ESTÓRIAS DE UMA BRUXA BRASILEIRA - PARTE 2.
AO SOM DA NOVA ERA...........
Ao descer do coletivo, Évora se dirige ao banheiro da rodoviária para dar uma aliviada. Ela entra no WC retirando sua calcinha preta ela vai logo se esfregando com um crucifixo prateado que fica todo melado de sulco vaginal. Ela se senta no sanitário e dá uma longa mijada no crucifixo e depois ela solta uma barrão tão imundo que empesteia todo o ambiente afugentando todas as mulheres do local e aquele velho ditado de Michel de Montaingne faz novamente ecoar. Ele que imaginava os velhos reis e filósofos trepando e cagando numa forma bem naturalista e humana de ser. Em nosso caso, a bela wicca também é humana e suas necessidades a relegam a isso e apesar do belo aspecto corporal, sua alma é tão pobre de sentimentos como a de qualquer criatura do abismo.
Depois de se aliviar, a bruxa Évora vai de encontro ao ponto de taxi e logo repara num idiota dentro de seu ladrão de turistas. O tal gatuno tem os olhos vivos, ele cocç sua barba ruiva e mostra seus dentes dourados num riso maléficoque logo terminára ao reparar que Évora não é quêm ele pensava que fosse e ao chegar perto do infame, nossa bruxinha vai logo cuspindo suas verdades nuas e cruas:
- Escuta aqui seu pobre ignorante, sei quêm tu és e sei de teu passado penitênciario por homicido duplamente qualificado e sei que tu irias me roubar no preço da passagem, mas escute bem não tente fazer isso , pois se arrenpedera amargamente entendeu pobre homem?
- Sim senhora!
- Vamos leve-me para uma loja de produtos orientais no bairro da Liberdade e depressa seu idiota!
O infeliz nada disse e apenas abriu a porta do carro para a dama negra passar, tal ato foi reparado por seus colegas vagabundos de taxi que logo começaram a estranhar tal atitude do velho taxista.
- Ih! Que estranho, o Joaquin abrindo porta pra mulher que nwem cavalheiro de dama rica? Ele tá ficando doido? Logo ele que se orgulhava de ter matado a mulher e o amante dela dizendo que nunca abaixaria a cabeça para mulher nenhuma.
A viagem foi longa, por mais que o homem tentasse correr, o engarrafamento pérfido na marginal Pinheiros não deixava e logo em seguida começou a cair a famosa garoa paulistana e então o trânsito se encaracolou de vez. Évora estava tão irritada que começou a cruzar os dedos de nervoso e então ela deu uma ordem ao capacho chofer: - Ponha um rock bem pesado que eu estou afim de gozar e de relaxar....
O idiota colocou Linkin Park pra rolar e nossa bruxinha começou a agitar dentro do carro sacudindo sua longa cabeleira pra frente e para traz numa dança magica do heavy metal: Ô! seu idiota, tem algo pra beber? - disse a gostosa bruxinha.
Sem dizer uma palavra o taxista deu a ela uma garrafa de uisque do bom e ela não se fez de rogada e ofereceu para o infeliz um trago e este sem pestanejar sorveu uma grande dose deste bourbon que exalava um cheiro forte do Tennesse. De repente uma sirene é ouvida e a polícia se aproxima, Évora tranquila apenas diz: -Deixa que eu resolvo isso!
- O policial se aproxima do taxi que já esta parado, o homem continua imovel e Évora olha para o guarda e diz com seu tom suave de maldição: - Algum problema seu guarda?
- Vi a senhora dando bebida a este taxista e isto é proíbido e ....
- É proíbido, proíbir é........proíbido , proíbir fora do tom sem melodia hahahahahahahahahahahahahahahah!
- Senhora sou um homem da lei e você deve-me me respeitar e .....
- "Com encantos profanados,
Dos danados do inferno.
Tu! Alma perdida se entregue a mim
Noite e dia, pois hoje serás teu fim!"
Após dizer este feitiço, Évora assoprou um pó lilás no rosto do PM que pareceu adormecer e logo em seguida seu semblante empalideceu e o homem ficou completamente dominado tal e qual um letargico marionete de teatro italiano.
- Sim senhora, o que devo fazer? - disse o policial atordoado.
- Mate -se agora! Eu ordeno que se jogue na frente de um ônibus!
- Sim senhora!
Minutos depois um longo baque foi ouvido e gritos de horror foram ecoados por todos os lados e um corpo de policial jazia estraçalhado no asfalto após ser atropelado por um ônibus de viagem que rumava para o Rio de Janeiro. A cigana dos infernos riu e deu sua ordem ao atônito taxista que a esta hora mijara toda a calça de pavor daquela bela morena wicca. Então o taxi continuou seu longo percurso para a lojinha oriental..........(cont)