As Travessuras de Aninha (30): Pintando e podando
Por Ramon Bacelar
-Aninha... Ninha, não está me ouvindo?! Que está fazendo com esse borrifador?
´-Pintando a parede com água e cuidando do J...
-Quê?!
-Regando as flores do papel de parede, mamãe.
-Ninhoca, vai afofar! Por que não vai brincar...
-Não, vai brotar. Regando, regando, chuá- chuáááá!!!
-Pare...
-Chuôôôôô...
- Tá bom, jardineirazinha traquina, então porque não vai no jardim podar as...
-Podei!! – arrancou o papel de parede.
-Che-gou!!!
–Bro-tou...
FIM
Posfácio:
Alguns leitores gostam, outros não, alguns ficam indiferentes enquanto outros não sabem do que se trata... Nem eu.
Não saberia precisar com exatidão o que a série de textos As Travessuras de Aninha realmente é, mas talvez saiba o que não é (pelo menos, de minha parte, não houve nenhum planejamento prévio nesse sentido): não é um romance episódico ou em capítulos, muito menos monólogos; não são mini nem nano contos.
Talvez seja um mosaico psicológico de situações, impressões, desejos, sonhos, decepções, frustrações, sentimentos, humores e sensações de uma criança tentando interagir com o mundo, colegas e pais; ou uma série de tentativas frustradas de pais despreparados tentando penetrar no prismático, porém secreto e misterioso universo infantil, ou um mero devaneio auto-indulgente deste que vos escreve, ou nada disso... ou...