O Fantasma do Navegador

Percorri as terras mais distantes,

Guiando na proa essa minha embarcação

Soprado pelos ventos congelantes

Ao horizonte percebo a negra aparição!

Vejo o fantasma dos navegadores

Sendo afundados com toda a tripulação,

Dos mares um dia eram senhores,

Agora sendo a mim terrível assombração

Surgem do abismo as caravelas,

Trazendo nestes olhos macabras visões,

Tento em vão içar as débeis velas

Para fugir destas inexplicáveis condições

Lamento que toda a oração,

Que faço em pé próximo a este leme,

Não me mostre outra direção,

Pelo ponteiro da bússola que treme!

Meus marujos estão estarrecidos

Em desespero jogam-se para o mar frio,

Possuídos pelo pavor e aturdidos,

Vão morrer possuindo espírito arredio!

Uma neblina profunda me engole,

Não enxergo sequer um palmo ao redor,

Do rum batizado beberico um gole

Já pensando em alguma coisa bem pior!

Meu sangue corre com a pressão,

Nada temo nem a frieza de tanto temor,

Segue o navio em sua condição,

Sendo eu mais um fantasma navegador

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 04/01/2013
Código do texto: T4067585
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