Minha Reencarnação

Lembro-me que a malfadada sorte,

Fizera minha alma perecer,

Já pela juventude essa minha morte

Ao túmulo me fez descer!

Abatido por um tiro de fuzil

Quando passeava ao léu pela mansão

Estourou na rua a guerra civil

Sendo eu confinado a um frio caixão

Agora sinto as mãos tremendo

O corpo começar novamente a mexer

A cabeça ao caixão se debatendo

Tudo isso incrédulo eu posso perceber

A terra pesando ao meu peito,

Roupas apodrecidas rasgam-se sozinhas

Tudo parece ilusório e perfeito

Sinto o sangue fluir nestas mãos minhas

As unhas cavando a saída,

Do túmulo encharcado pela tempestade

De novo esse sopro de vida

Para retornar ao berço da humanidade!

Na mente eu bem recordo,

Daqueles que um dia enfim me deixaram

Como do sono me acordo,

Destes séculos sepultados nada restaram

Mas tudo está escurecido

Quando desta cova havia agora saído,

Por Deus! Havia-me esquecido

Que como animal fora então renascido

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 02/01/2013
Código do texto: T4064320
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