenção contra o presidente Fernando, e ao chegar ao seu gabinete repara que este se encontrava morto no chão. Mais tarde a polícia veio a descobrir que Fernando tinha sido o mandante dos homicídios que vitimaram os vereadores, e também autor da morte de Laura. Os capangas foram desmascarados pela polícia e foram todos presos.