O CONTO DO PRÍNCIPE DAS TREVAS

Havia uma princesa num castelo

onde o rei seu pai governava,

que tinha um belo traje amarelo,

por um príncipe ela esperava.

O príncipe malvado a queria,

fazia de tudo para a conquistar,

ao longo de todo o santo dia

em seu mau e tenebroso olhar.

Certo dia a princesa vê um rapaz,

que olha tanto para sua formosura,

em sua audácia mostrou ser capaz,

vendo a doce e esbelta sua ternura.

A princesa a pensar na sua simpatia,

batendo aceleradamente seu coração,

causando-lhe forte e imensa empatia,

brotando em seu peito ardente paixão.

O príncipe das trevas quer a princesa,

e vai de encontro para falar com o rei,

chama sua filha que vem já tão presa,

e apresenta-lhe a filha que me casarei.

O rei marca o casamento entre os dois,

contra a vontade da própria sua filha,

no qual ela por demais chora depois,

seu pai, os ordena morar para uma ilha.

Tão triste a princesa ansiava em seu amor,

olhava pela janela e não via seu apaixonado,

de repente ele apareceu com uma bela flor,

e ela deu logo um sorriso para seu amado.

Escreveu-lhe um bilhete na qual dizia,

que se ia casar com o príncipe das trevas,

e mais dizia, que se tinha acabado sua alegria,

disposta a fugir com o seu amor, entre as ervas.

O príncipe das trevas já todo contente,

esfregando as mãos pelo seu propósito,

com seu aspecto terrível nem parecia gente,

na qual enchia de veneno o seu depósito.

Entretanto a princesa sai pelas traseiras,

do castelo com seu amado muito contente,

de mãos dadas entre as ervas e roseiras,

num amor de circunstâncias consequente.

Em direcçao ao castelo vai o malvado,

príncepe das trevas com o seu veneno,

entre um olhar seu tão somente odiado,

mal vestido e pele áspera e corpo moreno.

Chega ao castelo, senta-se com o rei à mesa

distraindo-o põe veneno em sua bebida,

para matar o rei, sua esperança conseguida,

tomando a bebida o rei morre de certeza.

Espalhando o pânico dentro do castelo,

enquanto os dois felizes já se escapavam,

malvado príncepe ia até ao quarto tão belo,

entre os soldados do reino que berravam.

O malvado príncipe grita pela princesa,

chamando-a, ordenando aos soldados,

que a procurassem com uma vela acesa,

tristes olhares tão em si, já desgraçados.

Procuram por todo o lado e não a encontraram,

então o príncipe malvado manda os soldados,

armarem uma busca, ao qual em si levaram,

armas na senda do rasto, choros amargurados.

Já tão longe iam a princesa e seu amado,

que nunca mais eles foram encontrados,

para desespero do malvado príncepe odiado,

acabando por se suicidar, em sangues derramados.

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 23/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
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