Amor, Maldito Amor
Desculpa Fabi, não sou boa com terror. Ao casal Julio e Zeni, obrigada pelo carinho.
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A moça febril ousou levantar-se de seu leito. E em ultimo esforço ligou para seu amado. Ele não atendeu, a abandonou, ela estava só e desprotegida. Acendeu seu ultimo cigarro e ouviu ao fundo de sua tristeza uma canção. Era um sombrio toque da flauta doce. Ela sorriu desconjuntada, voltou-se ao seu leito e escreveu um mórbido poema, que lhes apresento agora:
Toco o coração sombrio
O amor tardio
As flores mortas
O sentimento febril
Toco a canção ao amor morto
O homem que se calou
Que não me ama
A flauta doce que corrompe a alma
Que me arranca o fôlego
Que me tira a calma
A doce canção da morte
Que indiferente da sorte
Me acalma
Eu estou bem agora
Já não sinto mais dores
A fumaça do cigarro dissipa no ar
Chega de tristezas
Chega de dores
Chega!
Chegue, morte
Hó, vida!
És tão fútil
Tão vazia e sem propósitos
Quero beber com a tristeza
Saborear o vicio
O cigarro
A morte
A morte que me açoita
Que me toca flauta
Que me faz franzir a sobrancelha
Que me cala
Que me...
Que me...
Que me leva
...
...
..
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Foi este seu ultimo versejar. O cigarro se apagou. Ela deu um leve sorriso. Se entregou, calma e culta. De coração partido. Vencida, entregue...
...Entregue ao fim