As Vozes
Ouço-as falando tão velozes,
Aos ouvidos, citando algumas frases,
São demoníacas todas as vozes
Que me falam em incontáveis fases!
Não sei de onde elas nascem,
Da loucura ou de uma mínima intuição,
Apenas espero que passem,
Surdas para toda essa minha audição!
Talvez seja do além ou infinito,
Pelas esferas destes planos espirituais
O que ouço tenho apenas dito,
Por esses meus pensamentos mentais
Tudo que falam sem sentido,
Dizem para eu matar ou então morrer
É isso que tenho senão ouvido
Fazendo meu pensamento desfalecer
Quem sabe seja um encosto,
A mensagem telepática do outro mundo
Perturbado sinto agora o gosto
De estar vivo por este inferno imundo!
Tenho para mim ações atrozes,
Para isso tudo enfim agora se findar,
Calarei para sempre as vozes,
Quando com este punhal me matar!