A Volta do Vampiro - parte II
"Ego sum Dominus Umbrae. Been pro centuries ante maxumae res generis humani. Ego negotiarentur ánimam meam ad satanicum commutationem pro vita aeterna. Omne ens habet pretio. 'M condemnatur ad vivamus per sugentem sanguine, quem factus patra me nectare vitae aeternae.
divos Dlady - Rex lamia. "
Korzus era meio bestial, um míster de homem e de fera. O sentimento que tinha pelo Mestre das Trevas era muito semelhante ao amor que os cães sentem pelo seu dono. Com o fim do burgo e com abandono do castelo sentiu-se um passarinho fora do ninho. O seu instinto lhe dizia que não foi atoa que o Mestre das Sombras o recolheu das ruas, quando era uma criança,e poupou-lhe não ceifando a sua vida. " O Mestre tem bom gosto, adora as belas donzelas para saciar a sua sede. Mata os homens enganado-os com a sua mão forte, sem fazer muito esforço." Observava.
Em questão de pouco tempo, estava completamente adaptado à sua nova realidade.Não mais roubava para comer, e não precisa mais pedir aos homens de boa vontade. Estava crescendo no castelo, em meio às muitas feras do inferno. Ali, no castelo havia uma energia negra,poderosa, por onde os mais bizarros seres das profundezas do Inferno faziam trânsito livre entre o mundo do invisível e o mundo dos homens.
Presenciara, por muitas vezes os seres invisíveis obterem a corporização de um corpo de matéria grosseira, após sugarem as últimas energias grosseiras do corpo denso. Muitas eram as donzelas sequestradas nas aldeias, então serviam de repastos para o Mestre das Sombras. Os catibveiros eram muitos, localizavam-se, tanto nos porões do castelo, como no sub-solo do fosso enlameado, habitado pelas mais horrendas feras assassinas. Crocodilos de mais de seis metros de comprimento. Cobras gigantes e outros seres, que mais pareciam serem obras do mais talentoso autor de contos de terror.
O castelo estava la no alto do penhasco. Pairava sob uma atmosfera sinistra - fizesse sol ou o tempo estivesse nublado- causa repulsa para quem o olhasse. Era muito mais do que um castelo de pedraas escuras, era um símbolo do mal inserido naquela região, onde a fúria sanguinária do seu proprietário se fez valer por séculos diante daquele povo orpimido. Dlady era poderoso. Vivia por séculos, era senhor de muita sabedoria e a sua influência se fazia valer por entre os reis, príncipes e rainhas. A igreja, por várias eras pôde contar com o seu apoio para ganhar terreno e enriquecer ás custas do abuso da fé alheia. A venda das indulgências, a queima impiedosa das bruxas na fogueira da Santa Inquisição. Muitos eram os podres da Igreja - os padres, bispos, arcebispos que praticavam o incesto e a pedofilia - este mal secular. Muitos eram os da Igreja, com o consentimento de Dlady podiam ter nas dependências do seu castelo verdadeiros haréns de jovens mulheres-muitas vezes, estavam entre as tais, a predileta: uma irmã mais jovem ou uma neta ou neto.
Uma reunião de última hora deu à ex-noiva de Dlady uma Comenda de heroína da Igreja. Um plano urdido a sete chaves. Um plano audacioso que culminou com a sua eliminação.
- O banho de água benta no corpo de sua "noiva" criava um veneno sutil para o seu corpo morto-vivo constituído pela magia infernal do sangue, coisa peculiar dos vampiros. Até que o mesmo pôde ser desintegrado. Quase que a paixão avassaladora pôs o nosso plano por terra, não foi Lady Bella?
Observava o Cardeal Dom Chullus.
- Prefiro não me ater a certos detalhes, missão dada, missão cumprida.
Disse a ex-freira, que agora tinha um posto elevado na Igreja, após ter eliminado o mais terrível dos vampiros- era um calo na botina da Igreja.
A reunião fora para decidirem, onde ficariam os restos mortais do vampiro. Temiam que os seus asseclas das sombras tramassem a sua ressurreição, como em séculos passados.
- Não vou concordar que uma alma perdida, um ser do Inferno tenha o seu ataúde junto dos Papas e dos grande nomes sagrados da nossa Igreja, senhores.
Então, foi sugerido pela, hoje Madre Superiora, um local específico. Bastava que o boato espalhasse que o ataúde do vampiro teve o destino da antiga Roma - o Vaticano. Fato consumado.
Na pairagem sinistra da região do castelo, ali onde o terreno era rochosso e pantanoso, ali diante da floresta sombria, Korzus fazia reuniões com os asseclas do líder das Sombras. Haviam alguns seres humanos que lhes foram fiéis e as bestas-feras que obedeciam ao rigor do chicote. As moçoiolas continuavam sumindo. Aquela era uma região, onde muitos mercadores se aventuravam. Sempre tinham as suspeitas voltadas para o vampiro-quando este estava vivo. A justificativa era a de paixões repentinas pelos mercadores jovens que as levavam sob o fogo das paixões. Agora, que o Senhor das Sombras perecera, não havia uma explicação, ou se justificava, como outrora.
- Quando vamos poder comer a mulher? Tenho fome...
Rugiu assim, falando com dificuldade, uma das feras que viera do Inferno, corporificando-se num corpo de homem. Era um monstro assustador, em sua aparência.
- Sei que muitos demônios adoram estar entre os homens, tudo tem um preço. Eu lhes dou a comida que querem e estadia. mas, quero que me ajudem a trazer o Mestre de volta.
Disse Krozus para todos. A jovem ,bela, de pele de brancura de leite estava acorrentada a um poste. Muito assustada, em desespero chorava. sabia qual seria o seu fim. E, pensava, que em certa época de sua vida ficava a mirar os janelões do castelo buscando a oportunidade para ver o vampiro que acolhera a sua família no seu burgo particular. Plantavam e colhiam, criavam animais. O preço era muito alto, além de ceder parte da colheita-coisas estranhas aconteciam, principalmente com as jovens donzelas.
- Precisamos saber onde se encontra o ataúde de prata.
Gritou Krozus.
- Divirtam-se com a donzela.
Em questão se minutos, as feras disputavam espaços entre o corpo da jovem mulher. Arrancavam-lhe os braços, as pernas devorando-na, viva. Em questão de pouco tempo restavam pequenos ossos triturados pelos vigorosos dentes dos bestiais das sombras.
A lua cheia imperiosa foi a única testemunha daquela cena dantesca, ali no penhasco, no interior do pátio do castelo daas sombras. Alguns tratavam de ficar ao solo lambendo o sangue, até que o piso de pedra parecia ter sido lavado. Um verdadeiro festim diabólico.
( continua)