O Pesadelo de Terror

A narrativa que irei fazer é real.

Boa leitura

Após um dia exaustivo de trabalho, chegando em casa não consegui ficar muito tempo no notebook. Tentei, mas o cansaço me dominava, por completo. Pensei nas preocupações dos meus contos. Teria que finalizar o conto O Psicopata, cujos capítulos finais se passam em plena festa do Bonfim. Recomeçar outra sequência da saga de Dlady, o vampiro tirando-o do descanso dos mortos. Finalizar A Noiva, um conto que me interessa muito-adoro contos que se passem em mosteiros, conventos, com narrativas despudoradas, onde o santo e o demônio se dividem numa eterna luta de dominação, principalmente, com o tempero de sexo e de tramas diabólicas.estes contos vão virar livros.

Li alguns contos de alguns novatos do Recanto. Uma beleza, gente jovem entre 15 e 25 anos que estão escrevendo. Adorei.

Vi um pouco de tv. O calor estava infernal. Tomei mais um banho. Deitei mais uma vez. O pior dos ladrões é o sono. Apaguei, de vez. Acordei num local amplo que fica perto de minha casa - é um dormitório de uma senhora que conheço há muitos anos-mas, so de vista, não tenho nenhuma relação de amizade, ou nenhuma aproximação. Mas, o local onde estava era ali. Havia inúmeras pessoas pelo chão-como se fosse um dormitório coletivo de excluídos. A porta estava aberta. Algumas pessoas estavam ali. No interior da casa tinha muita gente. Alguns deitados no chão, outras de pé. Eram hostis, de péssima reputação pude sentir. Alguns estavam mortos,outros vivos. Vi que o chão e as paredes eram cobertas com uma espécie de lona dourada. Num espaço tinha uma panela-talvez, alguém tivesse cozinhado. Pressenti que ali estava um irmão meu.

- Cadê Marcelo?

Perguntei.

- Está la nos fundos deitado com muitos outros.

Um deles me falou, sem abrir a boca. A comunicação entre nós parecia ser mentalmente.

No momento, em que tive a intenção de ir onde estava o meu irmão, o ambiente ja havia mudado. Havia uma nova parede coberta com a mesma lona dourada que nos separava.

- Você não pode ir vê-lo.

Daí, sentindo mais ainda de que estava num local hostil, as pessoas tinham péssima aparência, era bem agressivas. Alguns diziam coisas ferinas contra a minha pessoa e me ameaçavam.Alguns portavam objetos perfurocortantes. Fiquei muito amedrontado.

- Vou enfiar isso aqui em você, vou te furar todo.

Dizia um deles, amolando no chão uma espécie de grande prego. Olhava-me com fúria na expressão facial. Observei o prego, parecia estar envolto numa substância estranha.

Olhando para a porta, passou um grupo de armas na mão, como se fôssem policiais. Apontavam as armas para todos que estavam na porta do local, de pé e para todas as direções, como se estivessem numa missão de ronda, ou passando por um local onde estavam marginais perigosos. Nas costas deles estava escrito Polícia Civil. O ambiente esra escuro. O meu coração estava em descabelada carreira. Eu me sentia mal, como se estivesse num covil de malfeitores. Pensei em pedir socorro aos policiais, mas não consegui e se afastaram muito rápido. Seguiam apontados as armas para os lados, às suas costas, como se temessem um ataque repentino contra eles.

- Eu vou te matar. você vai ver.

Bradou outro deles, dirindo a palavra para mim. Quando me dirigia para a porta para fugir, uma garota bonita e nova encostou em mim e disse:

- Leônidas, pare. Não pode sair.

Encostou-se ao meu lado, e a proximidade do seu corpo com o meu funcionava como se houvesse uma corrente magnética que me impedia a fuga. Mais alguns me cercaram - não consegui identificar o sexo, mas da menina, sim. Ela obedecia ao que queria me fazer mal. Foi lhe ordenado que me levasse para determinado local. Ali, eu seria assassinado.

O que mais me impressionava era a ambientação. A rua fica ha´poucos metros da minha casa. O local onde estávamos existe. Eu decidi sair da casa, tramando a minha fuga,porém, eles me acompanhavam, como se estivessem me levando para o fim. Em poucos metros, quando saimos da casa, algo impressionante. O ambiente era escuro,cercado com linhas vermelhas, daquelas que os órgão de obras públicas da prefeitura utilizam para isolar áreas em obra. Vi alguns outros estranhos pela rua que me cercavam, mas se envolverem naquela peleja, curiosos, apenas.

As ruas estavam esburacadas. O mais impressionante, as ruas se fundiam. Eu via as ruas espirituais e as ruas reais da localidade. Vi os fios de eletricidade dos postes de iluminação, logo abaixo ruas e casas, e acima dos fios, nós estávamos como se fosse uma rua, bairro suspenso, fundindo-se o irreal e o real.

Eu estava tenso, e ele ordenava:

- Levem ele, levem ele, não deixe ele escapar, ele vai ver o que é bom, eu vou matálo, de forma cruel.

Vi uma pessoa que conhecia entre os criminosos, era um guardador de carros que ja havia dormido no dormitório de meu irmão. Apenas olhava para mim-daquela forma, como se dissesse, "eu o conheço mas não posso fazer nada" - fazia meses que ele havia sido assassinado na posta de minha casa, do outro lado da rua.

Passamos pela lateral de um grande supermercado que fica na rua logo à esquerda da casa, onde estávamos, na esquina. Vi os muros com grandes ferros pontiagudos, pensei em correr e pular o muro para tentar me livrar daquela trupe de aparência horrível que me conduzia como um cordeiro para o abate. mas, vi grande cachorros estranhos no interior dali. O supermercado era como um entreposto alimentar para a região. Isso é que me impressionou. Os prédios se fundiam, entre o prédio astral e o real, sólido, do mundo dos vivos.

Tentei fugir, a menina parecia disposta a me manter ao seu lado, e parecia ,também, como os demais demonstrar excessivo medo contra o líder-este não nos acompanhava, apenas ordenou. Eles me conduziam, cercando-me, ficavam à minha volta.

Seguimos por uma favela estranha. Casas numa rua, casas nas ribanceiras. Logo em seguida, ruas estreitas. As casas pareciam de barro, eram feias, mal feitas. Quando entramos por uma rua bizarra, havia um personagem estranho, estava na lateral de uma espécie de casa, onde abrigava algumas pessoas, como se as protegessem. Ele tinha a seguinte aparência: O rosto era anguloso, a pele tinha uma tonalidade meio esverdeada e meio avermelhada. Os olhos eram de pupilas de uma tonalidade completamente diferente. O cabelo era cortado de forma bizarra, sustentava uma franja grande que partia do alto da cabeça aos olhos. Quando estávamos passando ele perguntou:

- O que está havendo?

Eu, se quer sabia quem ele era, ou que ele e pedi, aos prantos:

- Por favor, padre não me deixe me levar, por favor padre eles querem me levar para me matar, por favor padre.

Então, a menina-adolescente-, também pediu:

- Padre estão levando eles para la...eu não posso fazer nada,obedeço ordens, padre.

- Quem?

- Ele, padre...

Eu pedi:

-Por favor, padre, me deixe entrar, não deixe que me levem.

Falei assim, buscando com os olhos uma porta, um muro que pudesse entrar. Quando toquei na parede do local, parecia de algo mole, frágil-balançou. Não via e nem percebia se o dito padre estava no interior ou exterior do local, via apenas o seu rosto e parte do seu tronco.

- Eu não posso te colocar aqui...

Falou o padre.

Quando o meu desespero aumentou, surgiu um guarda vestido de azul. Era alto e forte, de meia idade. Colocou uma de suas mãos no meu ombre e falou:

-Ele não pode ficar aqui...

Disse assim quando o padre tinha a intenção de me colocar para dentro do ambiente.

Acordei. As imagens foram se dissipando dos meus olhos, como a tela sem imagem de uma tv, so no chuvisco de luz.

Acordei de vez. O toque de sua mão no meu ombro foi mágico.

Esta história é real, aconteceu na madrugada de 21.01.2003

Madrugada. 3:00h da manhã.

A minha conclusão:

Visitei uma região umbralina, onde estavam espíritos sem a devida evolução. O cenário é real e pende e funde-se no largo da Calçada. Não sei ao certo o por que de ter sido socorrido pelo padre. Não tinha nenhuma aparência de padre- o seu aspecto era mosntruoso. Os guardas que vi, na verdade eram guardiões espirituais. O guarda que me resgatou foi um socorrita. Talvez, o local para onde estivesse sendo conduzido, fosse para vampirizações, ou para ações maléficas, ou de punições.

Terei muitos outros pesadelos para contar.

Havia um espírito ao meu lado quando escrevia. Sentia uma energia agradável ao meu lado direito. O seu último sussurro:

" alerte ao mundo de que a vida é eterna, a morte não existe. O ambiente e as pessoas que irá encontrar ao desencarnar estará de acordo com o modo de vida de cada um. Cuidado, há regiões agradáveis, de luz e regiões como a que visitou."

LG

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 23/01/2013
Reeditado em 23/01/2013
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